David foi dirigindo a Hilux prata, a mesma que a trouxe para a cobertura noite passada. Durante o trajeto, Victória, foi relaxando e David não estava tão carrancudo, mas o silêncio ali parecia ser necessário.
Tudo estava acontecendo muito rápido —Ela pensou.
A noite estava tão agradável, o restaurante Donatha estava com suas luzes acesas, uma música calma dominava o ambiente. Sim, era tudo muito luxuoso. Ela achou que não combinava com aquele lugar e pareceu que David ouviu os seus pensamentos, que passou a mão em sua cintura e disse perto do seu ouvido
— Não se preocupe, você está linda.
Aquelas palavras fizeram o seu coração aquecer.
Victória sentiu alguns olhares em sua direção. Uns curiosos, outros sorridentes. Assim que ocuparam a mesa, em uma parte reservada do restaurante fizeram os pedidos.
David fez o pedido de entrada, uma Ceasar Salada com Peito de Frango e para o jantar, um saboroso Salmão defumado com risoto de Pêra e um vinho argentino Roca Malbec. A sobremesa ele pediu para Victória escolher, que preferiu uma Salada de Frutas com Sorvete e Chantili.
— Acho que você nunca veio aqui, não é?
— Não, apenas agendei encontros de negócios para você. Mas, aqui é um ambiente bastante agradável e muito bonito.
David a olhou de uma maneira que ela quase derreteu
— Eu sempre quis trazê-la aqui, mas sempre recusava os meus convites. — David tocou a sua perna de uma maneira bastante íntima e continuou a falar. — Eu só não fico mais furioso, pois até onde sei você não aceitou o convite de ninguém da empresa.
Ele retirou a mão, pegou a taça de vinho e tomou um gole.
— Andou me investigando?
— Sim.
— Se por acaso eu tivesse começado a me envolver com alguém da empresa, o que faria?
— Você já era minha antes de entrar na Boss, eu daria um jeito. Esse seu amante que foi uma surpresa. Aliás, o que você fez também foi uma surpresa.
Victória ficou muito espantada com o que ouviu de David, e pensou que aquele momento seria uma boa oportunidade de contar a verdade. Contudo, se ele achasse que a família dela toda era oportunista, devido a história de seu irmão, o que seria dela? E, como assim ela já era dele?!
Ele era um dos maiores diretores executivos do País e com poderes sobre ela, que era uma simples secretaria, porém, os pedidos foram chegando fazendo com que se calassem e começassem a comer.
O sabor era maravilhoso. Victória que tinha comido quase nada durante o dia, ficou muito satisfeita com aquele jantar.
Quando a sobremesa chegou os dois sorriram com o tamanho da taça que era gigantesca e colorida, Victória começou a degustar.
— Gostou?
— Está muito saboroso. — Respondeu ela.
David a olhava com certo encanto, ela comia aquelas frutas tão docemente como se fosse o manjar mais saboroso do mundo. Saboreou os pratos sem se queixar de peso, gramas, ginásticas para o dia seguinte… ela era diferente. Ele sabia desde o momento que a viu no vernissage e depois disso tudo aconteceu...
Após, o jantar seguira para o pequeno apartamento de Victória que agora mais tranquila, entrou naquele lugar modesto, o seu lar, um pouco abandonado com poucas mobílias e ela o deixou para fazer a sua pequena mala para levar para a cobertura.
David ficou sala enquanto ela foi fazer a mala e a viu entrar na cozinha, retirando algumas coisas da geladeira e retirou o lixo.
— David.
— Sim.
— Quem veio aqui e pegou a meu nécessaire?
— Eu. Antes de ir para a Boss. Depois pedi para um rapaz de minha confiança levar até o meu apartamento. Aliás, todos ficaram preocupados com você, principalmente a Dalila, acho que ela vai ligar pra você.
Foi então que Victória se lembrou de pegar o celular, jogando-o dentro da bolsa.
David ficou encostado na parede com braços cruzados, esperando ela terminar de pegar as coisas. Ficou sem jeito, quando entrou ali a primeira vez, noites antes, já havia percebido que tudo era tão simples, sem luxo. Mas, dessa vez, pela manhã, foi até o guarda-roupa dela e encontrou o vestido que ela usou naquela noite na galeria, e agora estava embalado com outras peças, porém quando voltou para à cobertura, soube que ela não tinha visto ainda, então guardaria o seu segredo por mais um tempo.
— Estou pronta.
