Mas ver a filha nesta situação o deixava desolado. - Viemos para ver se precisa de alguma coisa. - Não, está tudo bem. - Linda, você não tem que passar por tudo sozinha. Já são dois anos que espero você voltar para casa. - Aqui é minha casa agora. Tenho um bom emprego e posso cuidar do meu pai. - Eu também sou seu pai Linda! Não quero desmerecer George Johnson, mas também gostaria de ser reconhecido por você. A gente não tem culpa de tudo que aconteceu. - Eu não me sinto bem com isso. Nunca me senti sua filha, nunca me senti verdadeiramente parte da família. Anna posou a mão em seu braço. - Deixe acontecer, vai ficar à vontade e aos poucos se acostumando. - Eu não gosto de pensar nesse assunto. Eu sempre sinto que mais coisas ruins vão acontecer. - O que poderia acontecer? Claudia está sob controle. Ela nunca mais vai te prejudicar. - Eu não sei. Vamos deixar tudo como está. Mesmo sabendo que Dominic não era filho deles, era a eles que ele chamava de pai. Como
Quanto mais ouvia, mais escuro ficava o rosto de Leo. Não poderia deixar de lembrar do aviso de Cláudia. Como pode uma mãe ser tão fria e cruel com a própria filha? Linda não tinha que ter passado por tudo que passou, por causa de um capricho ela teve uma vida muito difícil. Por mais que se esforçasse, não estava conseguindo conquistar a própria filha e isso estava consumindo suas forças. - Linda era intimidada? - Muito ! Ela sofreu muito bullying naquela época. Dominic tinha que obter a resposta que veio buscar. Então foi direto ao ponto. - Ela chorava muito? - Até uns três anos e pouco. Ela era tão fofa que cativava todos. Acabei de lembrar, seu nome era Donna. A gente falava que ela era linda. Quando alguém perguntava seu nome, ela dizia que era Linda. Foi por isso que o casal trocou o nome dela, diziam que ela escolheu o próprio nome. - Toda vez que chorava, a gente fazia o melhor para ela se sentir bem. Lhe dávamos pequenos presentes. E a lembrava de que tinha que se
Ver o amigo voltar com Maysa e um filho a caminho, deu a Dom um gosto amargo. Theo separou depois dele, chegando a se divorciar e já tinha reconquistado a mulher. Mas Linda não deixava ele se aproximar e não desistiu de pedir o divórcio. - Já são três anos, Dom. Dê o divórcio a ela e siga em frente. - Eu a amo Theo! Se der o divórcio, aí não tem volta. Perco ela de vez. - Qual sentido de estar casado e não viver juntos? - Enquanto não me divorciar, sinto que ainda temos chance. - Você não é o mesmo Dom. Casais se separaram todos os dias e reconstroem a vida com outra pessoa. - Tivemos muitas mulheres Theo, mas quando você encontrou Maysa, soube que era um sentimento diferente não foi? - Sim, é verdade! - Então sabe exatamente o que sinto. A tristeza em seus olhos, fez Theo sentir pena do amigo. Ele comeu o pão que o diabo amassou longe de Maysa. Como poderia não entender Dominic? Parecia que a felicidade não estava escrita no destino de Dominic e Theodora. Algu
- Não vamos ser egoístas Dom. Se eu aceitar voltar com você, pode ser o fim do casamento de seus pais. Ela diz que aceita, mas eu me coloco no lugar dela. Não gostaria de conviver com a filha de outra mulher, para mim é inaceitável. Eu mesma não me sinto bem com essa situação. Mais uma vez ela disse não. Dominic já não sabe o que fazer para mudar sua opinião. Para ele não havia nada errado, já que não havia laços de sangue entre os dois. O fato de Leo ser o pai dela, não tinha nenhuma importância para ele. Era só que Linda pensava demais. Com a volta de Theodora para a Turquia, Dom via menos e sentia falta do afilhado. Uma convenção de executivos estaria acontecendo em Paris e Theodora iria representando o grupo Montenegro, Dom foi representando o grupo Peluso e, é claro que não deixaria de ir ver sua esposa. Chegou antes e foi direto a Marselha. Ficou na porta da escola como um adolescente a espera da esposa. Ao vê-la sair, bloqueou seu carro a deixando tensa. - O que está
