Dias Atuais...
Victória fitava aquele espaço luxuoso, caro e refinado. E não se sentia parte daquilo, até outro dia era apenas a secretaria, no outro teve a ideia louca de acessar a conta da empresa e agora estava nas garras do senhor Boss.
Mas como explicar que ela não era uma bandida, como explicar que não tinha um amante e que sempre esteve apaixonada por ele.
Logo, ela dispensou aquele pensamento e foi arrumar as suas coisas no closet que era enorme e espaçoso. Rapidinho, ajeitou tudo e assim que terminou a sua arrumação o celular tocou, era a sua tia Camila.
A tia era sempre amorosa e preocupada. Disse que ligou na sua casa e ninguém atendeu, então Victória inventou uma desculpa rápida. Disse que estaria na casa de uma amiga, que estava bem e sem notícias do Elano.
— Ele não tem jeito. – Disse dona Camila.
— Tomara que ele tenha pagado a dívida, não sei mais o que faço.
— Não dê mais dinheiro a ele querida. A casa aqui já está paga, em breve mudarei para lá. Muito obrigada minha filha, tenho certeza que seus pais estão orgulhosos.
Victória não queria se emocionar, não naquele momento.
— É eu imagino tia… Eu imagino.
Quinze minutos depois foi a Dalila que ligou. Conversaram por um tempo, a colega de trabalho contou que na sexta-feira as coisas foram calmas e que ouviu dizer que teria mudanças na empresa, pelo menos na última reunião estava pautado esse assunto e que o senhor David estava calmo mesmo com a sua ausência e que ficou pouco tempo no trabalho, e combinaram de se falar na segunda-feira.
Quando se viu sozinha novamente naquele apartamento, decidiu explorar a cobertura. Pôde ver como era grande e equipada. A pequena academia ficava no piso superior e dava para olhar a cidade inteira.
Victória foi conhecendo cômodo por cômodo até parar no escritório, que era também bonito e bem decorado. Ela ficou olhando os títulos dos livros e pegou um. Quando olhou na mesa e viu o computador que estava ligado, começou a usar, queria checar seus e-mails.
Assim que terminou, viu algumas fotos que estavam nos porta-retratos, eram várias fases da vida de David ao lado do pai, com os irmãos Allan e Fausto, com a mãe Dona Branca e em outros momentos.
Quando foi desligar o computador viu que uma gaveta estava entre aberta, percebeu um envelope amarelo. Victória abriu a gaveta para colocar de novo o envelope no lugar, quando um pacote chamou a sua atenção. Era um pacote transparente enrolado com fitas, eram fotos. Sua curiosidade falou mais alta, então desenrolou toda a fita. Eram fotos de David com uma mulher, fotos de casamento, fotos de namoro, o casal em momentos felizes, a moça de olhos verdes e cabelos castanhos claros e lisos, sempre abraçada e sorrindo em volta de David que também era mais novo e um sorriso perfeito de garoto.
Aquela era a ex- esposa e já tinha ouvido falar do casamento que durou pouco e que foi uma paixão que ele nunca mais encontrou igual.
— Ela é linda… - Victória pronunciou quase como um sopro.
Quase duas horas depois David voltou para a cobertura.
Victória terminava de fazer uma macarronada e frango grelhado com alguns legumes.
— O cheiro está muito bom. — A voz dele a surpreendeu.
Victória virou-se rápido pelo susto e sorriu.
— Oi David, tomara que a Olga não fique brava por ter mexido na cozinha dela.
David sentou-se na banqueta e não tirava os olhos da mulher que terminava de preparar uma refeição tão simples e com um aroma tão bom.
Aliás, David nunca viu nenhuma das mulheres que já se envolveu na cozinha fazendo algo.
— A cozinha é sua, aproveite tudo que quiser.
Victória agradeceu com o olhar.
— Está servido?
— Eu vou querer sim, obrigado.
— Foi tudo bem na casa dos seus pais?
David estava sério, algo aconteceu e antes da primeira garfada, David mudou o tom de voz.
— Eu não quero falar sobre isso, não agora.
Os dois comeram em silêncio.
David foi à adega, pegou um vinho e serviu para os dois, sem ao menos perguntar se ela queria.
— Victória faça uma mala pequena, vamos viajar.
— Vamos para onde?
