♡❦♡❦O dia já estava amanhecendo quando Louise retirou o jaleco branco e se jogou na cama. Apesar de estar cansada por ter ficado em um plantão de treze horas que sugou sua energia, ela reuniu todas as forças que lhe sobraram para sair do macio do colchão e ir ao banheiro. Estava exausta, indisposta e mal-humorada. Um banho longo era tudo o que ela precisava. Podemos dizer que este estava sendo seu estado de espírito ultimamente. A médica se arrastou até a lavanderia de sua casa, carregando consigo apenas os dois jalecos brancos que usara durante todo o plantão. Pegou um recipiente transparente, despejou uma solução de água e hipoclorito antes de afundar os jalecos ali. Iria deixá-los mergulhados naquela solução por volta de uma hora antes de colocá-los na máquina de lavar. Era quase um processo diário e automático fazer isso. Assim que saiu do banheiro, enrolando uma toalha em seus cabelos longos e ruivos, seu celular começou a tocar. Era Nicholas Bianchi, seu ex marido. Louise
♡❦♡❦Dominic chegou em casa cansado, mau-humorado, irritado e batendo a porta com muita, muita força. Naquele dia fora submetido a uma traição que, apesar de não estar aceitando bem, ele já esperava por algo assim. — Como ela pôde fazer isso comigo? COMO AQUELA PUTA TEVE CORAGEM DE ME TRAIR DESSE JEITO? - Dominic havia pego uma garrafa de uísque para jogar contra a parede, mas sua mão foi segurada com firmeza, impedindo tal ato e o deixando mais bravo - Antony, solte! — Dom, não! Por favor, não! - Antony Matarozza, além de ser seu consigliére, era seu melhor amigo. Dominic havia chego sozinho em casa, Antony nem sabia o que havia despertado tal raiva e rancor no chefe, mas fora mandado para aquele quarto para acalmá-lo, já que era o único que conseguia segurá-lo e impedi-lo de quebrar tudo o que estava ali dentro. — Antony, pare! - Dominic pegou a garrafa cara de uísque e jogou na parede do outro lado do quarto que estava sendo montado para s
♡❦♡❦Louise estava saindo do condomínio para ir ao spa quando viu uma movimentação estranha. Cerca de cinco caminhões grandes e, pelo visto cheios, passaram na frente de sua casa. Atrás deles vinham mais três carros pretos. Talvez recebesse uma nova família vizinha? No mínimo aquilo era estranho. Assim que destravou o carro, ela se certificou de que estava levando uma troca de roupa, toalhas, celular, maquiagem e a carteira. Bom, estava tudo ali. Iria se encontrar com Malia no SPA e depois de duas horas de relaxamento, as duas iriam para um restaurante que ambas frequentavam com muita frequência. Poderia dizer que as duas estavam quase virando amigas do gerente. Este último citado que era caidinho por Louise. — Ah, isso é tãããão boooom - Malia resmungou quando a massagista apertou a região do seu ombro. — É. É sim - Louise soltou um gemido quando apertaram bem na região dolorida de seu pescoço. — E então…vizinhos novos? — É, eu não sei. Pe
♡❦♡❦Dominic estava furioso. Naquele momento ele sentia que poderia matar qualquer pessoa que entrasse em seu campo de visão. Havia perdido seu humor e seu controle quando recebera uma ligação que não esperava receber tão cedo assim. — Ela só pode ser louca! - o consigliére negou com a cabeça e tentou retornar a ligação mais uma vez, porém novamente não foi atendido — Dom, você tem certeza de que quer ir lá? Ela pode estar blefando. Ela sabe que a vida dela está em jogo - Dominic não o respondeu, estava furioso demais — Eu posso resolver isso sozinho, você sabe. Se quiser que eu a mate, eu irei matá-la para você. — Ela vai morrer! - o Santoro decretou — Mas eu irei decidir o momento certo de matá-la. E quando esse momento chegar, eu mesmo irei tirar a vida dela. Antony não respondeu nada. Quando um Santoro colocava algo em sua cabeça, era mais fácil empilhar dez carros nas costas, do que fazê-lo mudar de ideia. O que poderia fazer então? Apena
(O início deste capítulo contém cenas de abuso psicológico e físico. Se você for sensível ao tema, por favor pule para onde aparece o segundo desenhos dos corações) ♡❦♡❦— Garoto, não corra! - a voz grossa, que tanto o assustava, gritava pelo seu nome. — Papai, Eu juro! Eu não fiz nada. Foram eles que começaram! - ele tentava se defender com palavras, enquanto corria para o seu quarto. A intenção era se esconder debaixo da cama, mas desde que atingiu os dezesseis anos, ficou cada dia mais difícil entrar naquele lugar minúsculo. — Te peguei! - para a tristeza do garoto de fios escuros, o dono dos seus piores pesadelos havia conseguido lhe alcançar e segurar uma de suas mãos - Se gritar será pior, você sabe! — Appa, foram eles! Por favor, não...— Acha certo eu ser comunicado, no meio dos meus amigos, por aquele professorzinho de merda, que você levou uma suspensão por socar a cara de um colega de turma? - O homem de quase meia idade apontou o cigarro aceso para o garoto, o que fe
Depois da cena, estranha e assustadora, que aconteceu no clube, Malia e Louise foram se divertir em um barzinho ali perto. Louise não tomou nada além de um drink sem álcool, e Malia só não virou a quinta dose de whisky, porque Louise não deixou. — Nossa, mas eu senti uma vontade enorme, vale ressaltar, de meter o meu pé na bunda daquele idiota que ousou brigar com você - Malia resmungava, irritada, se mexendo no banco de trás do carro — Quem ele pensa que é? Um idiota só pode. — Onde está a chave do seu apartamento? — No bolso da minha bolsa. Ou no meu bolso…ou no bolso da bolsa da sua bolsa e da minha bolsa — Malia riu, estava toda enrolada. — Você é doida, meu Deus - Louise queria bater na amiga. Quando estava saindo do bar, Louise teve que pedir ajuda ao segurança para levar Malia até seu carro, e como se aquilo já não fosse constrangedor o suficiente, ela teve a audácia de dar um selinho no segurança. — Eu juro que na próxima te deixo jogada lá na mesa - a neurologista pegou