A voz dela o tirou dos seus pensamentos, ela só tinha uma mala média nas mãos e também alguns potes descartáveis.
— Só isso?
— Só.
— E esses potes?
— Isso se resolverá logo.
Assim que ela passou, fechou a porta e guardou as chaves.
— Elas ficaram comigo até o dia da sua volta.
Os dois desceram. Enquanto ele guardava a mala no carro, Victória se afastou e deu os potes com comida para dois homens que estavam dormindo ali próximo ao prédio, no ponto de ônibus.
Quando ela voltou, David tinha um olhar perdido, surpreso.
— É horrível não ter o que comer...- comentou ela, baixinho.
— Victória…
— Já passou, David, passou...
Assim que entraram na bela cobertura, David tirou o paletó, deixando no sofá. Aproximou-se, tomando os lábios dela, sem fúria, mas com posse de desejo. Ela também o recebeu, dessa vez podia tocá-lo sem medo e com muita vontade. As mãos de David passeavam pelo seu corpo, rapidamente ela tirou os sapatos, foi então que David a segurou pela cintura e a pressionou contra a parede, as mãos dele começaram a subir por dentro do vestido. As mãos dela passeavam pelos cabelos macios de David.
— Victória…
— Sim…
— Você toma contraceptivo?
Victória ainda envolvida com aqueles beijos e os toques das mãos que sempre a fazem perder o controle.
— Eu... Eu. Tomo, mas por causa da…
— Tudo bem então, eu gosto de sentir você… Eu gosto de estar dentro de você. — David disse baixinho no ouvido dela. — Vamos para o quarto, quero você agora.
Os dois fizeram o caminho para o quarto entre beijos e afagos. Lá, ele foi tirando a calcinha dela beijando as coxas até chegar ao seu centro, a tocando fundo, fazendo com que derretesse. Victória ficou nua rapidamente.
— Deita na cama.
Ela deitou na cama de costas e o fitou desabotoar a calça e o restante da roupa. Ele tinha um corpo belíssimo, a excitação dele era admirável e então se juntou a ela.
David era um homem carinhoso quando queria. Ela estava completamente entregue, fizeram amor a noite inteira, era como se ele tivesse tentando curar as marcas que deixou no corpo dela desde a primeira vez que a tocou intimamente. Victória sentiu-se desejada e muito amada, mas sabia que tudo aquilo tinha hora para acabar.
Horas depois, adormeceram abraçados. David dormiu tranquilo como há muito tempo não acontecia.
Na manhã seguinte…
O dia já estava raiando, mas as cortinas impediam a claridade total.
Os dois estavam deitados e abraçados, despertando.
— Acho que dormi demais. — Falou David, cheirando levemente os cabelos dela, que estava acordada, mas ainda matinha os olhos fechados.
— Os dois dormiram demais. — Victória comentou, sorrindo.
David sorriu e olhou para ela que abriu os olhos e sorria de um jeito tímido. Era a primeira vez que acordava com ele ao seu lado.
— Bom dia. — A voz dele quase rouca, deu um selinho nela que sorriu, esticando-se na cama segurando o lençol para não ficar nua completamente. Mesmo com tudo que estava vivendo com ele, parecia ainda ter vestígios de vergonha.
— Bom dia, David.
— Eu vou tomar um banho rápido, quer vir?
— Pode ir na frente.
David riu da preguiça de Victória.
— O que você costuma fazer nos finais de semana?
David estava tão bonito com os cabelos desalinhado, sem camisa e um sorriso cativante. Com rostinho da sonolência matinal.
Ele agora era tão dela!
A fantasia de Victória tinha se realizado na noite passada.
— O que eu faço? Nada demais. Eu caminho, pago contas, arrumo a casa, vou ao supermercado, passo no salão para arrumar meu cabelo, depois passo o domingo inteiro no sofá assistindo televisão.
— Sério?
— Verdade. Não é nada empolgante, como o seu final de semana.
— É você tem toda minha agenda. Ontem não fui nadar, hoje não fui ao clube. — David tinha sorriso malicioso. — E quando eu ligo às vezes no domingo, você está assistindo televisão e deitada no sofá?
— Sim, mas às vezes dormindo.
— Sozinha? – O olhar dele era mais de curiosidade do que de posse, David com certeza achava que ela tinha alguém.
— Sozinha.
David se aproximou e deu um beijo rápido em Victória.
— Vou tomar uma ducha rápida, é o tempo que dou para você acordar.