Na manhã seguinte, Dom estava na porta de Linda. - O que faz aqui? - Vim levar você para o trabalho. - Não precisa, Dom, posso ir sozinha. - Mas para mim é importante cada minuto com você. - Dei-lhe um beijo na testa e a conduziu para o carro. - Então vamos, mas eu gosto de ir no meu carro. Se precisar sair, terei que chamar um táxi ou levar uma das meninas comigo. - Se precisar sair, eu serei seu motorista. Me liga que chego em vinte minutos. - Você é louco Dom! - Eu te amo Linda, quero passar todo tempo possível com você. Depois de amanhã tenho que ir encontrar Theodora em Paris. - Manda um abraço meu para ela. - Depois você me dá que eu entrego. Ela olhou para ele confusa. - É a única forma de eu poder te abraçar. - Você é tão esperto Dom. - Linda, mesmo que a gente separe, eu serei seu amigo. Amigos se abraçam sem problemas. Dominic falou tão sério e de forma tão sentida que ela chegou a sentir pena dele. Mas se um toque na mão já mexia com seus h
Dominic Peluso, O jovem príncipe do petróleo filho adotivo de Leonardo Peluso e Anna, a irmã que o registrou como mae. Mas ele não sabe nada disso! ( O Dilema de Anna ) Dom e Theo Montenegro são amigos de infância e foram criados com o melhor que o dinheiro pôde pegar. Hoje estão no Bar, não estão cercados de mulheres belas, como de costume. Theo seu melhor amigo, está super para baixo depois de levar uma reprimenda do pai. - Agora papai quer que eu vá para Chicago! O que vou fazer naquele fim de mundo? ( Theo, possessivo para Amar) -Chicago não é tão ruim assim. O bom é que você vai fazer seu horário sem ninguém te incomodar. - Não conheço ninguém em Chicago, o velho disse que preciso assumir mais responsabilidades, e me envia para a sede mais fajuta. Linda corria de uma mesa a outra, hoje a casa estava cheia e duas funcionárias haviam faltado. Ao passar pela mesa dos dois jovens, se desequilibrou no momento em que Dominic se levantava e foi de encontro ao rapaz, as
Aquela voz fez Linda sentir um arrepio, ao se virar e se deparar com aquele par de olhos azuis, ela congelou no lugar. Não dá para acreditar que aquele Deus era o tal irmão chato de Sandy, eles não tinham nada em comum. Sandy era ruiva, pele ligeiramente avermelhada e tinha olhos castanhos. Já Theo era moreno claro, cabelos negros e os olhos azuis de um tom marcante. Ninguém diria que eram parentes. - Eu ... - Por favor, Srta. Não vai me atrapalhar em nada levar você. Sandy empurrou Linda para o banco atrás e entrou em seguida ao seu lado. - Não me apresentou sua amiga Sandy. - Ah sim, Linda Meireles, meu irmão Dominic Peluso. - É um prazer Sr Peluso. - Por favor Linda, Dominic. Ou Dom como todos me chamam. - Deu uma piscada para ela pelo espelho. - Para onde vamos? - Para o restante, por favor. - Certo! Eu nunca iria imaginar que você conhecia minha irmã. - Vocês se conhecem? - Seu irmão é cliente no restaurante que trabalho. - Eu devia ter imaginado.
Eram duas da manhã quando ela saiu e o Bugatti estava parado lá. O coração de Linda acelerou, não entendia muito de carro. Mas não era um carro que via com frequência. Andou em direção contrária e o Bugatti logo parou a sua frente. - Oi Linda! Entra, vou te levar. - Não precisa se incomodar Sr Dominic. Dom desceu do carro e parou em seu caminho. - Está muito tarde, é perigoso andar sozinha a essa hora. - Estou acostumada. Meu ônibus passa daqui a pouco. - Estou certo que algo aconteceu mais cedo. E mais certo ainda que tem algo haver comigo ou com a San. - É impressão sua. Não ouve nada! - Sabe que posso descobrir fácil, fácil. O que ouve? Ela ficou em cólicas. Como dizer para ele os comentários maldosos dos colegas? - Deixa para lá. - Não sou homem de deixar para lá, vai me dizer ou terei que perguntar pessoalmente a eles? Linda olhou para o grupo que saiu e se sentiu impotente. Sabia que Sandy era bem de vida, As roupas e assessórios que usava não eram bara