— Quero que conheça um lugar, é bastante agradável. Leve traje de praia, vamos dentro de duas horas. Segunda-feira estaremos de volta. No caminho para cá mandei arrumar o helicóptero, então não se atrase.
Victória queria saber o motivo pelo qual ele estava assim tão diferente daquela manhã. Olhou o relógio, eram quatro horas da tarde.
Era quase sete da noite quando chegaram em uma praia, uma pequena ilha. A Ilha Montes Verdes.
Um paraíso para Victória.
Parecia uma grande aventura arrumar as malas ao lado de David e todo aquele conforto e ostentação que ela nunca imaginou um dia viver.
Victória sabia que seu chefe era rico, por isso tinha uma escolta de empregados para fazer tudo. Apesar de que na Boss a situação era diferente, lá ele era o herdeiro.
Assim que pousaram foram recebidos por um casal.
Havia um carro à espera deles. Durante a viajem a moça simpática contava o que estava acontecendo na ilha e que estariam à disposição deles.
David ouvia tudo, parecia atento, mas seu olhar às vezes se perdia com as paisagens.
A praia estava toda iluminada pelas luzes das casas e comércios. E mesmo já ter anoitecido aquele lugar trazia uma paz e era uma visão belíssima.
A casa era um espetáculo. O casal parecia estar dentro de um catálogo de revista estrangeira.
— Nossa David! Que lugar lindo! — Victória estava olhando da grande janela que dava uma visão plena da praia, a casa de dois andares era muito confortável. Iluminada e bem arquitetada. Um verdadeiro sonho.
— É dos seus pais essa casa?
David negou com a cabeça. Aproximando-se devagar, disse próximo ao ouvido dela:
— É minha, vai me dizer que não sabia. Assim como essa casa, outros negócios espalhados…
— Não, eu não sabia. — Ela estava sendo verdadeira com ele.
— Vai me dizer que nunca me investigou, nunca quis saber quanto vale a fortuna da família Rafaelli Boss, quanto vai ficar para cada filho.
— Não… David, nunca procurei saber isso, eu sei que sua família é rica eu trabalho para vocês, mas nunca quis ou pensei em nada. Por que está falando assim?
David, que estava bastante perto, apertou o braço dela e juntou ao seu corpo
— Porque é o que toda mulher faz; investiga, cerca, seduz, até aparecer uma oferta melhor. Não é assim Victória? O seu é caso é um acordo e é por isso que está aqui. Agora.
Victória não queria responder, mesmo sendo verdade. Mas ela estava gostando de ficar perto dele, que agora estava com o mesmo olhar no dia que revelou saber o desfalque.
— David…
— Chega! Eu quero que suba e me espere no quarto, segundo a direita.
Victória quase deixou as lágrimas rolarem, mas antes disso, limpou os olhos, pegou a mala pequena e subiu quase correndo.
David a olhou subir, respirou fundo, sentou no sofá que tinha uma visão maravilhosa da ilha e disse baixinho.
— Eu não posso me apaixonar de novo. Não posso...
David entrou no quarto. Victória já estava vestida em um roupão, o segurando firme com as mãos. Eles se olhavam, David foi se aproximando tirando a camisa, também desceu as calças e logo se livrou do tênis. Tirou o roupão dela sem maiores esforços.
David pegou o rosto dela e tocou os cabelos. Com a outra mão, desceu fazendo com que seu dedo a penetrasse mais fundo fazendo-a gemer. Ela apertou seus braços e ele a tocou nos seios antes de sugá-los.
A entrega dela era total. Ela o aceitava sempre. E, mais uma vez a tomou com delicadeza e sem demora.
David a segurava pelos cabelos, ora movimentava devagar, ora era mais rápido. Mas, com a mesma urgência e ansiedade que ele possuía pelo corpo dela. Ela arranhou as costas dele levemente. E quando o orgasmo chegou Victória clamou por seu nome.
Horas depois, Victória dormia encolhida na enorme cama.
David havia tomado um banho e estava de roupão observando ela dormir. Estava pensativo. Perdido pelas lembranças quando ouviu uma voz quase abafada, quase um apelo. Era Victória tendo pesadelos. Ela mexia os braços e começou a chorar. David não conseguia entender e, preocupado permaneceu ao lado dela e assim a abraçou.
— Victória acorde. Estou aqui com você.
