- Pronto pessoal, aqui estão as autorizações de cada um. – Dizia Charllote agora no pátio da escola entregando um a um as autorizações com o carimbo de seu pai Kim que havia pegado secretamente minutos atrás. – Agora presumo que precisamos ir o mais rápido possível antes que notem nossa ausência.
- Então vamos. – afirmou Sophia indo na frente em direção ao portão de saída seguida por Chris e os demais.
Já no portão entregaram as autorizações falsas aos guardas, onde informavam que fariam uma excursão rápida pelos arredores da escola para observação e elaboração de relatório da matéria do prof. Kim. Os guardas assentiram e com seus cetros tocaram os pingentes de cada um deles para que não emitissem alerta quando passassem do horário fora da escola.
<- Olha, eu nem teria notado se você não tivesse dito... - Angelo comentou sarcasticamente olhando em volta.Victor fez menção em responder, mas Christian tocou a palma em seu peito para que ele não desse ouvidos. Ele até o momento não acreditava que Angelo estava ali, desde o confronto com Victor no penhasco, ele havia se afastado sempre que podia, estando junto de todos apenas quando Petrus ou o Apolo estavam presentes e ainda assim ele se matinha calado a maior parte do tempo, lançando indiretas e comentários grosseiros uma hora ou outra. Mas ultimamente ele parecia mais estranho do que o costume, as vezes Christian o pegava encarando-o mas o mesmo desviava o olhar quando era pego, isso o incomodava mas havia decidido não comentar com nenhum de seus amigos, não queria provocar ainda mais o clima que pesava quando Victor e ele estavam no mesmo am
- Vejam! – disse Jimitre quando chegaram nas grandes rochas. – Um desfiladeiro, a águia foi naquela direção.- Então é por ali que devemos seguir. – disse Sophia.- Esperem, eu sinto a vibração de rochas instáveis no topo desse desfiladeiro. – disse Victor com a face voltada para cima.- Você acha que conseguimos passar sem termos problemas? – perguntou Apolo se aproximando e olhando na mesma direção.- Eu não tenho certeza, mas se a águia foi por ali, é por onde devemos ir. Não podemos perde-la de vista. – respondeu.
- Christian... – começou Apolo quebrando o silêncio que se seguiu após o desabamento enquanto pararam para registrar os acontecimentos. – Eu sinto muito, eu não queria que isso tivesse acontecido, eu não sei como... Eu não sei como eu fiz aquilo. – disse olhado suas mãos como se não as reconhecesse enquanto sentava em uma pedra baixa.- Não Apolo, não precisa se desculpar, você não teve culpa. – o tranquilizou Christian se aproximando dele. – Você está bem? Eu sinto muito por... Eu não sei bem o que dizer na verdade. – Christian não sabia se tocava no nome de Angelo, depois do que aconteceu ele não queria que Apolo se sentisse pior do que aparentava.- Não precisa dizer nada Chris, eu vou ficar bem... Acho que no fundo eu sempre soube. É engraçado como a gente se acostuma com alguém e mesmo s
Christian e Victor avançaram determinados, porem cautelosos, esperando o momento em que Angelo, e quem estivesse com ele aparecesse. Victor caminhava um pouco a frente como se não pudesse esperar mais por aquele confronto, e só conseguia pensar em poder extravasar toda sua frustração por gostar de Apolo e o ver todo esse tempo a mercê do mal gênio de Angelo que não lhe dava o devido valor, todas as vezes que se conteve foi por Apolo e os outros mas agora não haveriam impedimentos, pelo contrario, haviam ainda mais motivos.Victor parou abruptamente colocando o seu braço para trás para que Cristhian parasse também.Christian congelou ao reconhecer aquele homem diante deles parado ao lado de Angelo que parecia se deliciar com sua expressão de surpresa. Estavam no que parecia o final da caverna e também o possível ninho do grifo, julgando pela quantidade de galhos e palh
- Já chega! – Gritou Ítalo saindo da caverna já com o cetro empunhado na direção dos garotos. – Flamer serpias! - o feitiço lançou uma serpente feita de puro fogo que media uns cinco metros de altura que imediatamente começou a perseguir os garotos.- Corram para água! – gritou Apolo, Victor e Christian o seguindo imediatamente.A serpente em chamas os perseguiu seguida por Ítalo e Angelo que nesse momento parecia um tanto atordoado com até a onde aquela situação tinha ido.- Espera, não podemos deixar o Angelo fora disso? – perguntou ele a Ítalo que ergueu uma sobrancelha para ele com desdém.- Não me diga que se afeiçoou a essa escoria, você não quer ser rei um dia? – respondeu Ítalo o olhando de cima.- Não a esses ocos, mas talvez eu o convencesse a ficar do nosso
- Vocês estão bem!? O que aconteceu com o Victor? – perguntou Petrus se abaixando próximo aos garotos.- O Victor, ele está muito ferido! O Angelo ele, ele... O dragão, quer dizer o rei Ítalo fez isso, com a ajuda do Angelo e... – ia tentando explicar Apolo enquanto chorava descontroladamente. Depois do breve alivio de rever os seus amigos Apolo sentia seu corpo pesar toneladas, não sabia o que pensar ou sentir sobre Angelo e agora parecia ter sentimentos misturados e confusos sobre Victor, que agora estava desacordado em seus braços por ter arriscado a vida para salva-lo, além de ter descoberto algum tipo de poder que nem ao menos sabia do que se tratava ou como acessa-lo.- O que aconteceu aqui? Você consegue contar pra gente Christian? – perguntou Sophia tirando as palavras da boca de Petrus.- Sim, e como assim com a ajuda do Angelo? Aquele dragão é o rei &Iac
- Vamos voltar pra casa, agora! – ordenou Sophia puxando Petrus pelo braço. – Nossos pais vão saber o que fazer!- Não Sophia! Não temos tempo e nem energia pra isso, se voltarmos pra casa ou para escola agora teríamos que explicar muita coisa, tempo suficiente para o rei Ítalo ou quem mais estiver com ele fazer algo com o pai do Christian. – disse Petrus soltando-se da mão de Sophia bruscamente enquanto massageava o local da picada com expressão de dor. - Quanto tempo acha que vamos conseguir mantê-lo preso depois que ele acordar?- Petrus podemos dar outro jeito de salvar o meu pai! Agora precisamos tirar o veneno de você antes que se espalhe! – pediu Christian.- Não Christian, o seu pai está amaldiçoado a muito tempo, não pode mais esperar, há anos tentamos salva-lo, e enfim podemos! De que adiantaria tudo o que enfrentamos? Eu posso
Batidas fortes na porta de madeira que Charllote havia fechado por dentro os assustaram brevemente, os lembrando que não tinham mais tempo.- Por favor pai ,eu preciso de você... – pediu Christian com toda sua crença enquanto tocava a estatua de seu pai, gelada em suas mãos. Ele abaixou a cabeça e lagrimas começaram a rolar em seu rosto, ele sabia que aquela era sua única chance e que se falhasse tudo estaria perdido, os seus amigos estavam em perigo por sua causa pensava ele enquanto mais lagrimas surgiam em seus olhos, ele não se perdoaria se não conseguisse salvar Petrus e o seu pai.- Filho? – Christian ouviu uma voz grave e profunda chamar enquanto um arrepio percorria todo o seu corpo, ele se atentou a tempo de sentir o mármore em suas mãos amolecer e transforma-se em uma textura de tecido enquanto registrava tudo rápido demais, ele ergueu o seu rosto para olhar p