Depois que entrou no meu carro, Nicole parecia um animal enjaulado e assustado. Ela ajustou o cinto de segurança e me observou quando entrei.
― Por que você está tão nervosa?
"Eu sabia o motivo, mas queria provocá-la!"
― Não tenho nada a ver com isso… — gaguejou
― Não entendi! ― Arrumei o banco e olhei nos olhos dela.
― Jenny me ligou mais cedo. Eu não sabia que a Sophie havia colocado meu filho no testamento.
"Claro que foi a Jenny! Ela não perde essa mania."
― Que mal há nisso? Meu filho tem todo direito! ― retruquei. Ajeitei o espelho do retrovisor. ― Só uma cláusula do testamento que me incomodou.
Era a primeira vez que eu dirigia pelas ruas do subúrbio do Rio de Janeiro. Eu não sabia porque Nicole estava tão inquieta, ela quase não falou desde que buscamos o nosso filho na escola, ao contrário de Alex, que estava empolgado e não parava de cantar uma canção nova que aprendeu com a professora Rivera. Estacionei o carro quando o GPS indicou o local, fiquei aliviado por ver um imóvel de dois andares rodeado por um muro revestido com pedras de ardósia e um jardim bem cuidado do lado esquerdo calçada em frente ao portão branco de garagem automático. ― É sua casa? ― Apontei para o imóvel. ― Não, pai! É aquela ali! Vislumbrei o pequeno imóvel que era cercado por um muro baixo com um portão enferrujado. Arrumei a armação dos óculos no meu nariz enquanto sa
Alex e eu jogávamos Final Fantasy X. Eu tinha um jogo como aquele do Terceiro Final Fantasy do ano de 2001. Depois que olhei a capa, me dei conta de que os jogos e aquele videogame eram meus. — Alex, quem te deu esse PS2? — Foi o vovô Ricardo. — Ele pausou o jogo e colocou o controle no colo. — Estou com fome! — Que tal uma pizza? — Eu quero, mas a minha mãe não vai gostar! — Por que? — Fiz cócegas nele e ri. O som das gargalhadas dele eram reconfortantes. Parei de brincar, deixei que ele respirasse e então, peguei o meu celular. — Vou pedir e depois, falo com sua mãe. — Ela vai ficar zangada, pai! Pedi uma pizza de
Depois do banho, ajeitei os meus cabelos no pequeno espelho redondo pendurado na parede. Eu caminhava pelo corredor estreito enquanto carregava minha camisa na mão esquerda, tirei os óculos pouco antes de entrar no quarto. Nicole ainda estava acordada, mesmo que ela tentasse disfarçar, eu observei a forma como ela olhava a parte nua do meu abdômen até o triângulo invertido que apontava para o meu pau. Coloquei os óculos na pequena penteadeira branca no canto do quarto e atravessei os dedos nos fios dos meus cabelos. Encostei no móvel e cruzei os braços no mesmo instante que fitei os olhos amendoados. Ela se ajeitou e colocou um álbum de fotos sobre a cama. ― Vou dormir no quarto do Alex — Pôs-se de pé. Deu alguns passos até a porta, mas
O silêncio tomava conta do ambiente estranho assim que abri os olhos. Fiquei desorientado até que senti o aroma delicioso dos cabelos da mulher encostada ao meu corpo. Ela dormia tranquilamente e suspirava de leve. Mantive o meu braço em torno da pele macia dos seus ombros e os meus olhos se fixaram no mamilo que fugia do decote da camisola. Puxei a alça para revelar o outro seio . "Os seios dela são firmes e arredondados." — Perfeitos! — Sibilei. Meu pau reagiu. Cada parte do meu corpo implorava para senti-la, no entanto, ela estava chateada e eu não queria acordá-la. Puxei o meu braço lentamente, mas ela se moveu e exibiu os seios fartos. Eu precisava sair dali, mas o meu pênis ereto discordava com veemência. Todo o meu corpo vibrava ao vê-la daquela forma, eu espremia os
"Será que a Nicky tem namorado? Não, Não! Se tivesse, ela não dormiria comigo, Nicky é toda certinha." O pensamento me ocorreu enquanto o meu automóvel esportivo estava parado em frente ao portão de grades prateados da mansão. "Porra! Carlos está demorando para abrir essa merda!", Finalmente a droga do portão se abriu e o segurança da guarita me cumprimentou, meneei a cabeça e então, segui. Havia um turbilhão de emoções se agitando em minha mente e a Nicole era o motivo principal. "Por que será que ela toma anticoncepcional?" Eu sabia que ela ainda estava aborrecida e indignada porque eu não a procurei antes, mas como eu iria saber que estava envolvido em uma trama de mentiras. Acenei para José, o jardineir
No Café & Bistrô, em Copacabana, eu folheava o documento avaliando cada parágrafo. Meu advogado chamou um dos garçons quando assinei a penúltima folha. O estabelecimento tinha uma cozinha italiana e vinhos sofisticados. O garçom anotou o pedido de Giovanni e me perguntou se eu desejava algo. Olhei o cardápio rapidamente. — Un caffè macchiato caldo, per favore! Após anotar o pedido, o funcionário do local se retirou, então, eu retornei a leitura do documento que falava sobre a herança de Alex. — Você fala italiano? — Não, eu não falo! — Ergui a cabeça. — Eu só conheço o básico. — Soube que você morou por cinco anos na França.
Eu dirigia pela rua Corcovado, que fica no afortunado bairro residencial Jardim Botânico, bairro que leva o mesmo nome do local dedicado ao cultivo e exposição de espécies nativas ou exóticas. — O que é Jardim Botânico, mãe? Alex olhou para Nicole, que se virou para o banco traseiro do veículo: — É como um grande jardim com diversidades de plantas, árvores e lugares bonitos para caminharmos e respirarmos ar puro. — E fazer piquenique! Alex deu uma risada quando Nicky esticou o braço e fez cócegas nele. O jeito doce e a forma como ela falava, me encantava. Nicole sempre quis ser mãe e eu nunca duvidei que ela era a mulher perfeita para ser a mãe dos meus filhos.<
Nas duas vezes em que vi Nicole na mansão dos meus pais, ela não saiu da sala de estar. Eu vi medo em seus olhos, fiquei comovido com a forma como ela olhava aquela decoração luxuosa que minha avó sempre ostentou pelos cômodos da casa. — Nicky, você confia em mim? Ela olhou para as mãos que estavam sobre o colo e em seguida, puxou um fiapo da bainha da bermuda jeans que usava. O gelo do silêncio era inquietante. — Vem comigo! — Segurei-lhe a mão. Elizabeth apareceu no instante em que passei o meu braço na pele macia dos ombros de Nicole. Rumamos na direção da escada, ela colocou a mão na base do corrimão dourado e parou no primeiro degrau. ― Eu não consigo! ― Ela escondeu o ros