Ela abriu os olhos que pareciam longe, olhou para David como se não o reconhecesse. Respirou fundo e virou para o outro lado, adormecendo.
O dia estava lindo quando Victória acordou. Ao lado da cama, um bilhete com um copo de água e um analgésico.
Victória,
Quero que aproveite bem o dia. O SPAR da casa estará a sua disposição, a Lita providenciará tudo. Eu tenho um almoço de negócios na ilha, voltarei quase ao anoitecer, qualquer coisa que precisar me ligue. O dia está muito bonito.
Tome esse analgésico.
Assim que eu chegar, partiremos. A casa é sua.
David
Victória levantou e tomou o analgésico. Sentiu que dormiu como uma pedra, apesar de ter a impressão de ter sido abraçada por David durante a noite, já que o cheiro dele estava em seu corpo.
Ela tomou um banho rápido e se vestiu. Quando foi tomar o café da manhã, o encontrou pronto e servido à mesa. De onde estava, podia apreciar a vista linda da ilha.
Lita logo apareceu muito gentil como na noite anterior. Foi perguntando e anotando o que Victória queria. Na verdade, a moça é que foi dando ideias e ela apenas aceitando.
Ela tomou um banho de furor com essências, recebeu massagem, esfoliação de pele e hidratação no corpo inteiro, fez as unhas, máscara facial e também salão de beleza. Mas não deixou que mexessem muito em seu cabelo, apenas revitalização. Parecia um dia de princesa.
Quando ganhou tudo que tinha direito, agradeceu a todos e voltou para casa. Mesmo não ter entrado no mar, valeu cada olhar para aquela vista inteira.
Assim que chegou, David já a esperava.
— Você está linda…
— Obrigada. Vou pegar a minha mala. Vamos agora, não é?
David parecia perdido olhando-a.
— Sim… sim. Primeiro vamos jantar por aqui mesmo na Ilha e já partiremos, o carro está a nossa espera.
Victória subiu seguida pelo olhar de David que parecia sem ar, mesmo ela usando um vestido simples como o que estava; um tom vinho, longo e de algodão. Os cabelos soltos e com balanço. Ela estava belíssima.
Agora era hora de voltar, a secretária e o chefe.
O voo atrasou por causa da chuva que se aproximava.
A chuva veio de repente, fazendo com que eles ficassem um bom tempo em uma área reservada no pequeno hangar da ilha. E estavam decididos a partir assim que a chuva passasse e só levou algumas longas horas. O clima entre os dois estava diferente, eles não se tocavam, mas se olhavam diretamente, com insistência e pareciam não encontrar as palavras.
Victória se acomodou em um sofá, usando um casaco como cobertor, folheava algumas revistas. Enquanto David permanecia em outra poltrona com seu tablet. E ali tiveram que passar boa parte da noite.
Quando chegaram ao heliporto o dia amanhecia e a segurança estava presente. Fred era o segurança particular de David, que estava afastado viajando a trabalho.
— Bom dia senhor. Senhorita Thomas.
— Que bom vê-lo Fred, novidades?
— Sim, senhor o relatório está completo, sem falhas.
O olhar de David escureceu.
— Quero vê-lo o mais depressa possível.
— Sim senhor Boss.
— É algo com a empresa? - Perguntou Victória
— Não, a Boss está muito bem. São outros assuntos, não se preocupe. Victória queria trazê-la de novo na ilha, sinto muito que foi tudo tão depressa, eu tinha outros planos.
Victória olhou para David.
— Está sendo bem agitado. Em um momento estou fazendo macarronada na sua cozinha, depois vou para um lugar lindo e hoje voltamos para realidade.
David sorriu e tocou o rosto dela, trazendo-a para perto e disse baixinho, de modo envolvente.
— Espero que goste Victória. Na Boss manteremos a linha, mas fora dela, pode apostar que será bem agitado.
Victória não sabia se era uma ameaça ou uma promessa, mas sentiu o sangue esquentar e o coração acelerar. David era envolvente quando queria mesmo sabendo que tudo aquilo era uma troca, um contrato de desejo e que ela embarcou naquela loucura.
Chegando à cobertura, Olga já estava aprontando o café.
David foi para o escritório com Fred que trazia algumas pastas.
Victória foi para o quarto se arrumar para o trabalho.
— Bom dia dona Olga.
— Bom dia senhorita. O que quer para o café?
