CAPÍTULO 134 Maria Eduarda Duarte As coisas mudaram de figura quando ele me pediu para olhar a jaula e desviar do seu olhar. Consegui por um momento, mas o incômodo ainda estava lá. Maicon não era bobo, percebeu minha tensão. — Feche os olhos! — ordenou com firmeza. Obedeci de imediato, apertando as pálpebras — Mais rápido, agora. Com os olhos fechados, o mundo ao redor pareceu se acalmar um pouco, mas a tensão permanecia, latente sob a pele. Ele me afastou de leve, interrompendo o contato. — O que foi? — minha voz saiu um pouco mais trêmula do que eu esperava. — Sente-se! — ordenou novamente. O espaço era pequeno, mal cabia nós dois sentados, mas segui suas instruções sem questionar. Maicon ficou em pé por um instante, seu olhar analisando cada movimento meu. Abaixou-se logo depois, e com delicadeza, passou os dedos firmes pela minha cinta-liga. O toque dele, ao mesmo tempo firme e cuidadoso, me trouxe uma sensação inesperada de conforto. Senti o calor de suas
Capítulo 135 Maria Eduarda Duarte Acordei com a luz da manhã através das cortinas, e vi Maicon de pé perto da janela. Ele estava tão concentrado, mas sua expressão era distante. A noite anterior ainda queimava em minha memória; foi intensa e repleta de paixão, mas também deixou um gosto de vulnerabilidade que não conseguia ignorar e ele deve saber muito bem. Quando ele se virou para mim, nossos olhares se cruzaram, e um sorriso involuntário brotou em meu rosto. O desejo de tocá-lo novamente era forte, mas percebi que ele estava hesitante. — Bom dia, peste — ele murmurou, seu tom suave fazendo meu coração acelerar. — Já vai? — perguntei, ainda meio sonolenta. — Tenho coisas para resolver cedo. Alguém especializado da máfia virá para averiguar o sistema de segurança da casa, já que tem se preocupado. Ele vai mexer em tudo — ele respondeu, enquanto pegava sua camisa. O modo como evitava o contato me deixava um pouco confusa, como se houvesse uma batalha interna acontecendo de
CAPÍTULO 136 Maicon Prass Fernandes Que caralho! Mal saí de casa e Ivete conseguiu fazer a merda do ano. O Don vai ficar puto quando souber que o cara que iria conferir seu monitoramento mais tarde, foi baleado pela minha cozinheira, armada. Mas o pior foi o que ouvi da Maria Eduarda... nossos filhos naquele quarto? — Juro que se ainda estivesse com o meu coração, estaria morto hoje, de tanto stress. Meus homens chegaram e mandei levar o homem para um dos quartos. — Eu e Daniel retiraremos a bala! Liguem para que o médico venha até aqui — dei a ordem e fui atrás da italiana. Observei a babá saindo do quarto com nossos filhos no carrinho, mas... — Cadê a Maria Eduarda? — perguntei pra ela, me olhou assustada. — Naquele outro quarto, senhor. — Apontou para a porta do quarto de jogos, meu sangue ferveu. — Leve-os para o quarto deles — esperei que saísse e fechei a porta, depois entrei no quarto de jogos que estava entreaberto. — PORRA, MARIA ED
CAPÍTULO 137 Maria Eduarda Duarte — Poxa vida, Ivete... Maicon pegou pesado com você hoje. — Comentei com ela quando ele saiu. — Está tudo bem senhora. Eu prefiro assim, se cometi um erro devo pagar. Deixa eu dar a mamadeira para o Miguel, ele é mais calmo que Mikaela e preciso relaxar só um pouco — esticou o braço e entreguei a ela, pegando a minha pequena em seguida, já que a babá havia ido tomar banho. — É uma pena meu leite ter secado tão rápido, Ivete..., mas ainda bem que gostam da mamadeira. — Sim... — O Fred é um homem novo ainda... deve ter por volta dos cinquenta — comentei como quem não quer nada. — Nem reparei, senhora — olhei pra ela a encarando. — Percebi. Logo atirou no homem e depois que foi olhar quem era. Só que uma coisa eu sei... não tirou mais os olhos dele. — A culpa é da senhora. Vive falando que tem um pressentimento estranho, que sente um vento frio... já estou ficando paranoica. — Acho que uma temporada com esse
