O silêncio que tomou conta da casa após o encerramento do caso contra Gregory parecia quase estranho. Para Isabella e Ethan, era como se tivessem vivido tanto tempo sob tensão que a tranquilidade repentina trazia um tipo diferente de ansiedade. Mas, enquanto o peso do passado começava a se dissipar, novas responsabilidades e desafios se apresentavam. Isabella estava prestes a se tornar mãe, e isso era tudo o que importava agora.---Os Primeiros Passos para a NormalidadeCom Sophia prestes a nascer, Isabella focou em preparar o lar para a chegada da filha. Ela passava horas arrumando o quartinho do bebê, organizando roupas, brinquedos e decorando as paredes com desenhos delicados de estrelas e flores. Era sua forma de se reconectar com a vida, deixando para trás a escuridão que Gregory havia lançado sobre eles.Ethan, por sua vez, dividia seu tempo entre o trabalho e garantir que Isabella estivesse confortável e segura. Embora a ameaça direta de Gregory tivesse sido eliminada, ele não
A chegada de Sophia trouxe um sopro de vida à casa de Isabella e Ethan, mas também serviu como um lembrete do que eles tinham a perder. Cada sorriso e balbucio da pequena parecia ser um convite à felicidade, mas o mundo lá fora ainda estava longe de ser seguro. Enquanto Isabella ajustava-se à maternidade, Ethan continuava alerta, sempre vigilante, sabendo que o perigo nem sempre desaparece de uma vez. --- Uma Rotina Diferente Os dias começaram a se dividir entre as fraldas, as mamadas e os sorrisos que Sophia distribuía com generosidade. Isabella adorava cada momento com a filha, mesmo os mais exaustivos. A casa, que antes parecia cheia de sombras, agora era iluminada pelo riso e pelo som da música suave que ela colocava para acalmar a bebê. Ethan, por sua vez, parecia dividido. Ele estava completamente apaixonado por Sophia, mas sua mente frequentemente vagava para as questões pendentes que ainda precisavam ser resolv
A brisa suave de uma manhã ensolarada entrava pela janela aberta, trazendo o cheiro fresco das flores recém-regadas no jardim. Era o primeiro dia em muito tempo em que Isabella e Ethan puderam acordar sem a sensação sufocante de estarem em perigo iminente. Sophia balbuciava no berço, brincando com os próprios pés enquanto Isabella terminava de trocar sua fralda. — Acho que ela herdou o seu sorriso, Ethan — Isabella comentou, observando a filha. — Tem essa maneira de iluminar o ambiente como você faz. Ethan sorriu, encostado no batente da porta, os braços cruzados. — Se ela for metade do que você é, já terá mais luz do que qualquer um pode suportar. Isabella balançou a cabeça, rindo. — Você sempre sabe o que dizer, não é? — Só quando estou falando a verdade. — Ele caminhou até o berço, pegando Sophia no colo com cuidado. — Pronta para um passeio no jardim, pequena? Sophia soltou um som que soava como aprovação, e Isabella observou os dois com carinho enquanto eles saíam para o
A sala parecia menor com a tensão crescente. As palavras de Carlos ecoaram como um trovão. Marcus Kane. O nome pairava no ar como uma sombra, carregado de significado e perigo. Isabella, Ethan e Helena se entreolharam, tentando processar o que acabavam de ouvir. Ethan foi o primeiro a quebrar o silêncio. — Marcus Kane? — ele repetiu, franzindo a testa. — Ele desapareceu depois que Gregory foi preso. Todos acreditavam que ele tinha fugido do país. — Ele não fugiu — Carlos interrompeu, a voz rouca. — Ele foi para as sombras, esperando o momento certo para agir. E agora ele está assumindo o controle. Isabella se inclinou para frente, os olhos fixos em Carlos. — Por que você decidiu nos contar isso agora? Carlos hesitou, passando a mão pelos cabelos desgrenhados. — Porque eu não tenho escolha. Quando Gregory caiu, pensei que poderia reconstruir minha vida, mas Kane não permite deserções. Ele me encontrou, ameaçou minha família. E agora, se eu não cooperar, sei que ele vai me matar