— Não se incomode dona Olga, eu mesma me sirvo. Não tenho tanta fome pela manhã.
David a observava e notou quando ela se serviu apenas de café preto e uma torrada.
E também vestia roupas próprias. Uma camisa rosa de seda, uma saia longa preta e um scarpin da cor da saia.
— Mas é só isso que você comerá?
— Sim.
— Coma mais, daqui a pouco vamos.
— Eu vou primeiro, eu sempre chego antes.
David a olhou parecia surpreso.
— Não faz sentido, Victória.
Ela o fitou.
— Oras, mas por quê? Eu sou sua secretaria. Sexta passada eu não fui, nem mesmo liguei.
— Sabemos muito bem o que aconteceu, eu sei aonde você estava.
—David. — Ela tinha um olhar um pouco triste. — Você mesmo quis isso, está no contrato. Meu horário começa em trinta minutos.
— Então o Fred a leva.
— Eu vou de metrô, é rápido.
— Não quero você andando de metrô por aí, vamos juntos.
— Eu não quero, e agora eu tenho que ir, até daqui a pouco.
Victória levantou, pegou suas coisas, deu um rápido aceno para Olga. Esta, assistia a tudo atônica, pois nenhuma mulher falava assim com o Senhor Boss, todas aceitavam o conforto que ele oferecia.
Olga desconfiava que o chefe gostava da secretaria e que iniciaram aquele caso as escondidas.
David a viu sair e ficou furioso, seu rosto ficou impassível, seu maxilar se contraia de raiva. Disse para Olga:
— Peça para o Fred segui-la, ou m****r alguém. Rápido Olga.
— Sim, senhor.
Olga saia para ligar para a portaria.
David pegou a pasta que estava do lado, era um relatório que Fred trouxe sobre a empresa e sobre a Victória Thomas, sua secretária.
E havia um erro naquele segundo relatório.
O nome Elano não era de suposto amante e sim o meio-irmão de Victória, viciado em jogos.
David usou o seu poder para ter Victória em sua cama, porém ela era inocente!
— O nome é Elano Estevez, um viciado em jogo. Ele quem esteve no local e fez o pagamento de vinte cinco mil e depois apostou mais cinco mil. O rastreio do dinheiro é quem desvendou o sujeito que importunava a senhorita Thomas.— A sua equipe o apontou como amante da minha secretária há seis meses atrás. – Ralhou David com o seu segurança.Fred fitou David, sem muito jeito.— Senhor, existem fatos sobre a senhorita Thomas que a empresa Boss não constatou na época em que foi contratada. Está tudo no relatório.— Houve um erro.— A senhorita Thomas movimenta quase nada do salário e das bonificações que caminhava diretamente para uma conta de uma mulher, a tia, para um término de financiamento de moradia no interior. David folheava e continuava escutando Fred dizer.— Essa conta é d
Victória queria se desmanchar em lágrimas, mas as engoliu as mãos tremiam de raiva, medo e ódio.Realmente aquela mulher era muito bonita, lembrava a mulher do Allan que cuidava da filial nos Estados Unidos.Mas, sábado?! Então foi por isso que ele ficou daquele jeito, e também na ilha. Ele só a usava, como disse que faria.No mesmo instante, ela quis desistir daquele acordo.Na sala de David— O que você ainda quer Valérie?David estava furioso.— Conversar com você no sábado você mal chegou e logo partiu. Ou, ficou sem jeito, pois sabe que ainda me quer. Diga.— Você só pode estar maluca.— Nos beijamos sábado.— Você me beijou! Eu já falei e tenho sempre que lembrar você: não quero mais nada, o nosso casament
Victória voltou para o seu andar e David havia chegado. O ritmo era o mesmo, porém teria que ser ainda mais ágil, pois dentro de poucas horas não faria mais parte daquele setor. Ela não seria mais secretária de David. David a chamou, porém ela só o atendeu na terceira chamada. Quando entrou na sala, permaneceu em pé, com a agenda em mãos e o headfone. — Senta-se Victória. — Eu tenho uns e-mails que precisam ser enviados. O seu terno ficará pronto às quatorze horas e preciso confirmar a sua presença em um dos jantares que terá no domingo. — Jantar? — Sim, da família Gama Dias, às dezenove horas e na segunda às vinte e uma horas é um jantar de aniversário do senhor Alfred Netto. — Desmarque os dois, desmarque tudo - Seus olhares se encontram. — Estarei com você em casa. Victória escondeu o sorriu e anotou. — Preciso falar uma coisa David. — Eu sei a Bernadete mudou os planos que eu tinha pra você. — Então
