O apartamento de Luiz era simples, mas muito bonito. Ana tenta acalmar os nervos por estar ali, não era fácil, mas precisava continuar vencendo as barreiras da insegurança.— Só posso te oferecer água, é o que eu tenho na geladeira além de cerveja, é claro.— Não se preocupe, eu não quero nada, obrigada.— Vamos escolher o filme — Luiz tira os sapatos, assim como as meias — Me desculpe, mas eu adoro ficar descalço em casa. — Era outra coisas que as suas ex reclamavam.— Fique a vontade. — Ana olha para os calçados dele e fica pensando que daria dois pés do dela ali dentro. Ao ver o olhar dela ele ri.— Calço 43, talvez para sustentar a minha altura e o meu peso pena. — Ela apenas ri do que ele diz — Mas agora vamos escolher um filme. Que tal comédia?— Pode ser, mas você escolhe — Ana pede e Luiz escolhe qualquer um, na verdade, ele queria apenas ficar mais tempo com ela.Depois de "não assistirem" o filme, por terem conversado quase o tempo todo, Luiz consegue pegar nas mãos de Ana,
Depois desse dia, Luiz sempre ia buscá-la para sairem, ele nunca tinha ido tantas vezes ao cinema, mas Ana gostava e ele não deixaria de levá-la. Estava decidido convidá-la outra vez para o seu apartamento pois, queria um pouco mais de tempo para ficarem juntos, mas precisava saber o momento certo. Luiz queria que ela aprendesse a se sentir em casa estando lá.A cada dia ela ficava mais a vontade com ele, agora ele já conseguia abraçá-la e até lhe roubar alguns selinhos, mas ela sempre ficava tensa. Luiz já estava ficando louco, ele a queria, mas como chegar aos finalmentes, se nem um beijo decente havia conseguido, pensa desanimado.Se contasse a alguém que estava namorando uma mulher de 25 anos sem nem se quer conseguir roubar um beijo bem gostoso, iam pensar que ele estava de sacanagem. Decidiu contar a Fernando que estava namorando Ana, e Fernando só fez rir do amigo por achar difícil imaginar Luiz namorando alguém sem contato físico, mas ao ver o amigo quase todos os dias em sua
Ana o encara sorrindo é ganha um selinho, e um sorriso em seguida.— Não sabe como esperei por isso, hoje eu quero apenas te encher de beijos — Ana não consegue deixar de sorrir ao ver ele falando, enquanto a enche de beijos. Ela queria que o tempo parasse e ela pudesse ficar ali com ele, estava na hora de deixar o passado para trás, precisava acreditar que não seria mais encontrada.Os beijos estavam ótimos, mas Luiz decide interromper, por mais que quisesse continuar não era aconselhável. Já estava há dias sem ninguém, e estar ali com Ana, estava o deixando excitado. Queria muito leva-la para o seu quarto e torná-la sua mulher, mas aquele passo teria que esperar mais um pouco.— Acho melhor pegar alguma coisa pra gente beber — Ele a levanta, a colocando no chão em seguida.Segurando a sua mão seguem para a cozinha, ele só espera que o volume em sua bermuda não fosse tão visível. Ana percebe, mas finge não ver a excitação dele, mas vê-lo daquela forma a deixa feliz, por saber que ele
Ana tenta puxar o braço, mas é impossível, ela é arrastada dentro do supermercado, as pessoas olham a cena e não fazem nada. Quando ela cai é puxada pelos cabelos, ela tenta se desvencilhar sentindo todo o seu couro cabeludo doer, as lágrimas rolam por seu rosto, mas de nada adianta, as pessoas apenas olham a cena. A única pessoa que pode ajudá-la é Luiz, mas ele não está ali, mas só ele pode salvá-la das garras da morte. Marcus a chuta, a machucando e, o que lhe resta é gritar e assim ela faz, em meio ao desespero ela grita incansavelmente por Luiz, e quanto mais ela chama por ele, mas Marcus a espanca. Todo o seu corpo dói, e Ana já sem forças desiste de gritar, pois sabe que é o seu fim. Marcus a obriga olhar para ele e sussurra as últimas palavras que ela acredita ouvir antes de morrer.— Eu te avisei, ou você seria minha ou de mais ninguém — E assim ele tapa a sua boca e o seu nariz ao mesmo tempo, lhe impedindo de respirar, a levando para a escuridão.Ao longe Ana escuta alguém
