( Felippo Valentini ) Saio de dentro do quarto de hóspedes a deixando sozinha, escuto ela me chamando, mas apenas sigo atordoado para o meu quarto, vou ao banheiro, entro e ligo a luz. Virgem! — minha mente não para de pensar nisso, ela nem precisou assumir com todas as letras. Só o fato de saber que eu fui o primeiro homem a beijar aquela boquinha de mel, faz eu me sentir atordoado e... orgulhoso? Um sentimento estranho invade meu peito, um sentimento de posse… O primeiro beija dela, foi meu. Eu realmente espero que eu tenha sido o único a ter experimentando a maciez daquela boca aveludada e carnuda. Só de imaginar outro homem encostando nela me dá vontade de sacar a arma e atirar na cabeça de todos! Uma virgem bem no quarto ao lado! Eu nunca transei com uma virgem, e saber que quase comi uma, deixa meu garotão dolorido de tanto tesão. Vou precisar de outro banho! Entro no box e ligo o chuveiro, a imagem dos seus seios fartos, firmes e redondos afundando sobre minhas mãos
( Renata Pellegrini) Observo em silêncio, sentada no banco com os braços apoiados sobre a mesinha da cozinha, Filippo abrir e pegar dentro da geladeira alguns pães com queijo e presunto, uma caixa de suco no sabor laranja. Ele coloca os copos na mesa e os enche com o suco, me entrega um, depois vai até o balcão e deixa os pães no microondas por trinta segundos. — É muito bom deixar comida pronta na geladeira, apenas para esquentar depois — falo para mim mesma, sempre quis fazer isso, mas nunca tinha tempo, e pior, cuidar de todas as refeições diariamente, me deixava ainda mais sem tempo, então eu estava sempre em um paradoxo — Você quem fez esse pães? — questiono num tom mais alto, quebrando o silêncio. A noite passada eu não dormi nada bem, tive um pesadelo horrível com o homem que estava tentando me sequestrar. Esse homem tinha voltado à vida, mas não com a aparência de um ser vivo. Sua cabeça estava estourada, era como um zumbir, ele corria rápido atrás de mim, e conseguiu me peg
(Renata Pellegrini)Como descrever a emoção de pisar pela primeira vez em um shopping? E ainda mais, quando todas as lojas estão abertas apenas esperando você entrar? Saber disso faz um frio percorrer minha barriga. Sinto-me como se fosse uma criança empolgada para ir a um lugar diferente. Isso é bom.“Será que ele traz aqui todas as suas assistentes?” — esse pensamento surge em minha mente, o encaro os olhos faiscando de raiva, queria poder eletrocutá-lo com a força do olhar.— Não gostou das lojas? — pergunta me encarando, paramos de andar, sinto meu rosto esquentar.Onde foi mesmo parar minha vontade de matá-lo?— A-ainda não entramos em nenhuma — falo desviando o olhar.— Não está com uma cara muito boa, ragazza.— É que… me veio um pensamento… — minha voz é apenas um sussurro.— Sobre? — questiona com a sobrancelha erguida, sinto seu olhar queimar minha pele — Pode se abrir comigo.— É que me passou pela cabeça a possibilidade de você já ter vindo aqui com as outras assistentes, a
(Renata Pellegrini)À medida que o carro se aproxima da empresa, sinto um calafrio na minha espinha, minhas mãos soam e minha respiração vai ficando cada vez mais ofegante, só de imaginar as conversas que vão rolar assim que eu descer do carro, me deixa frustrada.Olho de relance para Filippo e ele não demonstra nada, é como se fosse um parede, desde que saimos da loja, ele se mantém calado.Começo a me sentir culpada... Eu sei que o que a atendente fez é errado, mas isso não justifica a forma como falei com ela... Droga... Odeio me sentir assim.— Já estamos bem perto da empresa — comento, dou um tempo mas ele não responde nada e nem desvia o olhar da estrada, respiro fundo — Acho melhor me deixar aqui, não irei precisar andar muito, não pegaria bem me verem chegando no seu carro, as pessoas são muito maldosas com suas opiniões e as fofocas….— Eu estou pouco me fudendo com a opinião dos outros, você deveria fazer isso também.— Ah, entendi — tento parecer calma, mas estou quase piran
( Renata Pellegrini) — Boa tarde — um casal se aproxima — Temos hora marcada, com o senhor Valentini.— Ah sim, qual o nome dos senhores por favor.— Somos os Galanis.Verifico na agenda o horário das dezoito horas e confirmo seus nomes, no computador mando um email para o meu chefe avisando da chegada dos clientes.— Só uns instantes, por favor, o senhor Filippo está em uma reunião, mas em pouco tempo acabará — tento ser o mais simpática possível.Apesar de sorrir, por dentro estou em agonia, é a segunda vez que me sinto assim hoje e não estou gostando nada disso! Filippo está trancado a duas horas com uma mulher da alta sociedade, que assim como ele, é uma CEO, preciso admitir, ela é muito bonita, e ela não fez nem questão de esconder o olhar interessado nele. Eu realmente espero que eles estejam apenas conversando sobre negócios.Respiro fundo, não posso me iludir com as palavras dele. Filippo é o um sonho de consumo, e ouvir de sua boca que sou sua namorada, me deixou nas nuvens,
(Renata Pellegrini)Humm, que cheirinho bom, sinto minha boca salivar e meu estômago revira em busca do alimento. Abro os olhos, me sento na cama e meu estômago se contorce, fazendo-me sentir um desconforto e um ronco ecoa para fora de minha barriga. — Buongiorno — Filippo entra no meu quarto segurando uma bandeja de café da manhã — Acordou na hora certa — ele fala com um sorriso quase que invisível nos lábios, tendo apenas uma pequena linha marcada.Continuo o observando e ele está com a mesma roupa de ontem, porém sem o terno, a blusa social de cor azul bebê está dobrada até os cotovelos, e por cima da blusa ele está com meu avental rosa da barbie. Prendo o riso. — Você… você dormiu aqui? — pergunto recobrando meu juízo. Sinto minhas bochechas corarem.— Sì, ragazza — responde como se fosse a coisa mais normal do mundo.— O-onde? — pergunto olhando para o chão, mordo o lábio e em minha mente surge uma pequena esperança dele responder que dormiu na mesma cama que eu.“Safada!”— min
(Renata Pellegrini) — Senhor Valentini — Caio fala surpreso e vira o pescoço para olhar Filippo — O que o senhor está fazendo aqui? Filippo ergue uma sobrancelha, coloca as mãos no bolso e como na primeira vez que estive aqui, seu semblante carrega a face de um homem mal, capaz de fazer qualquer coisa maldosa, será que é errado eu achar ele tão sexy nessa pose? Ele encosta o ombro na batente da porta e o olhar que dirige a Caio é de dar arrepios medonhos. Com cuidado, tiro minha perna ferida do colo de Caio e ele se levanta ficando totalmente de frente para Filippo, que não olha para mim em nenhum momento, a sua atenção está totalmente em Caio. — Está questionando ao seu chefe por onde ele anda dentro da própria empresa? — Não senhor — Caio se apressa a responder com a voz receosa — É que… o senhor nunca esteve aqui antes, então pensei que estivesse precisando de alguma… — Você não é pago para pensar e sim para sentar no balcão e recepcionar as pessoas — Filippo o corta de manei
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