Claudia ficou surpresa por um momento, prestes a cumprimentar, quando Mariana, de maneira agressiva, falou:- Eu não sei o que você veio fazer aqui, mas não volte a incomodar meu filho e nem pense em usar essa aparência miserável para enganar alguém. Depois das coisas vergonhosas que sua filha fez, vocês duas deveriam ter um pouco de dignidade e se esconderem bem longe.Enquanto falava, Mariana olhou de cima para Claudia, com um desprezo indisfarçável nos olhos.Claudia ouviu as palavras humilhantes dela e seu rosto ficou vermelho de vergonha.- O que você está falando, Ana fez algo para ofender a família Santos, a ponto de ser humilhada assim por você?Mariana soltou uma risada sarcástica."Parece que a família Santos escondeu tão bem as notícias que até a mãe de Ana foi enganada."- Sua filha, envolvida com outro homem, foi pega em flagrante na cama, e jornalistas tiraram fotos dela. Se não fosse pela rápida ação da família Santos, agora o mundo inteiro estaria vendo essas fotos verg
Mariana também se assustou, olhando para Claudia caída em uma poça de sangue.- Eu não fiz de propósito!Ivan, ao perceber a situação, imediatamente se aproximou para verificar o estado de Claudia. Ela estava inconsciente, pálida, e parecia estar à beira da morte.Sem perder mais tempo, Ivan rapidamente colocou Claudia no carro, preparando-se para levá-la ao hospital.- Espere, espere, Ivan, peça para alguém levá-la, e você fica para organizar as coisas aqui!Mariana, de repente, percebeu que sua ação de empurrar alguém escada abaixo foi vista por muitos. Se isso fosse manipulado por alguém com más intenções, poderia causar um grande escândalo público, prejudicando seriamente sua reputação.Ivan, ao ouvir isso, franziu a testa. Nessa situação crítica, alguém estava prestes a morrer por causa do erro dela, e Mariana só pensava em como proteger sua própria reputação.Ele não sabia o que dizer e apenas respondeu:- Fique tranquila, alguém cuidará das coisas aqui. A vida é mais importante,
A voz de Ana tremia ao falar. O motorista, sem ousar perguntar mais, apenas acelerou o carro ao máximo. No entanto, para Ana, ainda parecia lento demais. Ela continuava a pressionar impacientemente, e seu rosto pálido adquiriu um tom vermelho anormal, tornando-se ainda mais sinistro.Assim que o carro parou, Ana abriu a porta e saiu correndo. O motorista então percebeu que ela nem havia pago, mas, vendo o estado dela, decidiu não segui-la para cobrar e partiu.Embora Ana estivesse fraca, ela correu aquele trecho rapidamente, como se estivesse esgotando toda a energia de seu corpo, indo diretamente em direção à sala de emergência.Chegando lá, viu Ivan parado e se aproximou, agarrando seu braço.- Como está minha mãe? Como ela pode ter se acidentado assim de repente? Ela estava bem ontem!Ivan não sabia como explicar. Apesar de ter ressentimentos contra Ana, ele não podia se desvincular completamente do ocorrido.- É uma longa história, mas agora o importante é assinar os papéis para qu
Não sei quanto tempo esperei aqui, mas finalmente, a porta da sala de cirurgia se abriu.Claudia, pálida como a morte, estava deitada na cama do hospital, sendo empurrada para fora.Ana correu trôpega até lá.- Minha mãe, como ela está?- Por enquanto, está fora de perigo de morte, mas sofreu um impacto na parte de trás da cabeça. Então, sobre possíveis sequelas, precisamos esperar que ela recupere a consciência. Existe uma possibilidade...- Qual possibilidade?Ana, nervosa, observou o médico hesitante em falar.- Pode ser que ela fique para sempre aqui, se torne uma pessoa em estado vegetativo, sem nunca mais acordar.Ao ouvir isso, Ana quase caiu, enfraquecida, mas foi sustentada pelo médico."Estado vegetativo?"A ideia de sua mãe, que sempre sorria para ela, a acompanhava e ajudava a resolver tantos problemas da vida, pensando sempre nela, deitada para sempre na cama, fez com que Ana sentisse um frio percorrer seu corpo.Ela piscou, segurando as lágrimas que ameaçavam cair.- E se