CAPÍTULO 138 Maria Eduarda Duarte A noite foi aconchegante, cheia de boas conversas e risadas. Os bebês deram uma folga para a babá e confesso que fico mais tranquila perto deles. Maicon foi resolver questões burocráticas, deu um jeitinho de deixar o restaurante no nome da Valentina, e ficou com um percentual baixo que será destinado à doação. Parece que o soldado que ficou no Brasil ajudando, conseguiu encontrar alguém que o substituísse e agora está feliz em voltar a trabalhar aqui. Passei um tempo gostoso com meus filhos, e o Fred, que já está conseguindo sentar, está analisando por partes o sistema da casa, enquanto Ivete presta atenção em tudo o que o homem precisa. . Alguns dias depois . Hoje, temos um jantar na casa do Don. Pelo visto é algo simples, só quer reunir a família. A noite estava fria, mas ao me olhar no espelho, eu me sentia aquecida. Vesti um vestido longo, de um azul marinho profundo, justo na cintura e com um
CAPÍTULO 139 Maicon Prass Fernandes Eu já sabia que algo estava errado desde o momento que Alexei entrou naquela sala. O Don se levantou devagar, me lançando um olhar que falava mais do que ele estava prestes a dizer. A tensão no ar ficou mais densa, e o silêncio, quase ensurdecedor. — Eu já imagino o que você quer, Alexei — disse o Don, rompendo o silêncio. — Está aqui pelo seu irmão. Eu bufei, cruzando os braços. Era óbvio que ele estava atrás do Anton. O desgraçado já tinha causado problemas suficientes para todos nós, mas confesso que, com a demora, eu cheguei a pensar que a família Kim tinha desistido dele. Só que agora, Alexei estava ali, como se o tempo não tivesse passado. — Eu sabia que esse momento ia chegar — acrescentei, me aproximando do Don. — Mas três meses? Vocês sumiram por um ano e três meses a respeito desse assunto. Pensei que já tinham deixado o Anton para apodrecer. Alexei não respondeu de imediato. Ele ficou nos observando, com aquele ol
CAPÍTULO 140 Maicon Prass Fernandes Quando entrei no quarto de jogos, o ambiente estava mais silencioso do que o habitual. As luzes eram mínimas, velas estrategicamente posicionadas lançavam sombras ondulantes nas paredes. Havia um cheiro suave de couro misturado com um toque de algo floral que reconheci imediatamente. Era aquela peste. Fechei a porta atrás de mim com um leve clique, e foi então que a vi. Maria Eduarda, dentro da grande jaula de ferro no canto do quarto, estava de joelhos, completamente submissa, com as mãos delicadamente entrelaçadas à frente do corpo. — Gostosa pra Caralho... — sussurrei. Ela usava uma peça mínima de renda preta, que mal cobria suas curvas, e o cabelo solto caía, mas mostrava os ombros, contrastando com as barras escuras da jaula. Seus olhos estavam fixos em mim, cheios de expectativa e submissão, com seus seios à mostra. O simples fato de vê-la assim fez meu coração acelerar. Duda nunca foi o tipo de mulher que se deixava dom
CAPÍTULO 141 Maicon Prass Fernandes — Que não tinha culpa em tudo, alguém armou pra ele, mas não disse quem, como ou o motivo — respirei mais forte. — Mentiu pra mim, italiana? — saí de perto dela, olhando novamente para a prateleira, pensando numa punição. Caminhei até a prateleira e peguei a palmatória de madeira, o peso familiar em minhas mãos trazendo uma sensação de controle absoluto. Virei-me para Maria Eduarda, ainda esticada, presa ao poste, seu corpo tremendo levemente, e soube que ela percebia o que estava por vir. — É, você mentiu — falei com a voz baixa e controlada, me aproximando dela. — E sabe que não posso deixar isso passar sem uma punição adequada. Alexei te disse mais alguma coisa? — Era russo, mas entendi poucas coisas. Ela engoliu em seco, seus lábios apertados, como se estivesse se preparando. Passei a mão pela lateral do corpo dela, parando nos quadris antes de puxar sua calcinha para baixo, expondo completamente suas nádegas. M