Depois do cinema, Luiz ainda a levou para fazerem um lanche, optou por um fast food, Ana era magrinha e com certeza não iria engordar por causa de um sanduíche.— Então, gostou do filme?— Muito! — Ana responde rindo — Nunca imaginei que uma tela de cinema fosse tão grande, mas é muito bom.— Não nos faltará oportunidades de irmos outras vezes. Amanhã infelizmente estarei de plantão até mais tarde, não posso nem te convidar para sair.— Não tem importância, estou acostumada a ficar em casa.— Mas eu vou te ligar, quando eles voltarem podemos marcar para sair no dia da sua folga.— Vou ter que ver, não sei quando será a minha folga agora.— Sem problemas, eu espero. — Luiz acaba de comer os dois sanduíches que pediu para ele, sob o olhar atento de Ana — Deve achar que eu sou um comilão — Fala rindo — Mas é porque eu me exercito bastante, e para alimentar esse corpo todo, preciso comer bem.— Você realmente é muito alto.— Tenho 1,94cm e você sendo pequenininha, posso te proteger de qua
Luiz sempre que ligava para Ana, media as palavras antes de falar qualquer coisa. Mas fazia questão de ligar para ela sempre que podia, queria que ela soubesse que ele pensava nela. Estava esperando o dia da folga dela, para passarem o dia juntos.Na primeira folga que ela teve, depois que Helena e Fernando voltaram de viagem, ela não quis sair, por ter ficado muitos dias sem trabalhar, preferiu ficar em casa para ajudar Helena se ela precisasse. Com o seu jeitinho Ana estava ensinando Luiz a ser paciente e saber esperar.Ana decide falar com Helena sobre Luiz, ela era a sua única amiga, gostava de Sofia, a namorada de Murilo, mas só confiava em Helena para desabafar e pedir conselhos.— Helena... — Ana se senta perto dela, pela manhã, depois que Fernando sai para o trabalho — Será que eu poderia falar com você um instante?— Claro — Helena a chama para a sala, assim as meninas brincariam e elas poderiam conversar mais a vontade — Sobre o que quer falar?— Queria falar com você sobre
Aquela noite foi diferente para os dois, mesmo tendo um abismo entre eles, aos pouco Luiz estava conseguindo diminuir o tamanho desse abismo, conquistando com calma e paciência a confiança daquela que ele já sabia querer ao seu lado para toda a vida. Nunca imaginou cortejar alguém daquela forma, mas acredita que por Ana valha a pena, ela era doce e meiga, e nunca o criticou por ele ser quem era, brincalhão e esporrento com as suas gargalhadas.Ana, por sua vez, decide se arriscar e mesmo com medo, decide confiar em Luiz. Precisava acreditar que havia um real interesse por parte dele, precisava acreditar que as palavras ouvidas por anos eram mentiras e que foram ditas apenas para ela não acreditar em si mesma. Luiz era um bom ouvinte, a deixando falar sem fazer perguntas, fazendo com que se sentisse a vontade para desabafar, mas Ana ainda não se sentia a vontade para contar o que a matou por dentro.Luiz ficou sabendo que Ana antes mesmo de terminar o ensino médio, já trabalhava para a
O apartamento de Luiz era simples, mas muito bonito. Ana tenta acalmar os nervos por estar ali, não era fácil, mas precisava continuar vencendo as barreiras da insegurança.— Só posso te oferecer água, é o que eu tenho na geladeira além de cerveja, é claro.— Não se preocupe, eu não quero nada, obrigada.— Vamos escolher o filme — Luiz tira os sapatos, assim como as meias — Me desculpe, mas eu adoro ficar descalço em casa. — Era outra coisas que as suas ex reclamavam.— Fique a vontade. — Ana olha para os calçados dele e fica pensando que daria dois pés do dela ali dentro. Ao ver o olhar dela ele ri.— Calço 43, talvez para sustentar a minha altura e o meu peso pena. — Ela apenas ri do que ele diz — Mas agora vamos escolher um filme. Que tal comédia?— Pode ser, mas você escolhe — Ana pede e Luiz escolhe qualquer um, na verdade, ele queria apenas ficar mais tempo com ela.Depois de "não assistirem" o filme, por terem conversado quase o tempo todo, Luiz consegue pegar nas mãos de Ana,