O PASSADO DE ANA - Parte 1Ana desde muito nova aprendeu a ter responsabilidades. Aos 14 anos começou a trabalhar tomando conta de crianças. Por ser a filha mais velha, e os pais passarem por necessidades, se viu obrigada a trabalhar para ajudar em casa. Aos 18 anos conseguiu um emprego como caixa de supermercado e para ela foi algo maravilhoso, o salário era bem maior do que costumava receber tomando conta de crianças, e as coisas melhoraram ainda mais quando uma conhecida conseguiu para ela um emprego em um supermercado na cidade.Sua infância tinha sido uma das piores, antes de ter idade de trabalhar fora, já cuidava dos irmãos menores, pois a diferença de idade não era grande entre os três mais novos e era ela quem cuidava deles para ajudar a sua mãe. Quando Ademilson nasceu Ana estava com 6 anos, e já costumava ficar sozinha em casa, quando a mãe saia para fazer limpeza ou mesmo passar uma roupa para ganhar algum dinheiro.Ainda criança, já sabia pegar em uma vassoura e lavar uma
O PASSADO DE ANA - PARTE 2As vezes Ana desejava a morte para sair do inferno em que vivia. Na primeira surra, Marcus quase a matou e ela foi a delegacia e o denunciou. Sua mãe a apoiou ao ver um dos olhos da filha roxo e um braço inchado. Marcus não foi preso, apenas foi proibido de se aproximar dela, dessa forma Ana voltou para a casa dos pais e acreditou estar livre dele, mas estava muito enganada. Um dia voltando do trabalho, que tinha conseguido, viu a sua vida por um fio, ao ser interceptada por ele.Ele não apenas a ameaçou como também ameaçou a sua família. Nesse dia ele a acompanhou até em casa e os pais dela como não entendiam as coisas achou normal ele ter ido procurar a mulher dele para pedir desculpas, mesmo ela tendo o denunciado por agressão.Marcus não foi lhe pedir desculpas, mas foi o que ele disse aos pais dela, não sendo dificil convencê-los disso, já que ele se fez de arrependido.Ademir, o pai de Ana, foi o primeiro a dizer a Marcus que a filha iria voltar com el
O PASSADO DE ANA - PARTE 3A cada dia a vida de Ana se tornava pior, mesmo que ela acreditasse não ser possível, Marcus fazia questão de provar a ela que era. As vezes ela apanhava tanto que preferia que ele a matasse para acabar com o seu sofrimento, mas as vezes também ela queria que um milagre acontecesse e a tirasse daquela vida.Marcus com a sua beleza e os seus olhos claros, parecia mais ser um modelo de capa de revista, parecia mais ser um anjo do que o próprio demônio. Ele era mecânico, tinha uma oficina de automóveis e gostava de usar calça jeans justas tanto para trabalhar quanto para sair, as camisas que vestia costumavam ser justas e de botões, fazendo questão de deixar os primeiros botões abertos, talvez para mostrar o peito musculoso, atraindo os olhares feminino.Ana se sentia sozinha, sem ter a quem pedir ajuda. Da sua casa a única que demonstrava se preocupar com ela era a sua mãe, mas que nada podia fazer, o seu pai era o que mais defendia Marcus, já que adorava bebe
O PASSADO DE ANA - PARTE 4Na manhã seguinte Ana acorda passando muito mal e Marcus não a provoca por vê-la quase desmaiando.— Acho que você realmente está doente — Marcus diz ao vê-la pálida — Tome esse dinheiro é vá procurar um médico, desde ontem você está dizendo estar passando mal. — Marcus lhe dá algumas notas para ela pagar uma consulta.Assim que Marcus sai ela se veste e vai a pé até o posto de saúde, ela já conhecia as funcionárias do posto e conseguiu que coletassem seu sangue para enviar para o laboratório. Ela chega em casa se sentindo esgotada, mas mesmo assim ela faz a janta, não queria correr o risco de Marcus chegar e a agredir por não ter feito comida.— O que foi fazer no posto de saúde? — Marcus pergunta quando chega em casa e ela se pergunta como ele ficou sabendo.— Eu fui ao médico como me disse e precisei fazer alguns exames, fui no posto para poder marcar.— Eu te dei dinheiro não foi o suficiente?— guardei o troco, caso precise comprar remédio — Queria que