A sala ainda estava em silêncio, e Mariana suspirou resignada.- As crianças se recusam a comer, já estão com fome há um dia. Você não vai mesmo dar uma olhada?Assim que ela terminou de falar, um estrondo ecoou pelo quarto, parecendo o som de algo caindo no chão. Após um momento, passos foram ouvidos e Leo apareceu, abrindo a porta.Ao abrir, um forte cheiro de fumaça se espalhou, fazendo com que tossissem incessantemente.O rosto esgotado de Leo apareceu diante deles. Mariana sentiu uma dor aguda no coração ao ver seu orgulhoso filho nesse estado pela última vez, quando Ana fingiu estar morta e fugiu para o exterior.De qualquer forma, a situação lamentável de Leo estava, de alguma forma, sempre relacionada àquela mulher.- Eles ainda não querem comer?Leo passou à noite no quarto, refletindo muito. Às vezes, por puro cansaço, adormecia por um momento.No entanto, em seus sonhos, a imagem de Ana aparecia constantemente, trazendo à tona muitas lembranças entre eles, detalhe por detalh
- Se realmente tivermos que ser levados à força e não pudermos mais ver nossa mãe e avó, preferimos morrer a nos render. - Pedro falou na frente, um pouco fraco, mas com uma voz excepcionalmente firme.Ele não sabia se isso teria algum efeito, mas como ainda eram crianças, pequenas e fracas, era a única maneira de mostrar sua determinação.Tomás, atrás de Pedro, segurou sua mão, mostrando que compartilhava do mesmo pensamento.- Eu também, se tentarem nos levar à força, não nos renderemos facilmente.Olhando para os rostos dos dois meninos, tão parecidos com o seu, Leo não viu a admiração e proximidade de antes, apenas uma forte guarda.Leo de repente sentiu que, como pai, havia falhado.De fato, ele quase não havia feito nada por eles. A vida deles foi dada por Ana, lutando com todas as suas forças, e ele mal participou do crescimento deles.Se não fosse por Paolo, talvez Leo optasse por deixá-los ir com Ana, mesmo que doesse.Mas...Só de pensar que seus filhos poderiam chamar outro
Após dizer essas palavras, Leo se virou e partiu. Esses dois meninos, dotados de extrema inteligência e perspicácia, certamente compreenderiam seu recado. A greve de fome não passava de um jogo de apostas, uma aposta na compaixão alheia. Contudo, no fim, era uma estratégia dos fracos. Se eles não queriam ser subjugados por toda a vida, deviam seguir o conselho de Leo: fortalecer-se incessantemente até que ninguém mais pudesse limitá-los. Leo, que já passou por situações semelhantes, deixou o quarto balançando a cabeça em autodeboche. Apesar de ter alcançado o que muitos não conseguiam em toda uma vida e controlar o destino de muitos, havia algo que ele nunca podia dominar: o coração humano. Se pudesse, ele desejaria que no coração de Ana houvesse espaço apenas para ele. Ou então, controlar seu próprio coração, erradicando Ana de seus pensamentos, evitando a dor que agora sentia. Infelizmente, tais desejos eram impossíveis de serem realizados....Após a saída de Leo, Pedro olhou para T
Hoje, ao decidir comer bem, e depois de levá-la de volta e orientá-la cuidadosamente por um tempo, ela provavelmente não sentirá mais tanta falta de Ana, a mãe. Vendo o bom humor de Mariana, Dantes, ao lado dela, também respirou aliviado, já fazia muito tempo que não via um sorriso tão feliz no rosto dela. Pensando nisso, ele não quis perturbar seu bom humor e foi procurar Leo. Leo estava no restaurante, embora houvesse comida à sua frente, ele realmente não tinha apetite. Ele ouviu claramente o que o servo acabava de dizer: os dois pequeninos estavam dispostos a comer, mas não porque aceitaram o fato de voltar para a família Santos, mas sim impulsionados por uma relutância interior. Leo sabia que suas ações haviam destruído a inocência da infância das crianças, então ele não se sentia feliz. Dantes, vendo-o assim, pensou que ele ainda estava preocupado com Ana e suspirou.- Leo, algumas pessoas estão destinadas a se cruzar, mas não a ficar juntas. Não vale a pena investir tanto esf