Nos últimos meses tudo transcorreu como esperado. Há sete meses, eu reconquistei e casei com a mulher da minha vida. Nossas únicas brigas foram por causa do ambiente onde queríamos criar nosso filho e pela minha insistência em derrubar aquele imovel caindo aos pedaços no subúrbio.
Depois que avaliei algumas residências na zona sul do Rio, escolhi o local onde Nicole e eu construiríamos um lar e ampliaríamos a nossa família. Certa vez, eu disse para ela que queria ter um time de futebol correndo pela nossa casa e a Nicky surtou.
No mês de agosto de 2015, eu pretendia viajar com Nicole e o meu filho, para comemorarmos o meu trigésimo aniversário. Assim que retornássemos, eu a levaria para ver a surpresa que preparei. Eu tinha certeza que ela amaria a ambientação em volta da nossa casa.
Naquela manhã, de uma segunda
Olá, meus tesouros! Outro capítulo publicado para vocês. Mais tarde tem mais...
Nos primeiros meses depois que me instalei na sala de diretor-executivo, pensei em mudar aquela decoração retrô, no entanto, depois que Annie contou o quanto a minha avó gostava da atmosfera do escritório, eu decidi deixar o design vintage e rústico com móveis e acessórios em tons de marrom. Atrás da minha mesa tinha uma estante de madeira maciça com alguns livros que eram organizados por assuntos. No lado direito tinha uma pequena réplica da estátua de Moisés em bronze de David Michelangelo. Contemplei um relógio pendurado na parede, a peça tinha um bronze cinzelado e dourado com um acabamento fosco. Eram onze e meia da manhã quando o homem robusto passou pela porta. Eu não sabia o que Henry queria, mas já estava disposto a avisá-lo que não tinha tempo e que logo eu teria que sair para mais uma reunião. O para-brisa limpava as gotas da chuva que caíam no vidro do automóvel, passei o dia pensando numa forma de conversar com Nicole sobre tudo o que o Henry me contou. Apertei a buzina mais de uma vez para que o segurança abrisse a porra do portão. Não estava com humor para conversas, passei direto pela guarita onde Carlos se escondia da chuva. O meu celular tocou o dia todo, sempre odiei esses números desconhecidos que ligam sem parar. Estacionei o carro e toquei na tela do iPhone. ― Olá, mon amour! ― O que você quer Josephiné? — perguntei grosseiramente. Não entendo essa necessidade que ela tem de infernizar a minha vida. ― Eu sinto a sua falta, mon cheri! ― Pare de me chamar assim! ― Removi o cinto. EncUma notícia que salvou o dia
Dos sete aos dez anos, eu sempre pedia aos meus pais que me dessem irmãos, mas eles sempre arrumavam alguma desculpa esfarrapada e na maioria das vezes, eles me tapeavam com algum brinquedo. Eu sempre quis ter mais de um filho correndo e brincando pela casa. Entretanto, Nicole sempre reclamava e argumentava sobre como era complicado criar uma criança sozinha. Mesmo que eu prometesse e dissesse que estaria por perto, sentia que a sua insegurança ainda se manifestava em relação ao nosso casamento. Olhei para o homem de olhos azuis e cara de bobo que me encarava através do espelho. Mirei novamente o teste de gravidez que indicava as semanas. Nicole sempre foi certinha com os horários e os remédios. Eu não sabia como ou quando aconteceu, mas estava extremamente feliz com a novidade. O vapor da água morna embaça
