Juliana refletiu e decidiu que não se sentia confortável deixando Ana sozinha aqui. Embora ela tivesse tirado férias, não poderia ficar no exterior indefinidamente, isso não seria bem visto pela família Miguel. Portanto, a melhor solução era levar Ana de volta ao país com ela. As crianças provavelmente ficariam no país também, o que poderia dar uma oportunidade de vê-las.Além disso, se Ana se arrependesse e parasse de confrontar a família Santos, Otávio poderia ainda causar problemas para ela. Partir rapidamente era a melhor escolha. - Certo, vamos voltar. Ana concordou, encostando a cabeça no ombro de Juliana, exausta por uma série de eventos recentes. Voltar para a cidade S talvez fosse bom, afinal, era o lugar onde ela cresceu, um ambiente familiar. Neste lugar, só restavam memórias tristes.Depois de decidir o futuro, Ana ligou para Dantes. Ao saber que Ana havia cedido, Dantes rapidamente convocou uma coletiva de imprensa. Ana, como um marionete, seguiu o roteiro preparado por
Claudia foi observada por Ivan e levada de volta ao hospital anterior. Ao ver que a mãe havia retornado em segurança, Ana imediatamente pediu ao médico para realizar um exame físico detalhado. Ivan queria dizer que não era necessário, eles não eram tão cruéis a ponto de fazer algo com uma paciente, mas ele podia entender os sentimentos de Ana, então não a impediu.Após uma análise detalhada, o médico confirmou que Claudia estava normal, sem nenhum problema. Só então Ana se tranquilizou. Então, ela olhou para Ivan.- Agora que vocês alcançaram seu objetivo, podem ir embora, não é?Ivan tocou o nariz, sabendo que Ana não o queria por perto, e sem dizer nada, deixou o hospital. Ana olhou para Claudia deitada na cama do hospital. Agora, só de poder ver a mãe ali, tranquila, em vez de desaparecer de repente, já era uma grande felicidade para ela.Juliana observava a cena, sentindo uma mistura de emoções, e ficava em silêncio ao lado dela. Depois de um tempo, Ana enxugou as lágrimas.- Julia
Tudo o que ele dizia sobre querer ficar com ela para sempre, cuidar da família dela, e não deixá-la mais triste, era tudo mentira.As mãos de Ana tremiam, e depois de rasgar a foto de Leo com a caneta, ela desabou no chão.Ela achava que poderia não se importar com cada ação daquele homem, mas, afinal, ela não conseguiu!Ela simplesmente não conseguia controlar o ódio que sentia por ele, e ao mesmo tempo, odiava a si mesma.Se ela tivesse escutado os conselhos de sua mãe, se ela tivesse ficado com Paulo desde o início, será que o final não seria diferente?Mas agora, era tarde demais para qualquer coisa.Ana sentou-se no chão por muito tempo, até que suas pernas ficassem dormentes, e então, lentamente, ela se levantou.Ela revirou o quarto e reuniu tudo que estava relacionado a Leo, colocando em um grande saco de lixo, e depois, jogou tudo na lixeira fora de casa, como se estivesse descartando completamente os sentimentos entre eles.Depois de jogar essas coisas fora, Ana se animou e c
Aeroporto, pátio de aeronaves.No meio do som estridente do vento, um avião particular pousou suavemente. A porta se abriu, revelando uma figura alta e imponente.O homem tinha um porte físico perfeito, vestindo uma camisa simples, com alguns botões abertos, exibindo uma clavícula delicada e um peito ligeiramente robusto.Havia um leve tom azulado sob seus olhos e um rastro de barba em seu queixo, sinais de falta de descanso. Mas isso não o deixava abatido; pelo contrário, acrescentava um ar melancólico à sua aura.Sua presença era magneticamente atraente, atraindo olhares fixos da tripulação do avião, que o admirava em silêncio, mas não ousavam se aproximar.Porque a aura do homem era gélida, com um ar de distância, quase como um aviso de "não se aproxime".- Sr. Leo, desculpe, mas há um pouco de trânsito ali. - O motorista se aproximou, cuidadosamente explicando ao ver a expressão de Leo.Leo franziu a testa e, sem dizer mais nada, apressou-se a entrar no carro e verificar o local de
