Eram quase onze e meia da manhã, ergui a minha cabeça logo depois que verifiquei a hora e prestei atenção quando David teceu comentários sobre a visita que fez a uma unidade hospitalar que possuía os melhores equipamentos de robótica do mundo.
— Esses equipamentos ajudam a realizar cirurgias nas áreas de urologia, ginecologia e otorrinolaringologia, entre outras — ponderou o doutor simpatia.
— Avaliaremos a sua sugestão para a compra de aparelhos mais modernos — eu concluí.
— Estarei à disposição caso precisem de alguém para o treinamento das técnicas minimamente invasivas e cirurgia robótica.
— Obrigado, doutor Kim! — agradeci.
Senti uma onda de tensão e verifiquei a hora no meu relógio para recuperar meu co
Ola, coisas ricas! Capítulo postado para vocês. Espero que estejam gostando. :D Agradeço de coração por me acompanharem aqui na Buenovela. ♡
Naquela tarde a temperatura subiu a níveis insuportáveis, depois de cinco anos morando no Continente europeu, eu estranhava o calor do verão no Rio. Como sempre, Nicole permaneceu em silêncio até chegarmos em casa, ela pegou os pertences assim que parei o carro na garagem e saiu apressada. Saí do automóvel e rumei na direção da casa luxuosa. Parei por um minuto para clarear os meus pensamentos. Coloquei as mãos no bolso e reparei na fachada branca neoclássica da mansão e no charme provençal que vi na maioria das casas da França. Girei os meus calcanhares e avistei a área edícula em frente a piscina. Nicole, Marcello e eu corríamos e brincávamos pelos arredores, principalmente nos dias de calor, passamos horas na piscina. Marcello era como um irmão, eu confiava tanto naquele babaca, ainda sinto raiva por ele ter machucado a minha esposa e ter causado a morte d
Nos últimos meses tudo transcorreu como esperado. Há sete meses, eu reconquistei e casei com a mulher da minha vida. Nossas únicas brigas foram por causa do ambiente onde queríamos criar nosso filho e pela minha insistência em derrubar aquele imovel caindo aos pedaços no subúrbio. Depois que avaliei algumas residências na zona sul do Rio, escolhi o local onde Nicole e eu construiríamos um lar e ampliaríamos a nossa família. Certa vez, eu disse para ela que queria ter um time de futebol correndo pela nossa casa e a Nicky surtou. No mês de agosto de 2015, eu pretendia viajar com Nicole e o meu filho, para comemorarmos o meu trigésimo aniversário. Assim que retornássemos, eu a levaria para ver a surpresa que preparei. Eu tinha certeza que ela amaria a ambientação em volta da nossa casa. Naquela manhã, de uma segunda
Nos primeiros meses depois que me instalei na sala de diretor-executivo, pensei em mudar aquela decoração retrô, no entanto, depois que Annie contou o quanto a minha avó gostava da atmosfera do escritório, eu decidi deixar o design vintage e rústico com móveis e acessórios em tons de marrom. Atrás da minha mesa tinha uma estante de madeira maciça com alguns livros que eram organizados por assuntos. No lado direito tinha uma pequena réplica da estátua de Moisés em bronze de David Michelangelo. Contemplei um relógio pendurado na parede, a peça tinha um bronze cinzelado e dourado com um acabamento fosco. Eram onze e meia da manhã quando o homem robusto passou pela porta. Eu não sabia o que Henry queria, mas já estava disposto a avisá-lo que não tinha tempo e que logo eu teria que sair para mais uma reunião. O para-brisa limpava as gotas da chuva que caíam no vidro do automóvel, passei o dia pensando numa forma de conversar com Nicole sobre tudo o que o Henry me contou. Apertei a buzina mais de uma vez para que o segurança abrisse a porra do portão. Não estava com humor para conversas, passei direto pela guarita onde Carlos se escondia da chuva. O meu celular tocou o dia todo, sempre odiei esses números desconhecidos que ligam sem parar. Estacionei o carro e toquei na tela do iPhone. ― Olá, mon amour! ― O que você quer Josephiné? — perguntei grosseiramente. Não entendo essa necessidade que ela tem de infernizar a minha vida. ― Eu sinto a sua falta, mon cheri! ― Pare de me chamar assim! ― Removi o cinto. EncUma notícia que salvou o dia
