Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Meus cães eram meus únicos companheiros até Aria chegar. Na casa, tem alguns serviçais e antes tinha a minha avó, mas agora era diferente, ela estava mais iluminada. Eu até estava desistindo de odiar aquela mulher! Por que ela estava me fazendo sentir confuso? – Me perguntei, perdido em meus pensamentos, enquanto tocava meus lábios com uma mão e acariciava as orelhas de Zeus com a outra. O cachorro parecia até me entender, mas ao mesmo tempo, mostrava-se perdido como eu. A final, a imensa casa que mais parecia com um castelo do Drácula, de repente deu uma agitada. — Você concorda, garoto? Não deveria! – Resmunguei, sorrindo para ele, que logo se afastou para acompanhar o irmão. Os dois cães tinham livre acesso na casa e não eram “brutos” como aparentavam. E eles ficavam mais na biblioteca, ali era como o território deles. Me levantei e fui até a lareira, me abaixando em frente enquanto observava o fogo queimando. Desde pequeno, sempre fui do tip
Aria S W A N – Narrando ♕Ouvir aquelas palavras de Conrad, fez com que eu pensasse de forma coerente.Ele tinha razão! Eu já estava na merda e as chances para que tudo piorasse seriam enormes. Na verdade, não me importo com as consequências, mas não era hora para pensar em mim e sim naquele bebê.Me levantei, ainda mantendo nossos olhos fixos e então, apertei a mão dele o vendo me olhar com um pouco de surpresa.— Não vale volta atrás, hein! – Disse ele, com um leve humor.— Isso vale para você também! Você disse que me protegeria, então terá que engolir o seu ódio por mim. – Falei o vendo sorrir e então, ele puxou meu braço, nos aproximando.— Eu não te odeio mais. Você me mostrou ser uma mulher inteligente! – Disse ele com sarcasmo, me soltando. O olhei desacreditada e então, Conrad sorriu e saiu.— O .. O quê? – Perguntei desacreditada, olhando para a porta e então, apontei o dedo.Aquele louco sorriu? – Pensei, achando aquilo muito confuso.Respirei fundo e fui até a cortina, ten
Aria S W A N – Continuando ♕Aquela mulher me causava arrepios. Na primeira vez que a vi, pensei que ela fosse uma mulher exuberante, me enganei.— Oi Aria, não vai falar comigo? – Perguntou ela, se aproximando.— Oi Ellen! – Falei a vendo se assustar e vincar as sobrancelhas.—Ah! Quase me esqueci que somos cunhadas agora. Me acostumei tanto com “senhora Morgan” que isso saiu estranho de você! – Disse ela, se afastando e indo até as escadas.Olhei para ela confusa, estranhando aquela liberdade toda e então, ela sorriu e encarou Mercês em seguida.— Avisa Conrad que estou o aguardando no quarto. – Disse ela, fazendo menção de subir, mas Mercês logo se aproximou a impedindo.— Senhora, o senhor Morgan pediu que eu a avisasse que, se a senhora aparecer o escritório está a sua disposição. Lá é o lugar de descanso da senhora Morgan.Assim que ela disse aquilo, a olhei em seguida para Ellen.— Bom, se quer falar com ele a partir de agora, deverá usar o escritório. No quarto, as reuniões de
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Pouco tempo antes... Eu já havia me esquecido de como era a adrenalina de pegar a moto e correr sem rumo. Eu precisava daquilo; aliviar a minha mente de peças que ela mesmo estava me pregando. E agora, eu já estava voltando para casa. Não era engraçado? Fugir de lá para me livrar dela e voltar para vê-la? Já estava noite quando eu retornei; a casa estava silenciosa e Mercês estava tirando a mesa do jantar, que por incrível que pareça, parecia estar intacta. — Senhor Morgan, bem-vindo de volta! – Disse ela, dando um passo para trás da mesa ao me ver. — Onde ela está? – Perguntei, vincando as sobrancelhas, me sentindo confuso. — Ela se trancou na biblioteca e ainda não saiu. – Disse ela, me causando uma certa preocupação. — Quer que eu leve a comida? — Está tarde, deixe apenas um chá preparado. – Falei, subindo apressadamente os degraus e ao ir até o fim do corredor do segundo andar, abri a porta da biblioteca, encontrando-a adormecida sobre os li
