Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Pouco tempo antes... Eu já havia me esquecido de como era a adrenalina de pegar a moto e correr sem rumo. Eu precisava daquilo; aliviar a minha mente de peças que ela mesmo estava me pregando. E agora, eu já estava voltando para casa. Não era engraçado? Fugir de lá para me livrar dela e voltar para vê-la? Já estava noite quando eu retornei; a casa estava silenciosa e Mercês estava tirando a mesa do jantar, que por incrível que pareça, parecia estar intacta. — Senhor Morgan, bem-vindo de volta! – Disse ela, dando um passo para trás da mesa ao me ver. — Onde ela está? – Perguntei, vincando as sobrancelhas, me sentindo confuso. — Ela se trancou na biblioteca e ainda não saiu. – Disse ela, me causando uma certa preocupação. — Quer que eu leve a comida? — Está tarde, deixe apenas um chá preparado. – Falei, subindo apressadamente os degraus e ao ir até o fim do corredor do segundo andar, abri a porta da biblioteca, encontrando-a adormecida sobre os li
Aria S W A N – Narrando ♛“Querida Aria,Se está lendo estas palavras, provavelmente é porque não estou mais entre vocês. Eu sinto muito por estar sabendo dessa forma!Primeiramente, quero me desculpar por ter sido o tipo de homem que você mais abomina. Eu juro, também sofri muito com as minhas atitudes e agora, pago um preço irreversível por isso, acredite!Durante o tempo que passamos juntos, pensei que você fosse um presente enviado do céu para me fazer ter esperanças mais uma vez, porém, percebi se tratar de um castigo, quando tive que te deixar, pagando esse preço aqui mesmo na terra. Você foi o sol que aqueceu os meus dias, mas confesso que, a tive por pura inveja, pois, essa luz não era para mim. E eu a roubei e me arrependo. Eu sinto muito! Fui egoísta e quis tirar de alguém a cura de toda solidão. Me aproveitei das fraquezas da única pessoa que sempre esteve comigo, inclusive era uma das que mais o machucou. Conrad não parece, mas é muito sentimental!Quando o ouvi falar so
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Por um momento, pensei em estar perdendo a cabeça.Eu não consegui me controlar e quando me dei conta, estava a ajudando a se despir.Voltamos a nos beijar, com vontade e necessidade. Quer saber? Eu não estava nem ai, naquele momento, eu queria ama-la mais uma vez e amanhã decidiríamos sobre o que fazer para resolver o nosso problema.Naquele momento, a única coisa que não existia ali era controle. Eu nem ao menos sabia onde foi parar a minha toalha.— Tem um preservativo? – Perguntou ela com um tom eufórico, mantendo ainda os lábios próximos para tentar recuperar o fôlego.— Garota, você está esperando um filho meu, quer um preservativo para quê? – Perguntei, dando um riso.— Verdade! – Disse ela, voltando a me beijar, mas naquela hora, travei.A segurei tentando impedir que ela continuasse e me afaste.— Conrad, o que foi? – Perguntou ela, puxando o lençol para se cobrir.— Verdade? Tá, você conseguiu! – Falei, me levantando em seguida. E em questão d
Aria S W A N – Narrando ♛Acordei pela madrugada, notando Conrad ainda adormecido.Me levantei da cama e caminhei até a as portas de vidro, abrindo-as para olhar a linda vista da lua no céu.Eu não senti nenhum pouco de remorso por ter fingindo ao estar com ele e levaria aquele plano até o final. Fiquei observando o céu enquanto alisava suavemente o meu ventre, sentindo uma grande satisfação por saber que logo estaria livre daquele lugar. E de repente, vi alguém passando embaixo da varanda e vinquei as sobrancelhas, encarando-o fixamente.— Pierre? – Perguntei em forma de cochicho, vincando as sobrancelhas. Achei estranho ele estar por lá naquele horário e então, me vesti rapidamente, saindo do quarto em seguida.Fui para fora da casa, seguindo curiosamente até o lugar onde havia o visto e antes de me aproximar, alguém puxou meu braço com rispidez e me prendeu na parede.— Senhora, o que faz aqui? – Perguntou um homem, em forma de cochicho. Eu me assustei e antes que tentasse o olhar