Depois desse dia, Luiz sempre ia buscá-la para sairem, ele nunca tinha ido tantas vezes ao cinema, mas Ana gostava e ele não deixaria de levá-la. Estava decidido convidá-la outra vez para o seu apartamento pois, queria um pouco mais de tempo para ficarem juntos, mas precisava saber o momento certo. Luiz queria que ela aprendesse a se sentir em casa estando lá.A cada dia ela ficava mais a vontade com ele, agora ele já conseguia abraçá-la e até lhe roubar alguns selinhos, mas ela sempre ficava tensa. Luiz já estava ficando louco, ele a queria, mas como chegar aos finalmentes, se nem um beijo decente havia conseguido, pensa desanimado.Se contasse a alguém que estava namorando uma mulher de 25 anos sem nem se quer conseguir roubar um beijo bem gostoso, iam pensar que ele estava de sacanagem. Decidiu contar a Fernando que estava namorando Ana, e Fernando só fez rir do amigo por achar difícil imaginar Luiz namorando alguém sem contato físico, mas ao ver o amigo quase todos os dias em sua
Ana o encara sorrindo é ganha um selinho, e um sorriso em seguida.— Não sabe como esperei por isso, hoje eu quero apenas te encher de beijos — Ana não consegue deixar de sorrir ao ver ele falando, enquanto a enche de beijos. Ela queria que o tempo parasse e ela pudesse ficar ali com ele, estava na hora de deixar o passado para trás, precisava acreditar que não seria mais encontrada.Os beijos estavam ótimos, mas Luiz decide interromper, por mais que quisesse continuar não era aconselhável. Já estava há dias sem ninguém, e estar ali com Ana, estava o deixando excitado. Queria muito leva-la para o seu quarto e torná-la sua mulher, mas aquele passo teria que esperar mais um pouco.— Acho melhor pegar alguma coisa pra gente beber — Ele a levanta, a colocando no chão em seguida.Segurando a sua mão seguem para a cozinha, ele só espera que o volume em sua bermuda não fosse tão visível. Ana percebe, mas finge não ver a excitação dele, mas vê-lo daquela forma a deixa feliz, por saber que ele
Ana tenta puxar o braço, mas é impossível, ela é arrastada dentro do supermercado, as pessoas olham a cena e não fazem nada. Quando ela cai é puxada pelos cabelos, ela tenta se desvencilhar sentindo todo o seu couro cabeludo doer, as lágrimas rolam por seu rosto, mas de nada adianta, as pessoas apenas olham a cena. A única pessoa que pode ajudá-la é Luiz, mas ele não está ali, mas só ele pode salvá-la das garras da morte. Marcus a chuta, a machucando e, o que lhe resta é gritar e assim ela faz, em meio ao desespero ela grita incansavelmente por Luiz, e quanto mais ela chama por ele, mas Marcus a espanca. Todo o seu corpo dói, e Ana já sem forças desiste de gritar, pois sabe que é o seu fim. Marcus a obriga olhar para ele e sussurra as últimas palavras que ela acredita ouvir antes de morrer.— Eu te avisei, ou você seria minha ou de mais ninguém — E assim ele tapa a sua boca e o seu nariz ao mesmo tempo, lhe impedindo de respirar, a levando para a escuridão.Ao longe Ana escuta alguém
O PASSADO DE ANA - Parte 1Ana desde muito nova aprendeu a ter responsabilidades. Aos 14 anos começou a trabalhar tomando conta de crianças. Por ser a filha mais velha, e os pais passarem por necessidades, se viu obrigada a trabalhar para ajudar em casa. Aos 18 anos conseguiu um emprego como caixa de supermercado e para ela foi algo maravilhoso, o salário era bem maior do que costumava receber tomando conta de crianças, e as coisas melhoraram ainda mais quando uma conhecida conseguiu para ela um emprego em um supermercado na cidade.Sua infância tinha sido uma das piores, antes de ter idade de trabalhar fora, já cuidava dos irmãos menores, pois a diferença de idade não era grande entre os três mais novos e era ela quem cuidava deles para ajudar a sua mãe. Quando Ademilson nasceu Ana estava com 6 anos, e já costumava ficar sozinha em casa, quando a mãe saia para fazer limpeza ou mesmo passar uma roupa para ganhar algum dinheiro.Ainda criança, já sabia pegar em uma vassoura e lavar uma