Durval
Isso soa muito estranho, mas me sinto mais próximo da Ali.
Eu não deveria me sentir assim, mas esse sentimento domina meu peito me trazendo uma sensação de conforto e paz, o que eu não tenho há .
Como havia dito, ela precisa de roupas femininas, então ordenei a Matheo que a acompanhe até as lojas para ajudá-la com as compras e obviamente fazer sua segurança pessoal.
Não sei se deveria ser assim, mas me sinto protetor demais com essa criança.
Na verdade, ela sabe muito bem se virar sozinha, mas me sinto na obrigação de protegê-la e observar cada um de seus movimentos, e de ter certeza que ela está debaixo do meu teto, completamente segura.
Talvez esse seja um dos problemas causados por aquela noite, me sinto no dever de não deixar que nada de mau aconteça com Alexia. Para que assim minimamente di
AlexiaDurval me deixou ficar em sua casa e nem mesmo consigo expressar a felicidade que isso me causa.Eu sei que não deveria aceitar morar com um estranho, ainda mais sabendo que ele é Durval — O touro. Mas para alguém que estava nas ruas sendo quase morta por Lenny, Durval mostrou ser a melhor opção e aceitar a proposta que me surgiu foi bem mais sensato.Além disso, ele foi incrível ao acabar com o desgraçado e mesquinho do Lenny. Ele realmente mereceu apanhar daquela forma. Me assustei com o tiro, mas me surpreendi ao ver como sua mira é surpreendentemente boa.Entretanto, não posso negar que tenho medo de Durval. Ele é medonho e seus olhos expressam ódio constante, porém quase nunca os vejo, já que seu chapéu tampa parte de seu rosto.Aquela cicatriz do lado esquerdo do seu rosto sempre me chama a atençã
Durval Quando finalmente consigo retirar a imagem de Alexia da minha mente, me concentro na distribuição das cargas que recebi recentemente. Meus planos para Derek já estavam formados, prontos para serem colocados em prática. Então uma batida tímida na porta me chama a atenção. — Entre. — Ordeno. — Durval, estou atrapalhando? — Alexia coloca somente a cabeça para dentro do escritório, me observando com as bochechas coradas. — Entre. — Volto completamente minha atenção para ela. Tímida, passa pela porta me surpreendendo. Seus cabelos loiros têm cachos soltos e estão mais brilhantes que o normal, sua pele parece mais clara e sinceramente não sei explicar, mas ela está mais bonita. O vestido de um azul suave se acentua em seu corpo marcando suas curvas delicadas, não consigo evitar o sorriso ao observá-la. — Está... linda! — Ergo o chapéu com a ponta do dedo indicador para fitá-la melhor. Seu rosto assume
Mais adiante, digamos que até mesmo um pouco distante do local onde estava há três prédios de dois andares, parecem dormitórios, mas não achei prudente me aproximar sem saber quem mora lá.Os homens de Durval caminham armados sem preocupação pelo quintal, não são simples e pequenas armas, muito pelo contrário. Eu acredito ser um armamento pesado, alguns com armas médias e outros com armas grandes, não faço a mínima ideia de como elas chamam ou seus respectivos modelos, mas estranhamente isso não me assusta.Sei que uma pessoa como Durval precisa de segurança pesada 24 horas, além de ser obrigado a impor um grande respeito e liderança para controlar todos ali presentes.Eu deveria temê-lo e querer ir embora desse lugar, mas estranhamente me sinto bem diante de todos. É claro, que o tal do Alfie me causa calafrios,
Alexia— Há um homem que foi solto da prisão faz alguns meses e voltou a mexer com o que não deveria, além de ter informações preciosas das quais preciso. Ele está organizando uma festa da qual tenho ingressos, porém é para uma provável negociação de vendas e tráfico de mulheres. — Suspira me observando.— Continue.— Não queria lhe envolver nisso, mas confio em você a ponto de te escolher. Na verdade, eu só confio em você. Então te usarei para atrair a atenção de Derek, mas em momento algum você se afastará de mim. Haverá muitas mulheres, a maioria nem mesmo sabe que estarão sendo vendidas e traficadas para outros países. Não posso permitir que isso aconteça dentro do meu território, nem mesmo permitir que mulheres sejam abusadas e
DurvalDepois de sair sem rumo para um lugar qualquer acabei parando no Roxy Road — uma das boates de Airon Markcross — beber um pouco.Sei que não deveria e nem mesmo sou de fazer isso, mas a pressão em minha cabeça era absurdamente grande e estava me matando, então eu simplesmente precisava de uma maneira para liberá-la.Como não podia voltar para casa, pois tinha um ser angelical e inocente em um dos meus cômodos, a única maneira que encontrei de me manter longe por pelo menos algumas horas foi indo a boate. Meus pensamentos pecaminosos não colaboram com meu estado de espírito.Alexia provavelmente me odeia e nem mesmo deve querer chegar perto de mim, mas não posso fazer nada quanto a isso.Quanto mais longe ela estiver, melhor será para nós.Exagerei um pouco no álcool e confesso que
— Talvez eu queira. — Sussurra próximo ao meu ouvido apoiando os dois braços na parede, enterrando seu rosto em meu pescoço.— Se arrependerá depois. Vamos, você precisa de um banho, está fedendo a álcool e cigarros. — Apoio minha mão em seus cabelos puxando com carinho.Ele resmunga e geme em meu ouvido, enviando sensações perigosas para o meu ventre.Seus dedos atrapalhados descem pelo meu corpo e suas mãos fortes apalpam minha perna fazendo com que eu feche os olhos com força.— Vamos para o quarto, Durval. — Sussurro em seu ouvido e o sorriso travesso em seus lábios se espalha por todo o seu rosto.Essa cena seria perfeita, se ele não estivesse tão vulnerável, mas acredito que nem em um milhão de anos a imagem desse sorriso sairá da minha mente.— Você primeiro, senho
Durval Me encontro no hall de entrada esperando Alexia descer, já são oito horas em ponto e ela ainda não apareceu. Eu que sou um completo atrasado, mas hoje consegui me adiantar e já faz vinte minutos que estou esperando impacientemente. Talvez ela tenha desistido de me ajudar, seria mesmo bem feito para mim, eu mereço isso.Não a vi depois do que aconteceu, nem mesmo sei se ela ficou trancada em seu quarto, se comeu ou se saiu da casa principal, meus homens não me informaram nada, então acredito que ainda esteja aqui.Prometi a mim mesmo, não por Lana ou por qualquer outra pessoa, mas para o meu próprio alívio que seguiria como sempre segui.Por mais que eu saiba que Lana não me julgará se eu seguir em frente, os sonhos que tenho são bem reais e maçantes e esfregam em minha cara a minha realidade e os meus pecados.Eu sou um
— Sim.— Está mentindo. — Acho graça em jeito delicado.Até mentindo ela consegue ser linda. Ao ouvir minhas palavras seu rosto se vira rapidamente em direção ao meu me observando perplexa.— Como pode ter tanta certeza? — Sua voz se torna mais firme.— Porque não há confiança em sua voz. — Volto rapidamente minha atenção para o barman que coloca os whiskies em nossa frente.Ouço sua risada suave enquanto ela segura o copo girando o líquido âmbar com confiança fazendo a pequena pedra de gelo tilintar dentro do copo.— Você é frustrante. — Diz petulante me fazendo rir. — Não tem graça assim, obviamente você é rabugento como um velho, mas sinceramente, não aparenta a idade que tem. Você é um homem elegante, charmoso e muito bonito