Faço menção de me levantar da cama para tomar um banho quente antes de ir trabalhar, no entanto volto a me sentar novamente, pois tudo doía: meu corpo, minhas pernas, meu ventre e principalmente minha intimidade, que estava muito dolorida e assada. Mais uma vez tento me levantar com dificuldade, dessa vez eu consigo e quando olho para o lençol, tomo um susto, pois estava sujo de sangue. Não era muito, mas o suficiente para sujar minha cama.Entro no banheiro sentindo frio e vejo tudo rodando; a culpa foi minha por ter passado dos limites com a bebida. Meu estômago se contorcia e a ânsia de vômito veio assim que entrei embaixo do chuveiro. Logo meus pensamentos estavam voltados para a boate, me lembrei que deixei a Carla sozinha e ela iria querer me comer viva.Nada melhor que um bom banho para curar uma ressaca. Abro meu guarda-roupa e rapidamente escolho qualquer peça para não me atrasar ainda mais; um vestido soltinho até os joelhos é minha preferência, pois assim não precisaria u
— Bom dia, senhora Bárbara.Tentei ao máximo não fazer contato visual com ela.Bárbara comeu algumas torradas, tomou chá gelado e saiu depois de poucas palavras ditas na cozinha. Em nenhum momento pareceu preocupada com sua filha que estava com os olhos vermelhos de tanto chorar. Apenas duas palavras ditas para a menina sem um pingo de compaixão.— Bom dia, senhoritas.A voz do meu patrão ecoou dentro da cozinha. Levanto a cabeça e encaro o homem lindo à minha frente, no entanto, Maurice estava muito sério. Sua filha desceu da cadeira em um pulo para abraçá-lo.— Te amo, te amo, te amo!Repetia, enchendo Sophia de beijos nas duas bochechas e a pequena estava muito animada nos braços do papai.— Melinda. – Voltou a me olhar. – Venha comigo até o escritório.Balancei a cabeça confirmando, engoli seco o meu nervosismo e me levantei para segui-lo, com minhas pernas moles. Nenhuma palavra foi dita até chegar em seu escritório. Entro na frente conforme ele indicou, Maurice entra em seguid
— Olá meninas!Levantou uma mão para um cumprimento. — Melinda Veiga, você me surpreendeu muito. Sorria torto e batia palmas enquanto falava.— Você arrasou no desfile, tenho que confessar, meu marido acertou em cheio quando a escolheu para substituir a modelo que ficou doente. Tenho que lhe dar parabéns, na Ferri’s Gem não se fala em outra coisa. Todos querendo saber quem é a morena que fechou o desfile e estão surpresos por ser a babá da Sophia.— Ah, quanta gentileza, senhora Bárbara.Forço um sorriso, disfarçando meu desconforto.Eu já estava preparada para ouvir que ela tinha descoberto tudo sobre mim e seu marido. De uma só vez solto o ar que estava preso em meus pulmões.Graças a Deus no final das contas ela não puxou mais assunto comigo e voltou rapidamente em passos largos para dentro da casa, parecendo estar em fuga. O que me deixou intrigada foi o fato dela ter chegado tão cedo em casa, senhora Ferri nunca chegava naquele horário.“Aí tem!”Bárbara Ferri.Meus planos esta
No caminho aproveito o tempo livre para mandar mensagens de desculpas para Carla. Coitadinha da minha amiga, ela merecia uma satisfação por eu tê-la abandonado sozinha na boate.“A sua sorte é que eu te amo, sua piranha. Ah, e você vai me recompensar na sexta-feira à noite, não adianta recusar”Sorri despreocupada ao ler sua mensagem e confirmei, aceitando o seu convite. Onde será que ela me levaria na sexta à noite? Por Deus! Esperava que ela não convidasse os garotos da boate. Com certeza eu não ficaria com Gabriel depois de Maurice em minha vida e tudo o que ele me fez sentir, não via graça em outro homem que não fosse ele; só ele e mais ninguém. Podia estar equivocada, mas não tinha comando algum sobre meu corpo.Levanto a cabeça para olhar as ruas da capital através do vidro da janela e espairecer. O que será que Maurice tinha para falar sobre nós? Seria um encontro? Deus! Meu cérebro fervilhava e minha respiração começou a falhar só de imaginar nós dois sozinhos naquele pequeno
