Durval
Alexia não aceitou que eu a levasse em um restaurante, pois estava se sentindo mal por vestir minhas roupas. Até entendo, mas particularmente acho que minhas roupas ficam sensuais nela, mesmo largas e um pouco amassadas.
É claro que isso soa estranho, mas há anos não tenho uma mulher em minha casa e acabo me sentindo incomodado em vê-la vestida com as minhas roupas, afinal, querendo eu ou não, ela é uma mulher bonita que chama a atenção, mas isso não me afeta ou pelo menos não deveria.
O que mais me preocupa são os meus homens.
Ter uma mulher em um lugar cheio de homens treinados para matar não é uma das melhores opções, mas também não podia deixá-la nas ruas.
Esses pensamentos estão me matando e minha cabeça está uma completa bagunça, me sinto pressionado e in
Fecho os olhos ao sentir minha raiva ser completamente dissipada por causa daquele jeito encantador dela.Apesar de tudo, Alexia, tem um jeito diferente das outras mulheres. Ela consegue mesmo que involuntariamente me controlar. Nenhuma outra mulher além de Lana teve esse poder, talvez seja por isso que me sinto na obrigação de abrigá-la e protegê-la.Com esses pensamentos, evito ainda mais contato com ela, porém opto pela sinceridade.— Termine logo, me sinto incomodado quando as pessoas encaram minha cicatriz. — Sussurro.— Me desculpa, eu não sabia que isso lhe incomodava tanto. — Envergonhada, volta sua atenção para os legumes.— Nikolay? — Sinto um forte calafrio percorrer meu corpo ao ouvir o meu antigo nome.Me viro roboticamente em direção a voz que profere o nome com tanto entusiasmo e felicidade e meus olhos se encontram
AlexiaFaz dois dias que não vejo Durval depois do nosso desentendimento no mercado.Não imaginei vê-lo tão bravo e desestabilizado. Acredito que todos nós temos nossas complicações e que elas nos abalam em algum momento, porém um homem como ele... Bom, um homem como ele eu nunca imaginei.Ele é tão centrado e temido, como pode esconder embaixo daqueles olhos intensos tanta dor?É simplesmente impossível não se perder naquele oceano revolto de águas turvas.Durval ordenou Matheo a trazer as compras e assim foi feito. Matheo deixou tudo sobre a mesa, sem nem mesmo me explicar onde colocar cada item, então fui obrigada a guardá-los onde achei melhor, porém quando cheguei a louça estava lavada e a casa limpa.Provavelmente a empregada havia passado rapidamente por ali ou seus homens, não sei.<
DurvalNão foi tão fácil convencer Alexia a entrar no carro. Não queria usar da minha autoridade para persuadi-la, mas fui obrigado a ser levemente hostil.Nada que a deixasse chateada, apenas que a convencesse de entrar.Estaciono em frente à boate de Lenny e vejo Alexia completamente inquieta ao meu lado enquanto observa as grandes portas de metal da entrada incomodada e receosa.Ela ainda veste minhas roupas largas e somente agora percebo que ela realmente precisa de roupas femininas. Já faz uma semana e alguns dias que está aqui e eu deveria ter me preocupado com isso antes, mas Derek tem tomado grande parte do meu tempo.Pensando bem, acredito que esse seja meu último par de moletom e nem mesmo mandei os outros à lavanderia.Ela terá que vestir meus ternos e camisas sociais pelo que estou vendo, apesar de que não seria má ideia vê-
— Eu nunca me vendi para você, eu tenho nojo de você. — Ela grita o empurrando quando ele tenta segurar seu braço.— Você é minha Alexia! — Ele grita segurando fortemente o seu braço.Quando vou dar o primeiro passo para impedi-lo de tocar em minha inocente menina, vejo seu corpo pequeno se virar com força e tomada pelo impulso acerta o rosto de Lenny com um tapa.Parabéns, minha pequena atrevida! Sorrio com aquele ato, mesmo sabendo que foi pura autodefesa, medo e desespero, ela merece ser parabenizada.Quando Lenny afrouxa o aperto de seu braço, ela o puxa com força correndo em minha direção.O baque de seu corpo contra o meu faz com que ela bata a cabeça contra meu peito enquanto me abraça com força, muita força por sinal.Como se eu pudesse segurar todo o seu mundo e era realmente isso que eu faria.