Ana falou diretamente o que queria perguntar.Paolo teve uma expressão momentaneamente desnaturalizada, ele não esperava que Ana adivinhasse tão facilmente seus motivos. Ela era mais inteligente do que ele imaginava.No entanto, mesmo sendo Ana a perguntar, ele não podia revelar. Se dissesse, tudo o que havia feito antes teria sido em vão, e poderia colocar sua mãe em perigo.Por isso, mesmo sentindo-se culpado em relação a Ana, Paolo fingiu não entender:- Não entendo o que você está falando.O temperamento de Ana esquentou imediatamente.- Não venha aqui fingir inocência comigo. Naquele dia, quando você estava prestes a morrer, disse claramente para eu cuidar bem da sua mãe. Onde ela está agora? Você acha que Rafaela é uma pessoa boa, que vai realmente garantir a segurança da sua mãe como prometeu? Posso te dizer com toda a responsabilidade que Rafaela nunca foi uma pessoa de manter promessas. Se trabalhar para ela, ela só vai te usar até sugar a última gota do seu valor.- Mas mesmo
Quando o carro parou na entrada do hospital, Leo percebeu que era o mesmo hospital onde Paolo havia sido internado anteriormente. O rosto bonito do homem ficou rígido por um instante. Ele se disse que talvez Ana tivesse levado sua mãe para lá e que isso não significava que ela ainda estava em contato com Paolo.Mas ao ver Ana e Paolo abraçados, as ilusões de Leo se despedaçaram completamente.Leo chutou a porta com força, assustando Ana com o barulho estrondoso.Ana, pega de surpresa pela súbita aparição de Leo, estremeceu, percebendo que sua postura com Paolo era incriminadora. Ela rapidamente o empurrou e se levantou.- Como você apareceu aqui?Ana se estabilizou e olhou para Leo com uma leve franzida de sobrancelha.Leo, furioso, sorriu ironicamente, mas sua voz estava incontrolavelmente fria.- Por que não posso vir? Eu pensei que você estaria preocupada e triste por sua mãe. Mas vejo que não é o caso. Você não se importa, abraçada com um homem que não vale nada, parecendo muito à
Leo estava com a face tensa, encarando a expressão determinada de Ana, e sua emoção ficou momentaneamente fora de controle. - Não se esqueça, foi você quem me traiu antes. Eu não ter procurado problemas com você não significa que eu possa tolerar que você desafie meus limites repetidamente. E não se esqueça, você ainda é mãe de duas crianças. Seu comportamento só os envergonhará. Mencionar as crianças era a última coisa que deveria ser feita. Ao ouvi-las, Ana perdeu quase toda a razão. - Uma mãe como eu os envergonharia? Uma avó assassina é que é a maior vergonha para eles. E você, que só favorece sua própria família cegamente, não tem o direito de ser o pai dessas crianças. Um dia, eu os trarei de volta, longe de vocês, animais insensíveis! Ao ouvir o grito furioso de Ana, o coração de Leo parecia ter sido perfurado. "Será que essa mulher sabe o que está dizendo?!" Ela o traiu, sem um pingo de arrependimento em seu ser radiante e ainda arquitetava, com a astúcia de uma gata, pla
Leo observava a aparência abatida de Paolo. Mesmo que Paolo estivesse em condições saudáveis, ele não se importaria com a opinião dessa insignificante formiga.Para tais formigas, bastava um pisão para acabar com elas.Com um sorriso frio nos lábios, Leo levantou o pé e chutou Paolo para longe.O corpo de Paolo bateu na cama do hospital atrás dele e derrubou a mesa ao lado, espalhando os objetos sobre ela pelo chão, criando um caos.Paolo já estava ferido, e Leo usou toda a sua força, fazendo-o cair no chão com a ferida se abrindo, tingindo seu pijama hospitalar de vermelho.Ao ouvir o barulho, uma enfermeira correu até lá e, ao ver a cena tensa, soltou um grito de terror.Leo, como se não tivesse ouvido nada, arrastou Ana para fora.Ana resistiu, mas foi em vão. As pessoas ao redor lançaram olhares estranhos, mas, vendo o rosto indiferente de Leo, não se atreveram a interferir.Ana foi arrastada à força até o carro, onde Leo a jogou sem nenhuma gentileza.Leo tirou a gravata da boca d