Ver o amigo voltar com Maysa e um filho a caminho, deu a Dom um gosto amargo. Theo separou depois dele, chegando a se divorciar e já tinha reconquistado a mulher. Mas Linda não deixava ele se aproximar e não desistiu de pedir o divórcio. - Já são três anos, Dom. Dê o divórcio a ela e siga em frente. - Eu a amo Theo! Se der o divórcio, aí não tem volta. Perco ela de vez. - Qual sentido de estar casado e não viver juntos? - Enquanto não me divorciar, sinto que ainda temos chance. - Você não é o mesmo Dom. Casais se separaram todos os dias e reconstroem a vida com outra pessoa. - Tivemos muitas mulheres Theo, mas quando você encontrou Maysa, soube que era um sentimento diferente não foi? - Sim, é verdade! - Então sabe exatamente o que sinto. A tristeza em seus olhos, fez Theo sentir pena do amigo. Ele comeu o pão que o diabo amassou longe de Maysa. Como poderia não entender Dominic? Parecia que a felicidade não estava escrita no destino de Dominic e Theodora. Algu
- Não vamos ser egoístas Dom. Se eu aceitar voltar com você, pode ser o fim do casamento de seus pais. Ela diz que aceita, mas eu me coloco no lugar dela. Não gostaria de conviver com a filha de outra mulher, para mim é inaceitável. Eu mesma não me sinto bem com essa situação. Mais uma vez ela disse não. Dominic já não sabe o que fazer para mudar sua opinião. Para ele não havia nada errado, já que não havia laços de sangue entre os dois. O fato de Leo ser o pai dela, não tinha nenhuma importância para ele. Era só que Linda pensava demais. Com a volta de Theodora para a Turquia, Dom via menos e sentia falta do afilhado. Uma convenção de executivos estaria acontecendo em Paris e Theodora iria representando o grupo Montenegro, Dom foi representando o grupo Peluso e, é claro que não deixaria de ir ver sua esposa. Chegou antes e foi direto a Marselha. Ficou na porta da escola como um adolescente a espera da esposa. Ao vê-la sair, bloqueou seu carro a deixando tensa. - O que está
Na manhã seguinte, Dom estava na porta de Linda. - O que faz aqui? - Vim levar você para o trabalho. - Não precisa, Dom, posso ir sozinha. - Mas para mim é importante cada minuto com você. - Dei-lhe um beijo na testa e a conduziu para o carro. - Então vamos, mas eu gosto de ir no meu carro. Se precisar sair, terei que chamar um táxi ou levar uma das meninas comigo. - Se precisar sair, eu serei seu motorista. Me liga que chego em vinte minutos. - Você é louco Dom! - Eu te amo Linda, quero passar todo tempo possível com você. Depois de amanhã tenho que ir encontrar Theodora em Paris. - Manda um abraço meu para ela. - Depois você me dá que eu entrego. Ela olhou para ele confusa. - É a única forma de eu poder te abraçar. - Você é tão esperto Dom. - Linda, mesmo que a gente separe, eu serei seu amigo. Amigos se abraçam sem problemas. Dominic falou tão sério e de forma tão sentida que ela chegou a sentir pena dele. Mas se um toque na mão já mexia com seus h
Com Riccardo tentando puxar respostas de sua amiga, Dom a vê ficar na saia justa. Theodora lhe dá um olhar quase desesperado. Parecendo entender, Dom aproveita a deixa e passa a mão pela cintura dela. - Se estiver cansada, a gente pode ir para a cama. Amanhã Princesa ,seu dia vai ser puxado. No ar , ficou uma sutil insinuação. Com satisfação, ele viu Riccardo ficar com o rosto escuro enquanto fechava os punhos. Estava se corroendo de ciúmes, Dom ficou muito satisfeito. Ele estava pagando pelo que fez Theodora passar. Ao mesmo tempo, isso deu a ele ideias mirabolantes e deu um sorriso de lado. Talvez, devesse despertar o ciúmes de Linda. - Eu quero sim. Não vejo a hora de cair na cama e relaxar. Com licença Dr Giovanni. Subiram para seus quartos, era um ao lado do outro. - Vou tomar um banho. Que tal um drink e a gente conversa sobre? - Pode ser. Estou mesmo precisando conversar Dom. - Ok. Me dê uns vinte minutos. Mas, quando chegou ao quarto de Theodora, Riccardo e
