CAPÍTULO 20

No final da tarde arrumei minhas unhas que estavam horríveis. Enquanto tirava os borrados de esmalte, meu telefone tocou. Era minha mãe, ou talvez meu pai.

- Filha, sou eu, Cândida.

- Oi, mãe... – eu ri. – Eu sei que é você...

- Como está?

- Bem, mamãe. E vocês? Fazia tempo que não ligava.

- Eu e seu pai estamos bem. Quando virá nos visitar?

- Assim que der, eu prometo. Estou trabalhando na empresa ainda... Longe de tirar férias por enquanto. Mas eu não perdi o endereço de vocês. Estou com saudade.

- Este lugar é maravilhoso, minha filha. Um pedaço do paraíso na terra. À noite não ouvimos nada... Somente o silêncio da mata. Seu pai mandou fazer um açude enorme. E iniciamos uma plantação de milho. Seu pai acha que vamos vender este ano.

- Que ótimo, mãe. Fico feliz em saber que vocês estão bem e vivendo a vida que sempre desejaram. Prometo que assim que tiver tempo, vou aí ver vocês.

- Para nossa felicidade ficar completa, só falta você. Estamos com muita saudade.

- Eu também. Mas logo
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