— Linda, não tenho como contar tudo a você nesse momento, mas quero que saiba que há pouco mais de um ano eu estou tentando sair desse casamento falido com a Bárbara. Engoliu seco e continuou:— Jurei não me envolver com ninguém até sair o divórcio, mas você apareceu e aqui estamos.Dessa vez senti que ele sorria, seus lábios encostado ao meu pescoço.— Por que ainda não se separou?Perguntei sem hesitar.— Por minha filha, por ela eu suporto a traição da minha esposa.Fiquei estarrecida com o que ouvi. Senti um desgosto e uma tristeza em sua voz, meu coração partiu e eu pensei: quem em sã consciência trairia um homem desse? Minha patroa só podia estar maluca.— Linda, deixa eu te curtir um pouquinho, depois falo mais, ok?Maurice pediu, demonstrando o quanto ansiava por aquele momento a sós.— Só mais uma pergunta. O Ramon me trouxe até aqui. Você não tem medo que ele fale para a sua esposa e ela venha aqui?Cruzei os braços enquanto eu aguardava sua resposta.— Não tenha medo quant
— Céus, Maurice, não me torture!Me contorci, apertando o lençol entre meus dedos.— Adoro esse seu fogo, Linda! Me sinto privilegiado. Ele falou, em seguida introduziu um dedo generoso em minha entrada encharcada e dolorida, com suavidade distribuía lambidas no meu pontinho do prazer.Senti seu dedo em minha carne sensível, estimulando aquele ponto logo depois da entrada, intercalando entre um lábio e outro, me fazendo delirar em excitação.— Você é meu, só meu, senhor Ferri! Ah! que delícia!Gemi e rebolei em sua boca, acelerando meus movimentos em busca daquela explosão que meu ventre teria em poucos segundos.— Só seu, princesa! Goza para mim, Linda, deixa eu sentir seu gosto outra vez.Suas palavras me pegaram em cheio.— Ah, Maurice…Senti todos os meus músculos abaixo do umbigo se contraírem.Êxtase total e meu corpo estremeceu, foram três tons e sabores de sensações diferentes, um choque, um calor e meu corpo parecia flutuar.Foram as três sensações mais prazerosas da minha v
Bom, até aquele momento não havia ouvido nada de bom sobre o casamento dos meus patrões. Deste modo, eu não devia me sentir totalmente culpada, afinal eu não estava destruindo uma família feliz e perfeita. Eu já estava envolvida nessa história até o último fio de cabelo, me esquivar e fugir como uma ratinha assustada? Não, essa definitivamente não era eu e sobretudo continuaria sendo uma mulher decidida e forte em minhas ações. Precisava mostrar que era capaz, que podia lutar até o fim.— Chegamos, a senhorita está entregue.Nem me dei conta de que já havíamos entrado no condomínio. Foram tantos acontecimentos e informações que fiquei absorta.— Obrigada, Ramon.Ele assentiu e eu saí do carro para enfrentar mais um dia.Ando rapidamente até a porta de entrada e paro por um instante antes de girar a maçaneta. O silêncio no local me deixou em dúvida, não soube dizer se era preocupante ou aliviador.Abro a porta entrando com tudo em busca da Sophia, não a vejo na sala assistindo seus des
O senhor Ramon se preocupou pelo meu estado. Certamente fiquei com os meus lábios pálidos, pois sentia-os dormentes e minhas mãos suavam frio.Graças a Deus a porta feita de aço cromado se abriu e saímos caminhando sobre pisos em granito preto, tudo lindo e requintado, exalando riqueza. O local fazia jus ao nome da empresa e não poderia ser diferente se tratando de Maurice. Algumas pessoas circulavam e outras trabalhavam sentadas em suas mesas mexendo em computadores, fazendo-me perceber que o ritmo de trabalho por ali era muito intenso. Ergo meu olhar à nossa frente e fito dois homens caminhando em nossa direção.— Tio Dalton!Sophia correu para abraçar um deles e este parecia uma cópia perfeita do meu patrão, Maurice Ferri. Se não fosse seu corpo magro, poderia confundi-los facilmente.— Você é Melinda? Prazer me chamo Caíque.O outro homem aparentemente bonito estendeu o braço para me cumprimentar.— Sim, sou Melinda, a babá da Sophia.Sorrio e dou um leve aperto de mão. O mesmo a