Neelam empurrou Duke e deu um tapa na cara dele.
— Vai embora! Eu não acredito que fez isso! — Falou ela brava. — Qual o seu problema? — Perguntou, confusa.
—
Neelam foi para o grêmio no terceiro tempo. Chegando lá, bateu à porta e esperou até Killian recebê-la. Ele não sorriu como das outras vezes, apenas disse:— Duke observava Neelam e Merlyn conversando e se sentia cada vez mais excluído… Eles falavam sem parar como se se conhecessem desde sempre e, o pior era que o ignoravam. Aquilo o chateou. Não era bem o que ele planejara para aquela tarde… Mas seus “amigos” tinham de aparecer para estragar tudo. Especialmente Merlyn que estava tomando tão facilmente algo que ele estava lutando para conquistar. Era inacreditável como as coisas aconteciam. Ninguém se esforçava para conquistar nada. Porque era mais fácil, chegar e tomar o que não lhe pertencia? Era o que Merlyn fazia. Mattew percebeu que Duke estava mal e disse-lhe: — Que tal se nós fôssemos até a lanchonete buscar hambúrguer? Estou morrendo de fome! — Não é melhor pedirmos uma pizza? — Sugeriu Willow. — A gente come pizza sempre. Já e10. Excluído
O professor de Educação Física se cansou de Anderson e Merlyn e expulsou os dois do jogo, os substituindo por Duke e Mattew. — Vou ensinar às mocinhas como se joga basquete! — Duke disse, indo para a quadra enquanto sorria, presunçoso. — Tudo culpa do idiota do Merlyn que me distraiu! — Anderson resmungou e foi para o vestiário. Merlyn se sentou, próximo a Neelam, de cabeça baixa, visivelmente nervoso. — É só um jogo e não o fim do mundo. — Neelam disse a Merlyn. Ele a encarou e passou a mão no cabelo, ajeitando-o. — Não é bem assim… Minhas notas não andam boas. Eu acho que devo ter Défict de Atenção. — Merlyn disse. — Hmm… — Neelam disse, se sentindo
Hospital Psiquiátrico Santa Quitéria, Black River – Maine.O enfermeiro levou o café da manhã ao paciente e lhe entregou um envelope. A carta não havia sido endereçada para o hospital e, sim para a casa dele, foi o que combinaram antes dele partir, que ela enviaria as cartas para a casa dele e sua irmã lhe entregaria pessoalmente quando fosse vê-lo nos finais de semana, mas sua irmã não fora visitá-lo nenhuma vez, preferindo colocar a carta em outro envelope e enviar a ele.Seus pulsos foram enfaixados pela segunda vez porque ele tentara romper os pontos com a caneta que usaria para responder a carta. Desde então, ele estava proibido de responder as cartas e seu psiquiatra ameaçara proibir a entrega das mesmas se ele não apresentasse alguma melhora.
Neelam despertou na manhã seguinte e se assustou ao perceber que estava na cama de Merlyn. Ela deixou escapar um palavrão quando o viu saindo do banheiro só de toalha.— O que houve? — Ela se levantou, apressada da cama, olhando para seu corpo. Ainda estava vestida e isso a tranquilizou.— Nada demais. — Merlyn respondeu, caminhando até seu closet. — Você despertou com medo do escuro e veio se deitar na minha cama. Eu quisir para o sofá, mas você insistiu que eu ficasse, então, eu fiquei, mas não aconteceu nada. Juro.— Por que eu não me lembro de nada? — Neelam inquiriu, desconfiada. — Colocou alguma coisa na minha bebida?&mda
Geralmente as manhãs passavam rápido para Neelam, mas aquela foi de longe, a manhã mais longa de sua vida. Durante a aula de geografia, Willow notou que ela estava usando o sobretudo de Merlyn e, embora, não tenha feito nenhuma pergunta, a forma como sorriu, deixou Neelam constrangida porque ela teve certeza que Willow pensou o pior dela. Na aula de química, quando Neelam teve que fazer par com Duke por ordem da professora, Duke também reconheceu aquele sobretudo e encarou Neelam, chateado. Ela sabia que não devia nenhuma explicação a ele, mas se sentiu mal por não lhe dar qualquer satisfação.— Christina rasgou minha blusa. — Neelam disse a Duke em um sussurro.— Sei… — Duke riu, incrédulo.— É
Neelam foi para seu quarto e encontrou um envelope em sua cama. Era uma carta de Kendall. Ela sorriu e rasgou o envelope, ansiosa. Pegou a folha e a desdobrou, lendo o que ele escrevera para ela: "Neelam, sinceramente, eu lamento por tudo. Espero que possa superar isso. Estou bem, com muita saudade, mas bem. Desculpe se quase não te escrevo ou se não te ligo, as regras do internato são muito rígidas. Não vejo a hora de voltar para a casa. Penso em você o tempo todo. Você é a única amiga que tenho, a única em quem realmente posso confiar. Espero poder contar com sua amizade quando voltar".Neelam guardou a carta em uma caixinha junto às outras em seu closet, tirou o sobretudo que estava usando e foi para o banheiro.&
Arthur voltou para a empresa e ligou para a mãe, informando-a sobre o que estava acontecendo com Merlyn. A opinião de Karin não era diferente da de Arthur, por isso, ela pediu que ele localizasse os pais de Neelam e os convencesse a mantê-la afastada de Merlyn. Arthur usou todos os seus recursos para localizar a estudante, onde ela morava e quem eram os seus pais. Arthur não gostou do que descobriu e se lembrou das palavras do irmão: “ela é como eu”.— Parece que sim. — Arthur pensou em voz alta, preocupado.Arthur foi até o hospital onde Mikaela Ferraz trabalhava e a abordou quando ela deixava o hospital.— Mikaela Ferraz? Sou Arthur Arcangeli, irmão de Merlyn Arcangeli, o namorado da sua filha. Precisamos conversar. Entre? Eu te dou uma carona.Mikaela pareceu surpresa em ouvir que a filha ti