Depois do café da manhã, eu conversei com Nicole sobre a viagem que eu desejava fazer no meu aniversário e felizmente, ela concordou. Se tudo corresse como eu esperava, nós passaríamos uma semana na casa de veraneio de Balneário Camboriú e assim que retornássemos, eu a levaria para nossa casa. Nicole e Alex estavam animados com a viagem, planejaram o roteiro e organizaram as malas. Lembro da vez que escutei Nicole falando com Alex sobre a praia que a levei logo após o nosso casamento. Fiquei feliz por saber que ela não esqueceu. Tinha mais de uma semana que Josephiné chegou ao Rio de Janeiro e eu a evitei a todo custo. Mesmo que Henry tivesse recebido alta, precisava dar um tempo para que ele se recuperasse antes de apresentar sua neta, Marcelly. Um dia antes do meu aniversário, eu pedi a Annie que desmarca
Assim que eu saí da antiga residência de Nicky, dirigi até o local onde Jenny morava, na Barra da Tijuca, mas não tinha ninguém em casa. Liguei para Jenny cinco vezes, porém, ela não me atendeu. Eu nunca senti tanta raiva da Josephiné como naquele dia. Eu subi aquela maldita escada com a garrafa de conhaque Hennessy X.O que peguei na adega. Tomei um gole e abri a porta, o quarto estava silencioso e a nossa cama arrumada. Reparei na frase “Amo você!” escrita com batom vermelho no espelho da penteadeira. Ela provavelmente escreveu isso antes de sair de casa. Lancei todos os objetos que observava pela frente contra a parede, precisava extravasar a minha ira. O imbecil de óculos com uma carranca sombria não sabia o que fazer. Fechei o meu punho e soquei a porra do espelho da penteadeira. O vidro rachou em vários pedaços, o sangue fluiu do corte e escorreu pelo do
A residência dos Albuquerques era grande e extremamente luxuosa. A moradia tinha uma arquitetura que seguia o estilo clássico assim como a fachada da casa dos meus pais em São Conrado. Henry fazia de tudo para agradar os caprichos de Tia Heloísa, embora ela sofresse de mal de Alzheimer, doutor Albuquerque fazia de tudo para que tivesse uma vida agradável e feliz. Atravessei os enormes portões dourados e olhei pelo retrovisor, minha filha estava distraída no celular. Estacionei o meu carro e segui direto para a entrada principal, me senti grato por Daniel chegar um pouco depois. Ele saiu e abriu a porta do carro para Josephiné. Fomos recebidos por um mordomo gentil que nos recepcionou e nos conduziu até uma sala com móveis que misturava um pouco do estilo romântico com o rústico. Os olhos expressivos
Nicole estava acuada, ela estava da mesma forma quando a observei no hospital São Miguel há alguns meses. Ela fechou uma das malas e manteve a cabeça baixa, eu odiava vê-la naquela situação. Nicky levantou, ajeitou a mochila nas costas do meu filho e tocou a mão de Alex. ― Nós já vamos! ― Tinha lágrimas nos olhos amendoados. Pegou a outra mala preta que Elizabeth entregou e puxou meu filho. Eu não podia deixá-los sair da minha vida. Nicole evitou o meu rosto, passava por mim como se eu fosse um desconhecido pela rua. ― Vocês dois ficam! Os cílios de Nicole tremiam sem parar sobre os olhos castanhos cheios de lágrimas. O rosto empalideceu. "Ela deve estar passando mal!" ― Eu n
Existia uma força que nos aproximava, uma energia que aquecia o meu coração. Coloquei os meus óculos na cômoda, me inclinei e colei meus lábios ao dela. Eu a beijei lentamente e insisti até que sua boca abriu e me deu passagem. Os lábios bem talhados se encaixavam perfeitamente aos meus. Os seus dedos se perdiam em meus cabelos, ela correspondia aos meus beijos com a mesma intensidade. Puxei-lhe o vestido de malha rosa por cima dos ombros e me afastei, fiquei paralisado diante da visão, ela estava sem sutiã, as ondas dos cabelos castanhos brilhantes e sedosos caíam sobre os ombros e deslizavam pelos seios firmes. Eu precisava dela, estava desesperado para me encaixar em seu corpo e me perder no delicioso calor abrasador de seu amor. Fiquei duro com aquela deliciosa visão, meu sangue esquentava, eu tinha que senti-la. Inclinei a minha cabeça e segu