Ethan a observava com um sorriso malicioso nos lábios, os olhos ainda brilhando com o resquício de desejo que ainda os consumia. Ele se aproximou mais, seus corpos ainda entrelaçados, e com um tom provocativo perguntou:— Estava com saudades da minha dominância, querida?Daphine soltou uma gargalhada, jogando a cabeça para trás. Ela olhou para ele, os olhos faiscando com desafio e diversão. Com um sorriso brincalhão, respondeu:— Não, na verdade, não estava. — Ela piscou, o tom de sua voz carregado de provocação.Ethan arqueou uma sobrancelha, sua expressão rapidamente se transformando em uma mistura de fingida ofensa e determinação renovada. Ele inclinou a cabeça, ainda mais próximo de Daphine, e sem dizer mais nada, voltou a agarrá-la. Dessa vez, porém, seus movimentos eram diferentes. Ele a beijou com uma doçura inesperada, como se quisesse mostrar um lado mais terno e apaixonado de si. Seus lábios se moviam com delicadeza, mas a intensidade e o fervor ainda estavam lá, fazendo Dap
Na manhã seguinte, o sol despontava entre os galhos altos dos pinheiros, espalhando raios dourados que iluminavam as árvores, enquanto o vento carregava folhas secas e balançava suavemente os galhos, compondo uma melodia natural. Daphine despertou com um longo suspiro de satisfação, espreguiçando-se enquanto abria os olhos. Ao virar-se, notou que Ethan não estava mais na cama.Ela franziu o cenho, intrigada, e lançou um olhar ao pequeno relógio sobre a escrivaninha. Ainda era muito cedo.— Como ele consegue ter tanta energia depois de uma noite como a de ontem? — murmurou para si, um sorriso leve brincando em seus lábios ao se lembrar dos momentos intensos que compartilharam.Daphine levantou-se, sua pele aquecida pelo sol que atravessava a janela. Completamente nua, caminhou até o banheiro, onde se entregou a um banho quente e relaxante. A água quente parecia lavar não apenas o cansaço, mas também parte da dor e da tristeza acumuladas. Após secar-se, procurou algo simples e confortáv
Enquanto Daphine e Ethan terminavam sua conversa no salão, a presença de Alexander rompeu a calmaria. O alfa se aproximou com passos firmes, sua expressão carregada de preocupação. — Ethan, Daphine, preciso que vocês venham comigo agora. — Sua voz era baixa, mas cheia de urgência. Os dois se entreolharam, captando a seriedade da situação, e logo se levantaram para segui-lo. Ao saírem para o lado de fora do castelo, foram recebidos por um grupo já reunido: Duck, Zumira, Paulo, Bruce e Theo. O ar estava tenso, como se algo grave pairasse sobre eles. — O que está acontecendo? — perguntou Ethan, franzindo o cenho ao ver todos ali reunidos. Alexander suspirou, cruzando os braços antes de responder: — O Caleb desapareceu. Já procuramos em toda parte. — Ele fez uma pausa, como se pesasse suas palavras. — O Supremo enviou alguns homens para procurá-lo até Ur, do outro lado do rio, mas precisamos de algo mais. Ao ouvir o nome de Caleb, Daphine sentiu um aperto no peito. Sua men
Daphine seguia no carro, os olhos fixos na estrada à frente, mas sua mente estava a quilômetros de distância. Ela deduzia onde Caleb poderia estar, confiando em sua intuição e na conexão que compartilhavam. Encontrá-lo era mais do que uma missão, era uma necessidade que queimava em seu coração. O silêncio entre ela e Duck só era quebrado pelo som do motor e do vento que entrava pela janela entreaberta. Após mais de uma hora na direção, Daphine olhou para Duck, com o rosto sério e a voz firme: — Entre nesta estrada de barro à esquerda. Duck assentiu, sem questionar. Ele sabia que, quando Daphine falava com tanta convicção, valia a pena confiar. Seguiu a estrada estreita, mas logo encontrou um ponto onde o caminho se tornava inacessível para o carro. Ele estacionou e desligou o motor. — Acho que vamos ter que continuar a pé — comentou Duck, saindo do veículo. No entanto, Daphine colocou uma mão no ombro dele antes que ele desse mais um passo. — Eu preciso ir sozinha — disse ela, s