Dos sete aos dez anos, eu sempre pedia aos meus pais que me dessem irmãos, mas eles sempre arrumavam alguma desculpa esfarrapada e na maioria das vezes, eles me tapeavam com algum brinquedo. Eu sempre quis ter mais de um filho correndo e brincando pela casa. Entretanto, Nicole sempre reclamava e argumentava sobre como era complicado criar uma criança sozinha. Mesmo que eu prometesse e dissesse que estaria por perto, sentia que a sua insegurança ainda se manifestava em relação ao nosso casamento. Olhei para o homem de olhos azuis e cara de bobo que me encarava através do espelho. Mirei novamente o teste de gravidez que indicava as semanas. Nicole sempre foi certinha com os horários e os remédios. Eu não sabia como ou quando aconteceu, mas estava extremamente feliz com a novidade. O vapor da água morna embaça
Depois do café da manhã, eu conversei com Nicole sobre a viagem que eu desejava fazer no meu aniversário e felizmente, ela concordou. Se tudo corresse como eu esperava, nós passaríamos uma semana na casa de veraneio de Balneário Camboriú e assim que retornássemos, eu a levaria para nossa casa. Nicole e Alex estavam animados com a viagem, planejaram o roteiro e organizaram as malas. Lembro da vez que escutei Nicole falando com Alex sobre a praia que a levei logo após o nosso casamento. Fiquei feliz por saber que ela não esqueceu. Tinha mais de uma semana que Josephiné chegou ao Rio de Janeiro e eu a evitei a todo custo. Mesmo que Henry tivesse recebido alta, precisava dar um tempo para que ele se recuperasse antes de apresentar sua neta, Marcelly. Um dia antes do meu aniversário, eu pedi a Annie que desmarca
Assim que eu saí da antiga residência de Nicky, dirigi até o local onde Jenny morava, na Barra da Tijuca, mas não tinha ninguém em casa. Liguei para Jenny cinco vezes, porém, ela não me atendeu. Eu nunca senti tanta raiva da Josephiné como naquele dia. Eu subi aquela maldita escada com a garrafa de conhaque Hennessy X.O que peguei na adega. Tomei um gole e abri a porta, o quarto estava silencioso e a nossa cama arrumada. Reparei na frase “Amo você!” escrita com batom vermelho no espelho da penteadeira. Ela provavelmente escreveu isso antes de sair de casa. Lancei todos os objetos que observava pela frente contra a parede, precisava extravasar a minha ira. O imbecil de óculos com uma carranca sombria não sabia o que fazer. Fechei o meu punho e soquei a porra do espelho da penteadeira. O vidro rachou em vários pedaços, o sangue fluiu do corte e escorreu pelo do
A residência dos Albuquerques era grande e extremamente luxuosa. A moradia tinha uma arquitetura que seguia o estilo clássico assim como a fachada da casa dos meus pais em São Conrado. Henry fazia de tudo para agradar os caprichos de Tia Heloísa, embora ela sofresse de mal de Alzheimer, doutor Albuquerque fazia de tudo para que tivesse uma vida agradável e feliz. Atravessei os enormes portões dourados e olhei pelo retrovisor, minha filha estava distraída no celular. Estacionei o meu carro e segui direto para a entrada principal, me senti grato por Daniel chegar um pouco depois. Ele saiu e abriu a porta do carro para Josephiné. Fomos recebidos por um mordomo gentil que nos recepcionou e nos conduziu até uma sala com móveis que misturava um pouco do estilo romântico com o rústico. Os olhos expressivos