Victória sorriu e virou-se para o outro lado. Se ele soubesse como o corpo permanecia depois de uma noite de amor, ele daria mais tempo para ela levantar e começar o dia.
Victória nunca tinha se sentido daquele jeito, na verdade nunca tinha sido assim com seu primeiro e único namorado. Sua primeira vez foi quando tinha dezessete anos, estava um pouco nervosa, tudo foi muito rápido mesmo com o ambiente lindo que preparou. As dicas das amigas não adiantaram, seu namorado na época era três anos mais velho, logo depois do ato caiu no sono a deixando ali, vazia. Foram assim nos dois próximos e últimos encontros, ela perdeu o interesse e ficou com medo de que com outro fosse a mesma coisa.
E também ela precisava estudar e trabalhar para ajudar na casa, ajudar a tia que tinha se acidentado, fora o irmão. Victória achava que sexo não era para ela, até David, entrar bruscamente na sua vida íntima.
Meia hora depois, os dois estavam na copa tomando café da manhã.
David estava arrumado e perfumado.
— A mesa está linda.
— Olga já deixou tudo pronto. Aliás, a partir de segunda, quando ligar para ela a fim de avisar se venho ou não jantar, quero que você escolha o que vai ser servido. E, pode pedir o que quiser esse tempo que ficar aqui.
Victória o olhou surpresa, pois quantas vezes ligava para Olga para cancelar, ou simplesmente avisar que ele tinha uma companhia, aquele papel lembrava mais o de uma esposa.
— Tem certeza David?
— Pode ficar tranquila, ainda está dentro do seu papel.
O telefone tocou, David, saiu para atender, deixando-a pensativa.
— Pronto!
— Filho!
— Oi Mãe, como vai?
A voz do outro lado sempre tão agradável e carinhosa.
— Estou com saudades, faz tempo que não vem me visitar, pare de trabalhar um pouco.
— Não estou trabalhando, agora, mas tenho umas coisas para resolver.
— Ah, não, nada disso, quero que venha hoje aqui, a família do seu irmão está aqui, seu pai e alguns amigos, a piscina está cheia.
— Mãe… agora eu não posso.
—Você está doente? Filho, não me esconda nada ou então eu mesma vou aí. Vou pedir para o Fausto me levar agora.
David nunca conseguia dizer não para sua mãe. Na verdade nenhum homem da família Rafaelli Boss conseguia dizer não para aquela mulher linda e doce, que passou por tantas lutas e sempre ali firme e forte como um pilar.
Branca Rafaelli foi modelo nos anos 70, até conhecer o inglês e executivo Carl Boss. Então resolveram viver uma grande história de amor e tiveram três filhos; Allan, Fausto e David.
— Não mãe. Eu dou uma passada aí, mas será rápido.
— Venha almoçar comigo, ficarei muito contente. Assim colocaremos nossa conversa em dia, estou com saudades.
David olhou para Victória que entrava na sala. Ela usava um vestido longo, solto de cor vinho e os cabelos estavam presos. Havia nela um olhar de quem entendeu o telefonema.
— Ok. Eu estou chegando. Beijos.
E desligou.
— Os meus pais estão com convidados na casa, eu até lá.
— Eu vou arrumando as minhas coisas por esse tempo.
— Deixa que a Olga faça isso na segunda. Ainda tem que separar um espaço no closet.
— Eu pensei em colocar as minhas roupas no outro quarto, onde estão as outras roupas que você mandou.
David a fitou e calou-se.
— Aquelas roupas são suas o contrato é bem explícito nesta parte.
Victória parecia recuar.
— Hoje eu arrumo as que eu trouxe comigo. - Rebateu.
— Faça da maneira que achar melhor, eu quero que fique bem aqui. Logo mais estarei de volta.
David aproximou e deu um rápido beijo em seus lábios, afastando-se em seguida.
Mansão dos Rafaelli Boss.
Branca era uma mulher linda, educada e muito refinada. Mesmo longe das passarelas já a muitos anos ela era um ícone de beleza. Esposa, mãe e avó, ainda era uma águia se tratando da sua família. E já algum tempo ela estava muito preocupada com o seu caçula, David, mesmo ele já sendo um rapaz de trinta e dois anos.
— Pronto. — Branca Rafaelli, o tom de voz da mulher mudou completamente de mãe adorável a uma mulher dura.
— Ele vem?
