Depois da viagem cansativa, eu finalmente cheguei a cidade do Rio de Janeiro. Dirigia pela Avenida Atlântica e, ao mesmo tempo, apreciava a bela paisagem. Pessoas corriam e se exercitavam pela orla e as praias estavam lotadas. Finalmente, eu estava na cidade maravilhosa onde nasci e cresci.
O veículo que aluguei no aeroporto se aproximou do enorme portão da casa de meus pais, na Zona Sul. O guarda da cabine estranhou a cor do automóvel, mas me reconheceu assim que abaixei o vidro.
― Oh, doutor Bittencourt! ― Ele saiu da cabine e me cumprimentou. ― É tão bom rever o senhor!
― Também estou feliz por revê-lo, Carlos! ― Sorri pela educação. ― Como estão as meninas?
― A minha filha mais velha está cursando direito e a mais nova passou na prova para sarge
Olá, amores! Enfim, o temido reencontro aconteceu. Logo saí mais um capítulo para vocês. Vocês acham que ele sofreu muito? Coloque tudo o que vocês pensam nos comentários porque quero saber o que acham do Dr. Bittencourt. Em breve tem mais capítulos saindo do forno. Bjos amores!
Nicole colocou o pequeno garoto no chão e pediu para que o filho não fizesse bagunça. Detive meus olhos no menino e reparei no jeito daquela criança. Ele parecia bem inteligente, carregava uma revista em quadrinhos nas mãos. Ajeitei a minha postura assim que Nicole me encarou. ― Oi, Alexander! Estou surpresa em te ver por aqui! Franzi o cenho e estiquei o braço, Nicole recuou como um coelho assustado, mas depois se aproximou e apertou a minha mão. ― Estou tão surpreso quanto você! Contive a vontade de dizer tudo o que estava preso na minha garganta e segurei a mão macia e delicada com cuidado para não machucá-la. Aquele olhar constrangido na feição pétrea me deixou confuso, a mão dela suava. Mesmo que ela disfarçasse, parecia nervosa.
Depois que recebi a notícia da morte da minha avó, procurei por Nicole em todos os cantos do hospital e não a encontrei. Peguei o número do telefone dela com o meu pai. Liguei inúmeras vezes durante o dia, mas ela não atendeu. "Que merda!" Pela madrugada, tomei o meu segundo banho, tinha esquecido o quanto o verão do Rio de Janeiro poderia ser quente. Deitei na cama, sem roupa, ajeitei o travesseiro e afundei a cabeça. Pensei na face avermelhada e no jeito como ela se encolheu quando tomei satisfações e fiz cobranças sobre o nosso passado. A mão dela tremia e suava quando segurei, devia ter verificado o pulso. "Será que ela ainda me ama? " Eram quase 2 da manhã quando olhei o número da Nicky na tela brilhante do meu blackberry.
Durante o velório, permaneci ao lado de Nicole, que estava isolada num canto da sala. Meu filho adormeceu no meu colo, não queria me soltar e confesso que eu também não queria largá-lo. Recebi as condolências dos amigos e familiares que compareceram na despedida. Minha avó era uma pessoa querida por todos. Logo depois que o meu pai e doutor Albuquerque fizeram um breve discurso, um amigo, católico, minha avó encerrou as homenagens. Jenny e uma bela jovem com traços hispânicos se aproximaram da Nicky. Abraçaram-na e logo depois, ambas me cumprimentaram com olhos marejados. — Meus sentimentos, meu amigo — Jenny me deu os pêsames. — Obrigada! — Minha voz soou baixa e rouca. Ela olhou para a moça que ainda falava com a
Ainda não esqueci do tapa que Joanna deu na pele macia da minha mulher há mais de cinco anos. Será que Joanna empurrou Nicky da escada? Não gosto do jeito que Nicky defendia a tia, aquela mulher a maltratava e sempre negou o carinho que Nicole precisava." Meu sangue fervia com os meus pensamentos, eu ingeri outro gole do líquido rubi e olhei na direção de Nicole. ― Eu vou ajudar o Alex a escovar os dentes. ― Nicky ajeitou o cabelo e levantou. ― Com licença! Vem filho! — Fugiu como um coelho assustado, ela detestava confrontos. Jenny voltou com outra garrafa de sauvignon blanc. Esbarrou na cadeira duas vezes antes de sentar e Lana a auxiliou. Pegou a garrafa, encheu minha taça e em seguida, ofereceu para a Lana, mas ela rejeitou. ― O que a tia dela fez enquanto eu estive for
O quarto estava silencioso quando abri meus olhos, eu finalmente consegui descansar depois de três dias. Aquele beijo que dei em Nicole me deixou mais animado, eu só queria conquistá-la, tocar aquela pele macia e dourada e penetrar aquela carne apertada. Levantei às 7 horas da manhã, fiz algumas flexões e abdominais no quarto antes de me preparar para a leitura do testamento. Encerrei a minha última série de flexões e tomei uma chuveirada. Nicole não retornava as minhas ligações. "Sei que ela ficou mexida com o beijo, senti isso! Então, por que está me evitando?" Eu resmungava em meus pensamentos enquanto observava a tela do meu telefone. Tirei a toalha e avaliei as roupas que Rosa organizou no guarda-roupa. Não queria us
Depois que entrou no meu carro, Nicole parecia um animal enjaulado e assustado. Ela ajustou o cinto de segurança e me observou quando entrei. ― Por que você está tão nervosa? "Eu sabia o motivo, mas queria provocá-la!" ― Não tenho nada a ver com isso… — gaguejou ― Não entendi! ― Arrumei o banco e olhei nos olhos dela. ― Jenny me ligou mais cedo. Eu não sabia que a Sophie havia colocado meu filho no testamento. "Claro que foi a Jenny! Ela não perde essa mania." ― Que mal há nisso? Meu filho tem todo direito! ― retruquei. Ajeitei o espelho do retrovisor. ― Só uma cláusula do testamento que me incomodou. Era a primeira vez que eu dirigia pelas ruas do subúrbio do Rio de Janeiro. Eu não sabia porque Nicole estava tão inquieta, ela quase não falou desde que buscamos o nosso filho na escola, ao contrário de Alex, que estava empolgado e não parava de cantar uma canção nova que aprendeu com a professora Rivera. Estacionei o carro quando o GPS indicou o local, fiquei aliviado por ver um imóvel de dois andares rodeado por um muro revestido com pedras de ardósia e um jardim bem cuidado do lado esquerdo calçada em frente ao portão branco de garagem automático. ― É sua casa? ― Apontei para o imóvel. ― Não, pai! É aquela ali! Vislumbrei o pequeno imóvel que era cercado por um muro baixo com um portão enferrujado. Arrumei a armação dos óculos no meu nariz enquanto saEu não vou te deixar, eu prometo!
Alex e eu jogávamos Final Fantasy X. Eu tinha um jogo como aquele do Terceiro Final Fantasy do ano de 2001. Depois que olhei a capa, me dei conta de que os jogos e aquele videogame eram meus. — Alex, quem te deu esse PS2? — Foi o vovô Ricardo. — Ele pausou o jogo e colocou o controle no colo. — Estou com fome! — Que tal uma pizza? — Eu quero, mas a minha mãe não vai gostar! — Por que? — Fiz cócegas nele e ri. O som das gargalhadas dele eram reconfortantes. Parei de brincar, deixei que ele respirasse e então, peguei o meu celular. — Vou pedir e depois, falo com sua mãe. — Ela vai ficar zangada, pai! Pedi uma pizza de