Victória voltou para o seu andar e David havia chegado. O ritmo era o mesmo, porém teria que ser ainda mais ágil, pois dentro de poucas horas não faria mais parte daquele setor. Ela não seria mais secretária de David.David a chamou, porém ela só o atendeu na terceira chamada. Quando entrou na sala, permaneceu em pé, com a agenda em mãos e o headfone.— Senta-se Victória.— Eu tenho uns e-mails que precisam ser enviados. O seu terno ficará pronto às quatorze horas e preciso confirmar a sua presença em um dos jantares que terá no domingo.— Jantar?— Sim, da família Gama Dias, às dezenove horas e na segunda às vinte e uma horas é um jantar de aniversário do senhor Alfred Netto.— Desmarque os dois, desmarque tudo - Seus olhares se encontram. — Estarei com você em
— Onde você está?—Já estou chegando.— Eu estou esperando você e todos aqui. O jardim está lindo e eu com saudades de você.— Eu também estou e obrigada pela rosa.— Tome cuidado, beijo.E ela desligou, olhando a cidade pelo vidro do carro.Na mansão Rafaelli Boss. Os homens estavam todos de smoking, já as mulheres estavam em um grande e belos desfiles de lindos vestidos, penteados e joias.Assim que chegou à mansão e viu tudo tão perfeito, a noite estava fresca, com céu cheio estrelas e tudo em volta estava iluminado, o serviço contratado estava na mais perfeita ordem, a música e as conversas já estavam rolando em volta da mansão.De longe viu os senhores Rafaelli recebendo seus convidados, Branca estava muito bonita com seu vesti
— Elano! Por onde andava? Você está bem?— Não, porque me escondeu que estava de casinho com o riquinho que mora ali, acha que eu não saberia, agora vai a festinhas, viaja de aviãozinho.— Como? Como sabe dessas coisas, Elano, o que está havendo? Porque está assim eu ia contar pra você e a nossa tia?— Eu preciso de duzentos mil e eu sei que o bacana tem! Peça pra ele agora, hoje!— Não! Eu não vou fazer isso!— Se não der por bem, ele vai dar por mal.Elano segurou a irmão com violência, os dois começaram a brigar e as flores foram para o chão e antes que alguém notasse algo, o rapaz retirou uma seringa do bolso da blusa e injetou algo no braço da irmã.Victória sentiu uma dor no braço e viu tudo girar e caiu.Nas horas seguintes..
De longe David a olhava, estava com medo de perde-la. Ele que sempre queria entender o que os irmãos falavam que sentiam por suas esposas, que não foi o mesmo que sentiu por Valérie que era só um capricho, desejo de moleque novo e que hoje não vê com esses olhos nem mesmo carinho, pois foi muito magoado, depois de tantos anos vivendo coisas artificiais e ter visto Victória naquela noite, a sua vida virou do avesso, quando ela tornou-se sua secretaria, e só queria ser isso, mas ele queria colocar o mundo aos pés dela.O seu sentimento por Victória era uma mistura de cuidados, posse, desejo e amor. Mas como explicar agora e porque ela não usa as roupas que ele mandou até o momento só usou três peças daquele mostruário se ela visse o vestido azul que estava escondido ali.Quando voltasse mostraria a ela, já que agora não sabe o que ela vai querer fic
Victória Se você encontrou o vestido, não se assuste eu o peguei no seu guarda-roupa, deixei você dormir na minha cama e fui buscar algumas coisas pra você, esse vestido tem uma história, a taça de vinho e vamos tomar assim que eu olhar você. Eu esperei ter você por oito meses.Imagina a minha surpresa quando a vi naquela entrevista, eu que pensava em fazer uma buscar para encontrar a mulher do vestido azul. Por isso, foi tão rude e ansioso eu queria tanto você como ainda a quero. David A taça de vinho era de David!Três dias depois David voltou da sua viajem e quando entrou no apartamento, Victória estava vestida com o vestido azul e os cabelos de lado como naquela noite.—Victória.—Era assim que você me queria.David a olhou de ci