— Vem Valérie, mas eu estou pensando, vou dar essa chance para você pois não dei no passado, e estou preocupada com o meu filho, que desde o fim do casamento de vocês ele ficou distante, tendo casos aqui e lá. Se ele der um voto de confiança para você, se o meu filho ainda a ama, eu aceitarei de braços abertos.
— Eu adoro o seu filho, na época eu era muito imatura, éramos. — disse a moça tentando sorrir: _ hoje tudo será diferente. Pelo que estou sabendo há meses ele não está tendo um caso com ninguém, eu quero dar uma chance para o nosso amor.
Branca levantou e viu que o marido a chamava com o olhar.
— Eu deixei você entrar na minha casa, fiz o que me pediu, é verdade estou com saudades do meu filho, mas isso eu poderia resolver rápido. Eu só peço que não o faça sofrer de novo como no passado. Carl está me chamando, fique à vontade Valérie.
Valérie deu um sorriso e esperou a mulher se afastar. E espalhou-se na espreguiçadeira em frente à piscina e tomou o seu coquetel de frutas, com um olhar esperto.
A família toda estava reunida na mansão.
Algum tempo depois, David chegou à casa dos pais. Queria ir e voltar logo, desejou não ficar muito. De longe já ouvia a animação em volta da piscina, realmente todos estavam lá; seus irmãos com seus filhos e esposas, amigos próximos, era assim que sua mãe gostava dos sábados, rodeada de gente até o anoitecer, parecia sempre uma festa.
— Ele chegou! — Anunciou Fausto. — Hey, David, pensei que estivesse doente, ontem não foi ao clube, hoje de manhã também não. Está acontecendo alguma coisa?
— Está tudo certo, Fausto, apenas não quis ir. Fiquei em casa.
— Antes de entrar quero falar uma coisa.
— Fala.
— Tem uma convidada da nossa mãe. Isabela não gostou, disse que eu tinha que avisar antes, aliás, ninguém está entendendo nada.
— O que foi Fausto, quem está na casa?
— Valerie, chegou aqui como convidada de nossa mãe.
David ficou sem reação e de longe avistou a ex- esposa usando um biquíni provocante e quando o viu, abriu um belo e sedutor sorriso.
David rapidamente pensou em Victória que estava a sua espera e rapidamente as suas lembranças voltaram há oito meses quando os seus olhos pousaram em Victória.
A vida de Victória e David há oito meses. David estava em um vernissage a convite de uma amiga, pois andava de muito mau humor há meses. Ele se sentia tão desmotivado. E também queria se desligar do grupo Boss e seguir com sua nova empresa esportiva.Ele havia sido casado com Valérie quando era mais jovem. Ela era uma mulher também jovem e fascinante. Na época a família Rafaelli Boss foi contra, mas acabaram aceitando o casamento e as loucuras do casal. Foram apenas três anos. Um dia ela resolveu ir embora e desde então, David parecia usar as mulheres, apenas vivia alguns casos, mas nada ficava sério. E claro, ciente da sua beleza e dinheiro, sabia que muitas suspiravam por onde passava. Menos na empresa do seu pai, onde até aceitava alguns flertes, mas não passava disso.Mas, naquela noite, enquanto est
Dias Atuais...Victória fitava aquele espaço luxuoso, caro e refinado. E não se sentia parte daquilo, até outro dia era apenas a secretaria, no outro teve a ideia louca de acessar a conta da empresa e agora estava nas garras do senhor Boss.Mas como explicar que ela não era uma bandida, como explicar que não tinha um amante e que sempre esteve apaixonada por ele.Logo, ela dispensou aquele pensamento e foi arrumar as suas coisas no closet que era enorme e espaçoso. Rapidinho, ajeitou tudo e assim que terminou a sua arrumação o celular tocou, era a sua tia Camila.A tia era sempre amorosa e preocupada. Disse que ligou na sua casa e ninguém atendeu, então Victória inventou uma desculpa rápida. Disse que estaria na casa de uma amiga, que estava bem e sem notícias do Elano.— Ele não tem jeito. – Disse dona Camila.