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Eu havia entrado para o banheiro para tomar um banho; odiava chegar da rua e me sentir como se estivesse impregnado com o cheiro pelo cheiro de cigarros e bebidas.Era sempre assim, quando eu tinha que encontrar algum supervisor de uma das empresas sócias a minha empresa.Depois de me sentir mais leve, sai do banheiro, vendo Aria adormecida sobre a cama; ela parecia mesmo ter pegado um resfriado, pois, nem havia percebido que “Zeus” estava ao lado dela.— Já fez as pazes? – Perguntei, vendo-o me olhar e não vir até mim. — Tudo bem, já aceitei que a prefere agora. Eu também a prefiro. Assim que falei, ele simplesmente se levantou e saiu. Sorri com humor ao ver o tamanho deboche do cachorro.— Os cães saem aos donos! – Resmunguei, me lembrando da fala de Deborah, insinuando que os meus Dobermanns continham a minha personalidade.Entrei no closet e me vesti, procurando por uma roupa mais leve e ao sair do lugar, parei na porta, olhando-a de longe.Eu sabi
Conrad M O R G A N – Continuando ♔Eu estava irritado e tinha mesmo que ter uma bela conversa com aquela garota.Tirei a moto da garagem e a coloquei em cima, saindo apressado de lá. Aquilo já aconteceu antes, Deborah sempre foi uma boa companheira de loucuras, mas nunca passou disso.E era antes de eu conhecer Aria.Eu estava com a cabeça a “ Milhão” e nem ao menos conseguia focar no que eu estava fazendo. E para a nossa segurança, freei a moto e sai de lá, ouvindo Deborah vir atrás de mim.— Conrad, o que está acontecendo? – Perguntou ela, me seguindo.Caminhei para dentro da praia e me abaixei, olhando para o escuro mar.Aquele lugar não era habitável, mas ainda assim, tinha uma vista bonita e eu gostava de ir até lá de vez em quando. Minha primeira opção, sempre era um galpão abandonado na cidade, onde realizavam as “corridas clandestinas”.E depois de respirar fundo, escutei os passos da mulher se aproximar e então, ela colocou o capacete no chão, sentando-se ao meu lado.— Vai m
Aria S W A N – Narrando ♛Depois que Conrad saiu com aquela mulher, eu fiquei com muita raiva, confesso.Nunca o vi tão instável como agora. Para mim, ele sempre foi aquele homem resolvido e que tinha uma solução para tudo.Não foi só o nome que mudou, ele também estava muito fora de si, confesso. Só que, eu não achava isso de um tanto ruim, pois, eu estava tendo a chance de conhecer ele de verdade e de novo.Pensei que isso não fosse interferir no meu plano, mas me enganei. Porque assim que ele saiu puxando aquela garota pela mão, não tive vontade de acabar só com o closet dele e sim com tudo o que havia ali.Eu voltei para o quarto e não demorou muito para que eu ouvisse uma gritaria na entrada da casa. E então, me levantei e fui até lá, encontrando Ellen completamente transtornada.— Vamos conversar! – Disse ela, com fúria na voz, vindo até mim em passos pesados.— O que você quer aqui, ele saiu! – Falei, tendo meus cabelos puxados e então, ela me arrastou para o quarto e me empurr
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Passei pelas portas do hospital apressado, senti o desespero me consumir.Eu estava voltando para casa, quando descobri que Aria estava no hospital com risco de perder o meu filho.— Meu filho, não! – Pensei em desespero, subindo as escadas em direção ao último andar. Eu não conseguiria ficar trancado em um elevador, sentindo toda aquela sensação avassaladora me consumir.Abri as portas do quarto e corri até a cama, encontrando-a bagunçada, porém em cima dela, havia um bilhete.“Pela nossa segurança, não me procure nunca mais”!— Porra! – Gritei, empurrando a cama com toda a minha força, caindo de joelhos em seguida. Aquilo não poderia ser real.O barulho foi alto, mas nada comparado ao da minha mente. E quando pensei que ela seria o lugar para onde