A manhã chegou devagar, trazendo consigo um ar de inquietação. Ethan estava na sala, analisando os dados transmitidos pelo dispositivo colocado no clube, enquanto Isabella preparava um café forte na cozinha. A tensão entre os dois era palpável; cada um sabia que os próximos passos poderiam selar o destino deles e de Helena. Helena, por sua vez, estava na varanda, observando o céu azul enquanto segurava Sophia no colo. Embora a cena fosse tranquila, ela não conseguia afastar o peso da ameaça de Marcus Kane. Carlos apareceu na sala com passos cautelosos. Apesar de estar mais confiante, ele ainda parecia desconfortável em estar ali. — Alguma novidade? — perguntou ele, cruzando os braços. Ethan olhou brevemente para ele, os olhos fixos no laptop. — Estamos decifrando a conversa de Eduardo. Ele mencionou algo sobre uma entrega importante em um local chamado Armazém B23. Carlos arregalou os olhos. — B23? Isso é um dos depósitos principais de Kane! Ele guarda armas, dinheiro e docume
A manhã seguinte trouxe uma aura de urgência. Anthony passou a noite analisando os documentos e encontrou algo que fez o coração de todos acelerar: o nome de um local, "Estação Solitude". Era um dos principais pontos de transporte das operações de Kane. Ethan, sentado à mesa, lia atentamente o relatório de Anthony. — Estação Solitude... Parece o próximo passo óbvio — murmurou. — É mais do que isso — respondeu Anthony, apontando para a tela. — De acordo com esses registros, é onde ele movimenta pessoas. Tráfico. Isabella, parada ao lado, sentiu o estômago revirar. — Precisamos fazer algo agora. Não podemos esperar. Ethan ergueu os olhos para ela, o olhar carregado de preocupação. — E se for uma armadilha? Kane sabia que pegaríamos esses documentos. Pode ser exatamente o que ele quer. Anthony concordou com um aceno. — Ele sempre está um passo à frente. Carlos, que ouvia em silêncio, finalmente interveio. — Talvez seja uma armadilha, mas se for verdade... Quantas pessoas estar
A noite estava carregada de tensão enquanto a equipe se preparava para invadir a Estação Solitude. Os detalhes do plano foram repassados à exaustão, mas o nervosismo era palpável. Cada um sabia que não havia margem para erros. Marcus Kane era astuto, e uma falha poderia significar o fim não só da missão, mas de todos ali. Isabella observava Ethan enquanto ele ajustava o equipamento de vigilância. Ele parecia calmo, mas ela conhecia o suficiente para perceber a tempestade interior que o consumia. — Você tem certeza disso? — perguntou ela, os braços cruzados. Ethan ergueu os olhos e sorriu suavemente. — Já passamos do ponto de retorno, Isa. Precisamos fazer isso. — Só quero que você volte para mim e para Sophia — disse ela, os olhos marejados. Ele a puxou para um abraço apertado, sua mão deslizando até o rosto dela. — Eu sempre volto. --- O Primeiro Movimento A equipe chegou ao perímetro da Estação Solitude pouco antes da meia-noite. Carlos liderava o grupo de distração, compo
O amanhecer trouxe uma nova energia ao refúgio. Depois da operação na Estação Solitude, os documentos obtidos revelaram uma teia de corrupção e crimes que ultrapassava todas as expectativas. Agora, Marcus Kane não era apenas um alvo perigoso, mas um inimigo encurralado. E isso o tornava ainda mais letal. Anthony, com sua habilidade tecnológica, estava determinado a transformar as informações em uma arma pública. Ethan, no entanto, sabia que Kane não seria derrotado apenas no campo da opinião pública. Ele precisava de algo maior. Algo definitivo. --- As Estratégias de Guerra A sala de operações do refúgio estava movimentada. Mapas cobriam as paredes, laptops exibiam gráficos e informações, e vozes se sobrepunham enquanto o grupo discutia os próximos passos. Ethan observava tudo em silêncio, absorvendo os detalhes. — Kane controla três operações principais na cidade: o porto, a refinaria de químicos e um cassino clandestino — explicou Anthony, apontando para um mapa digital. — Prec