DurvalIsso soa muito estranho, mas me sinto mais próximo da Ali.Eu não deveria me sentir assim, mas esse sentimento domina meu peito me trazendo uma sensação de conforto e paz, o que eu não tenho há .Como havia dito, ela precisa de roupas femininas, então ordenei a Matheo que a acompanhe até as lojas para ajudá-la com as compras e obviamente fazer sua segurança pessoal.Não sei se deveria ser assim, mas me sinto protetor demais com essa criança.Na verdade, ela sabe muito bem se virar sozinha, mas me sinto na obrigação de protegê-la e observar cada um de seus movimentos, e de ter certeza que ela está debaixo do meu teto, completamente segura.Talvez esse seja um dos problemas causados por aquela noite, me sinto no dever de não deixar que nada de mau aconteça com Alexia. Para que assim minimamente di
AlexiaDurval me deixou ficar em sua casa e nem mesmo consigo expressar a felicidade que isso me causa.Eu sei que não deveria aceitar morar com um estranho, ainda mais sabendo que ele é Durval — O touro. Mas para alguém que estava nas ruas sendo quase morta por Lenny, Durval mostrou ser a melhor opção e aceitar a proposta que me surgiu foi bem mais sensato.Além disso, ele foi incrível ao acabar com o desgraçado e mesquinho do Lenny. Ele realmente mereceu apanhar daquela forma. Me assustei com o tiro, mas me surpreendi ao ver como sua mira é surpreendentemente boa.Entretanto, não posso negar que tenho medo de Durval. Ele é medonho e seus olhos expressam ódio constante, porém quase nunca os vejo, já que seu chapéu tampa parte de seu rosto.Aquela cicatriz do lado esquerdo do seu rosto sempre me chama a atençã
Durval Quando finalmente consigo retirar a imagem de Alexia da minha mente, me concentro na distribuição das cargas que recebi recentemente. Meus planos para Derek já estavam formados, prontos para serem colocados em prática. Então uma batida tímida na porta me chama a atenção. — Entre. — Ordeno. — Durval, estou atrapalhando? — Alexia coloca somente a cabeça para dentro do escritório, me observando com as bochechas coradas. — Entre. — Volto completamente minha atenção para ela. Tímida, passa pela porta me surpreendendo. Seus cabelos loiros têm cachos soltos e estão mais brilhantes que o normal, sua pele parece mais clara e sinceramente não sei explicar, mas ela está mais bonita. O vestido de um azul suave se acentua em seu corpo marcando suas curvas delicadas, não consigo evitar o sorriso ao observá-la. — Está... linda! — Ergo o chapéu com a ponta do dedo indicador para fitá-la melhor. Seu rosto assume
Mais adiante, digamos que até mesmo um pouco distante do local onde estava há três prédios de dois andares, parecem dormitórios, mas não achei prudente me aproximar sem saber quem mora lá.Os homens de Durval caminham armados sem preocupação pelo quintal, não são simples e pequenas armas, muito pelo contrário. Eu acredito ser um armamento pesado, alguns com armas médias e outros com armas grandes, não faço a mínima ideia de como elas chamam ou seus respectivos modelos, mas estranhamente isso não me assusta.Sei que uma pessoa como Durval precisa de segurança pesada 24 horas, além de ser obrigado a impor um grande respeito e liderança para controlar todos ali presentes.Eu deveria temê-lo e querer ir embora desse lugar, mas estranhamente me sinto bem diante de todos. É claro, que o tal do Alfie me causa calafrios,