Aria S W A N – Narrando ♛“Querida Aria,Se está lendo estas palavras, provavelmente é porque não estou mais entre vocês. Eu sinto muito por estar sabendo dessa forma!Primeiramente, quero me desculpar por ter sido o tipo de homem que você mais abomina. Eu juro, também sofri muito com as minhas atitudes e agora, pago um preço irreversível por isso, acredite!Durante o tempo que passamos juntos, pensei que você fosse um presente enviado do céu para me fazer ter esperanças mais uma vez, porém, percebi se tratar de um castigo, quando tive que te deixar, pagando esse preço aqui mesmo na terra. Você foi o sol que aqueceu os meus dias, mas confesso que, a tive por pura inveja, pois, essa luz não era para mim. E eu a roubei e me arrependo. Eu sinto muito! Fui egoísta e quis tirar de alguém a cura de toda solidão. Me aproveitei das fraquezas da única pessoa que sempre esteve comigo, inclusive era uma das que mais o machucou. Conrad não parece, mas é muito sentimental!Quando o ouvi falar so
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Por um momento, pensei em estar perdendo a cabeça.Eu não consegui me controlar e quando me dei conta, estava a ajudando a se despir.Voltamos a nos beijar, com vontade e necessidade. Quer saber? Eu não estava nem ai, naquele momento, eu queria ama-la mais uma vez e amanhã decidiríamos sobre o que fazer para resolver o nosso problema.Naquele momento, a única coisa que não existia ali era controle. Eu nem ao menos sabia onde foi parar a minha toalha.— Tem um preservativo? – Perguntou ela com um tom eufórico, mantendo ainda os lábios próximos para tentar recuperar o fôlego.— Garota, você está esperando um filho meu, quer um preservativo para quê? – Perguntei, dando um riso.— Verdade! – Disse ela, voltando a me beijar, mas naquela hora, travei.A segurei tentando impedir que ela continuasse e me afaste.— Conrad, o que foi? – Perguntou ela, puxando o lençol para se cobrir.— Verdade? Tá, você conseguiu! – Falei, me levantando em seguida. E em questão d
Aria S W A N – Narrando ♛Acordei pela madrugada, notando Conrad ainda adormecido.Me levantei da cama e caminhei até a as portas de vidro, abrindo-as para olhar a linda vista da lua no céu.Eu não senti nenhum pouco de remorso por ter fingindo ao estar com ele e levaria aquele plano até o final. Fiquei observando o céu enquanto alisava suavemente o meu ventre, sentindo uma grande satisfação por saber que logo estaria livre daquele lugar. E de repente, vi alguém passando embaixo da varanda e vinquei as sobrancelhas, encarando-o fixamente.— Pierre? – Perguntei em forma de cochicho, vincando as sobrancelhas. Achei estranho ele estar por lá naquele horário e então, me vesti rapidamente, saindo do quarto em seguida.Fui para fora da casa, seguindo curiosamente até o lugar onde havia o visto e antes de me aproximar, alguém puxou meu braço com rispidez e me prendeu na parede.— Senhora, o que faz aqui? – Perguntou um homem, em forma de cochicho. Eu me assustei e antes que tentasse o olhar
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Eu havia entrado para o banheiro para tomar um banho; odiava chegar da rua e me sentir como se estivesse impregnado com o cheiro pelo cheiro de cigarros e bebidas.Era sempre assim, quando eu tinha que encontrar algum supervisor de uma das empresas sócias a minha empresa.Depois de me sentir mais leve, sai do banheiro, vendo Aria adormecida sobre a cama; ela parecia mesmo ter pegado um resfriado, pois, nem havia percebido que “Zeus” estava ao lado dela.— Já fez as pazes? – Perguntei, vendo-o me olhar e não vir até mim. — Tudo bem, já aceitei que a prefere agora. Eu também a prefiro. Assim que falei, ele simplesmente se levantou e saiu. Sorri com humor ao ver o tamanho deboche do cachorro.— Os cães saem aos donos! – Resmunguei, me lembrando da fala de Deborah, insinuando que os meus Dobermanns continham a minha personalidade.Entrei no closet e me vesti, procurando por uma roupa mais leve e ao sair do lugar, parei na porta, olhando-a de longe.Eu sabi