— O nome é Elano Estevez, um viciado em jogo. Ele quem esteve no local e fez o pagamento de vinte cinco mil e depois apostou mais cinco mil. O rastreio do dinheiro é quem desvendou o sujeito que importunava a senhorita Thomas.— A sua equipe o apontou como amante da minha secretária há seis meses atrás. – Ralhou David com o seu segurança.Fred fitou David, sem muito jeito.— Senhor, existem fatos sobre a senhorita Thomas que a empresa Boss não constatou na época em que foi contratada. Está tudo no relatório.— Houve um erro.— A senhorita Thomas movimenta quase nada do salário e das bonificações que caminhava diretamente para uma conta de uma mulher, a tia, para um término de financiamento de moradia no interior. David folheava e continuava escutando Fred dizer.— Essa conta é d
Victória queria se desmanchar em lágrimas, mas as engoliu as mãos tremiam de raiva, medo e ódio.Realmente aquela mulher era muito bonita, lembrava a mulher do Allan que cuidava da filial nos Estados Unidos.Mas, sábado?! Então foi por isso que ele ficou daquele jeito, e também na ilha. Ele só a usava, como disse que faria.No mesmo instante, ela quis desistir daquele acordo.Na sala de David— O que você ainda quer Valérie?David estava furioso.— Conversar com você no sábado você mal chegou e logo partiu. Ou, ficou sem jeito, pois sabe que ainda me quer. Diga.— Você só pode estar maluca.— Nos beijamos sábado.— Você me beijou! Eu já falei e tenho sempre que lembrar você: não quero mais nada, o nosso casament
Victória voltou para o seu andar e David havia chegado. O ritmo era o mesmo, porém teria que ser ainda mais ágil, pois dentro de poucas horas não faria mais parte daquele setor. Ela não seria mais secretária de David. David a chamou, porém ela só o atendeu na terceira chamada. Quando entrou na sala, permaneceu em pé, com a agenda em mãos e o headfone. — Senta-se Victória. — Eu tenho uns e-mails que precisam ser enviados. O seu terno ficará pronto às quatorze horas e preciso confirmar a sua presença em um dos jantares que terá no domingo. — Jantar? — Sim, da família Gama Dias, às dezenove horas e na segunda às vinte e uma horas é um jantar de aniversário do senhor Alfred Netto. — Desmarque os dois, desmarque tudo - Seus olhares se encontram. — Estarei com você em casa. Victória escondeu o sorriu e anotou. — Preciso falar uma coisa David. — Eu sei a Bernadete mudou os planos que eu tinha pra você. — Então
Victória voltou para o seu andar e David havia chegado. O ritmo era o mesmo, porém teria que ser ainda mais ágil, pois dentro de poucas horas não faria mais parte daquele setor. Ela não seria mais secretária de David.David a chamou, porém ela só o atendeu na terceira chamada. Quando entrou na sala, permaneceu em pé, com a agenda em mãos e o headfone.— Senta-se Victória.— Eu tenho uns e-mails que precisam ser enviados. O seu terno ficará pronto às quatorze horas e preciso confirmar a sua presença em um dos jantares que terá no domingo.— Jantar?— Sim, da família Gama Dias, às dezenove horas e na segunda às vinte e uma horas é um jantar de aniversário do senhor Alfred Netto.— Desmarque os dois, desmarque tudo - Seus olhares se encontram. — Estarei com você em
— Onde você está?—Já estou chegando.— Eu estou esperando você e todos aqui. O jardim está lindo e eu com saudades de você.— Eu também estou e obrigada pela rosa.— Tome cuidado, beijo.E ela desligou, olhando a cidade pelo vidro do carro.Na mansão Rafaelli Boss. Os homens estavam todos de smoking, já as mulheres estavam em um grande e belos desfiles de lindos vestidos, penteados e joias.Assim que chegou à mansão e viu tudo tão perfeito, a noite estava fresca, com céu cheio estrelas e tudo em volta estava iluminado, o serviço contratado estava na mais perfeita ordem, a música e as conversas já estavam rolando em volta da mansão.De longe viu os senhores Rafaelli recebendo seus convidados, Branca estava muito bonita com seu vesti
— Elano! Por onde andava? Você está bem?— Não, porque me escondeu que estava de casinho com o riquinho que mora ali, acha que eu não saberia, agora vai a festinhas, viaja de aviãozinho.— Como? Como sabe dessas coisas, Elano, o que está havendo? Porque está assim eu ia contar pra você e a nossa tia?— Eu preciso de duzentos mil e eu sei que o bacana tem! Peça pra ele agora, hoje!— Não! Eu não vou fazer isso!— Se não der por bem, ele vai dar por mal.Elano segurou a irmão com violência, os dois começaram a brigar e as flores foram para o chão e antes que alguém notasse algo, o rapaz retirou uma seringa do bolso da blusa e injetou algo no braço da irmã.Victória sentiu uma dor no braço e viu tudo girar e caiu.Nas horas seguintes..