Linda ficou com o humor bem azedo. Embora não admitisse, estava sentindo falta das investidas de Dom. E até então, não havia sentido ciúmes dele com ninguém. Agora estava muito sentida por ele estar dando atenção a Theodora. Ela sabia que não havia nada entre eles, mas ser deixada de lado por outra pessoa era muito desconfortável. Qualquer desculpa era válida, para não assumir que apenas queria estar com ele. Linda entrou no carro e dessa vez, ele escolheu um lugar mais perto. Apesar de agradável, o lugar não oferecia a privacidade que ela precisava. Dominic puxou a cadeira para ela e sentou ao seu lado. Ao tentar pegar sua mão, ela retirou e as pousou debaixo da mesa. - Porque está assim? A gente tem um trato. - Acho que cumpri minha parte, agora espero que cumpra a sua Dom. Sentindo um nó na garganta, ele resolveu mudar de assunto. - Vamos jantar, depois conversamos. Pegou o cardápio e começou a escolher. - O que você vai querer? - Qualquer coisa está bem, não te
Linda ligou para Theodora assim que saiu do shopping. - Oi Linda, há quanto tempo? - Oi Theodora, estou livre hoje e pensei em passar na empresa para te ver. - Gostaria muito. Já estou encerrando por hoje. Que tal se a gente ir beber alguma coisa? - Por mim tanto faz. Onde te encontro? Se estiver perto da empresa eu te pego. - Estou saindo do shopping Les Docks Village. - Então fica aí. Está perto do meu apartamento, chegou em dez minutos. Dez minutos depois, Theodora estacionava e olhava ao redor à sua procura. Linda a viu e arrancou seu carro, em seguida parou ao lado dela. - Procurando por mim? Theodora que nunca viu Linda dirigir ficou surpresa. - Ótimo, me siga até em casa. pouco depois elas estacionam uma ao lado da outra no condomínio. Do seu apartamento, Dominic vê com surpresa a chegada de Linda. - Que lugar bonito Theodora. - Você nunca esteve aqui? Linda estranhou a pergunta. - Não! Essa é a primeira vez que eu te visito. - Eu sei, mas Do
Durante o tempo em que ficaram no bar, A moça estava sempre opinando na conversa e Theodora sempre colocando ela no lugar. Linda permaneceu sem nenhuma reação e isso incomodava Dom. Apesar de estar chateada com a presença de Thalia, ela não se sente no direito de reclamar. Afinal, não foi ela que pediu repetidamente o divórcio? Então, era melhor assim, se Dom se envolvesse com outra, seria mais fácil esquecer e superar essa relação complicada. - Está na minha hora. Linda levantou e pegou a bolsa. Se aproxima de Theodora e lhe dá um abraço. - Foi muito bom encontrar você. - Vamos marcar outro dia. Vou ficar aqui um tempo e poderíamos fazer umas compras juntas. - Vamos sim. Eu entro em contato quando estiver livre. Dom se levantou e ofereceu. - Vou te levar para casa. - Não é necessário, meu carro está lá embaixo. - Você bebeu, melhor não dirigir. - Você também bebeu. - Eu estou acostumado, você não. - Cuida de sua amiga, não se preocupe comigo. Acenou para
As palavras de Anna foram um banho de água frita. Melhor agir como profissional e não se indispor com os patrões. - Eu compreendo Sra Peluso. Dom, se não for precisar de mim, estou voltando para o escritório. Dom se aproximou e disse baixinho. - Desculpa por isso. Sente-se e almoça. Depois me espera no carro. - Ok. Vou almoçar mais distante. - Obrigado Thalia! Feliz, ela se afastou e foi sentar longe dos olhos deles. Na sua cabeça, Dom realmente tinha interesse nela, era questão de tempo para seus pais aceitarem. Na mesa a presença de Dominic causou uma certa tensão. Depois de um tempo, Anna sugeriu de forma bem direta. - Durante sua estadia aqui, devia convidar Linda para morar no seu apartamento Dom. Esse seria um ótimo período para os dois baixarem a guarda e tentarem se entender. - Linda não aceitou. Fiz o convite várias vezes. Alias, como minha mulher, o apartamento está a sua disposição como acesso a todos os imóveis da família. - O que acha Linda? Seria uma