Enquanto eles se aproximavam da pequena casa no meio da floresta, dois meninos, um de aproximadamente cinco anos e o outro aparentando oito, correram ao encontro deles. O menor, com olhos curiosos, parou abruptamente diante de Daphine e a examinou atentamente. Após alguns segundos de silêncio, ele sorriu e exclamou com uma voz infantil: — Ela tem cheiro de frutas! Antes que Daphine pudesse reagir, o garoto saiu correndo atrás do irmão, rindo e brincando como se nada tivesse acontecido. Daphine observou as crianças com surpresa e, ao olhar para Caleb, perguntou, desconfiada: — Quem vive aqui? Caleb continuou caminhando, sem desviar o olhar da trilha à frente. — Você já sentiu o cheiro, Daphine — respondeu ele, enigmático. — Logo saberá a verdade que foi ocultada de você. As palavras dele apenas aumentaram a confusão em sua mente, mas ela continuou a segui-lo, determinada a descobrir o que Caleb parecia estar prestes a revelar. Quando chegaram à casa, um homem surgiu na porta. El
Daphine se acomodou no sofá, sua postura rígida revelando a tensão que sentia. Seus olhos se voltaram para Aria, procurando respostas em meio ao caos que agora ocupava sua mente. — Por favor, — disse Daphine, com um suspiro. — Comecem do início. Tudo isso está muito confuso. Aria trocou um olhar preocupado com Apolo antes de segurar as mãos de Daphine. Ela respirou fundo e começou: — Havia três de nós, Daphine: Amistea, eu e Aurora, sua mãe. Nós éramos muito unidas, mas também muito diferentes. Enquanto eu e Amistea seguíamos as tradições das bruxas, obedecendo fielmente o que nos era ensinado, Aurora... ela sempre teve um fascínio pelo mundo lupino. — Fascínio? — perguntou Daphine, curiosa. — Sim, — continuou Aria. — Ela acreditava que os lobos não eram tão perigosos quanto nos ensinaram. Ela queria entendê-los, quebrar as barreiras que nos separavam. Esse fascínio cresceu ainda mais depois do último confronto entre lobos e bruxas. Aria fez uma pausa, como se revivesse memórias
DESCONTROLE – metamorfoseDaphine Jones estava em um dos pubs mais badalados de Londres, o famoso Princess Victoria, conhecido por sua atmosfera vibrante e clientela eclética. Naquela noite, ela estava acompanhada por seu novo namorado, Caleb Miller, além de estar cercada por membros da família dele. A irmã mais nova de Caleb, Charlote, estava presente com seu namorado, Brian, enquanto a irmã mais velha, Clara, havia trazido seu noivo, Zack.O grupo estava desfrutando da noite, aproveitando a música, as conversas e as bebidas oferecidas pelo pub. A animação era palpável, mas nenhum deles havia se embriagado, apesar de terem bebido o suficiente para se sentirem alegres e relaxados. À medida que a noite avançava, decidiram que era hora de partir. Passava das duas horas da madrugada quando o grupo começou a se despedir.Caleb, que estava apenas em seu segundo encontro com Daphine, sentia uma atração intensa por ela e estava ansioso para ter um momento a sós com a jovem. A química entre o
Caleb estava numa crescente dúvida sobre ligar ou não para sua irmã Charlote, pois ela era a pessoa mais próxima de Daphine que ele conhecia. O dilema de não querer preocupá-la o manteve imóvel, olhando o clima lá fora pela janela da sala. O vento frio e o céu completamente escuro refletiam seu estado emocional, cheio de incerteza e medo.Enquanto isso, Daphine corria entre as árvores, sentindo a terra macia sob suas patas e o ar gélido tocando suavemente seus pelos brilhantes. Cada passo que dava aumentava a sensação de liberdade, embora estivesse ciente da gravidade da situação. As memórias inundavam sua mente enquanto corria, lembrando-se de quando aquilo começou.5 ANOS ANTESDaphine estava prestes a completar 18 anos, faltando apenas dois meses, mas sentia-se devastada. Apenas uma semana antes, seu avô havia falecido, o que a abalou profundamente. Além disso, ela havia sido aceita na universidade dos seus sonhos, mas a dor da perda a impedia de sentir qualquer alegria com essa co