Conrad M O R G A N – Narrando ♔Eu havia entrado para o banheiro para tomar um banho; odiava chegar da rua e me sentir como se estivesse impregnado com o cheiro pelo cheiro de cigarros e bebidas.Era sempre assim, quando eu tinha que encontrar algum supervisor de uma das empresas sócias a minha empresa.Depois de me sentir mais leve, sai do banheiro, vendo Aria adormecida sobre a cama; ela parecia mesmo ter pegado um resfriado, pois, nem havia percebido que “Zeus” estava ao lado dela.— Já fez as pazes? – Perguntei, vendo-o me olhar e não vir até mim. — Tudo bem, já aceitei que a prefere agora. Eu também a prefiro. Assim que falei, ele simplesmente se levantou e saiu. Sorri com humor ao ver o tamanho deboche do cachorro.— Os cães saem aos donos! – Resmunguei, me lembrando da fala de Deborah, insinuando que os meus Dobermanns continham a minha personalidade.Entrei no closet e me vesti, procurando por uma roupa mais leve e ao sair do lugar, parei na porta, olhando-a de longe.Eu sabi
Conrad M O R G A N – Continuando ♔Eu estava irritado e tinha mesmo que ter uma bela conversa com aquela garota.Tirei a moto da garagem e a coloquei em cima, saindo apressado de lá. Aquilo já aconteceu antes, Deborah sempre foi uma boa companheira de loucuras, mas nunca passou disso.E era antes de eu conhecer Aria.Eu estava com a cabeça a “ Milhão” e nem ao menos conseguia focar no que eu estava fazendo. E para a nossa segurança, freei a moto e sai de lá, ouvindo Deborah vir atrás de mim.— Conrad, o que está acontecendo? – Perguntou ela, me seguindo.Caminhei para dentro da praia e me abaixei, olhando para o escuro mar.Aquele lugar não era habitável, mas ainda assim, tinha uma vista bonita e eu gostava de ir até lá de vez em quando. Minha primeira opção, sempre era um galpão abandonado na cidade, onde realizavam as “corridas clandestinas”.E depois de respirar fundo, escutei os passos da mulher se aproximar e então, ela colocou o capacete no chão, sentando-se ao meu lado.— Vai m
Aria S W A N – Narrando ♛Depois que Conrad saiu com aquela mulher, eu fiquei com muita raiva, confesso.Nunca o vi tão instável como agora. Para mim, ele sempre foi aquele homem resolvido e que tinha uma solução para tudo.Não foi só o nome que mudou, ele também estava muito fora de si, confesso. Só que, eu não achava isso de um tanto ruim, pois, eu estava tendo a chance de conhecer ele de verdade e de novo.Pensei que isso não fosse interferir no meu plano, mas me enganei. Porque assim que ele saiu puxando aquela garota pela mão, não tive vontade de acabar só com o closet dele e sim com tudo o que havia ali.Eu voltei para o quarto e não demorou muito para que eu ouvisse uma gritaria na entrada da casa. E então, me levantei e fui até lá, encontrando Ellen completamente transtornada.— Vamos conversar! – Disse ela, com fúria na voz, vindo até mim em passos pesados.— O que você quer aqui, ele saiu! – Falei, tendo meus cabelos puxados e então, ela me arrastou para o quarto e me empurr
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Passei pelas portas do hospital apressado, senti o desespero me consumir.Eu estava voltando para casa, quando descobri que Aria estava no hospital com risco de perder o meu filho.— Meu filho, não! – Pensei em desespero, subindo as escadas em direção ao último andar. Eu não conseguiria ficar trancado em um elevador, sentindo toda aquela sensação avassaladora me consumir.Abri as portas do quarto e corri até a cama, encontrando-a bagunçada, porém em cima dela, havia um bilhete.“Pela nossa segurança, não me procure nunca mais”!— Porra! – Gritei, empurrando a cama com toda a minha força, caindo de joelhos em seguida. Aquilo não poderia ser real.O barulho foi alto, mas nada comparado ao da minha mente. E quando pensei que ela seria o lugar para onde
Aria S W A N – Narrando ♛Já havia se passado mais de uma semana que eu estava na casa de campo com Luke.Ele era um bom amigo e foi muito gentil em nos receber; confesso que, se Alex não tivesse tomado a frente em pedi-lo eu não sei o que seria feito da minha vida.Já se passavam das dez da manhã e eu estava separando os vegetais para fazer o almoço, quando vi Luke entrar pelo hall da sala. A casa dele era enorme e iluminada, completamente aberta e cheirava a flores silvestres.Era um lugar aconchegante e a cena de vê-lo passar pelas finas cortinas brancas, vestindo uma regata cinza e uma calça de moletom marcante, dava a impressão de que eu estava em uma cena de filme.Minha nossa! – Pensei, enquanto o observava se aproximar.Ele era muito gato, confesso! Dono de um corpo trabalhado e sensual e mesmo que, não chegasse aos pés de Conrad,
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Pilotei com toda velocidade que pude, ansioso para chegar logo em Lawson City.A senhora Fins havia me ligado durante a noite, mandando que eu estivesse em uma certa cafeteria na cidade, parecia ser a principal e mais bem movimentada da cidade, por ficar perto da estrada.Na cidade, havia muito verde e flores. Era uma área puxada para plantações e vinícolas e geralmente eu só passava por aqui, nunca havia entrado para conhecer as vilas.Desci da moto, ticando o capacete em seguida, para entrar no estabelecimento e assim que passei pela porta, procurei por uma mesa bem distante, para que eu pudesse me sentir a vontade. E então, uma garçonete se aproximou.— Bom dia! Está só de passagem? O que vai querer? – Perguntou ela, sorrindo de forma extravagante.— Um café bem forte, por favor! – Pedi a ven
Aria S W A N – Narrando ♛Horas atrás...Eu estava desolada; completamente perdida.Ia contar para Conrad que eu havia mentido para ele e claro, junto a confissão, falar o que verdadeiramente aconteceu na última vez que nos vimos.Eu estava com ciúme; não conseguia parar de pensar nele com Deborah e em várias coisas que ele poderia ter feito com ela. Só de pensar nas cenas quentes de Conrad a tocando e a causando as mesmas sensações que causava em mim, já sentia a raiva tomar conta dos meus sentidos.Mas pelo visto, não foi o que aconteceu. Graças a Sharon decidi voltar atrás do meu plano, mas parece que nada estava a meu favor.E quando ele passou por mim no café, foi difícil segurar o choro vendo o homem que eu amava partir. Eu sabia que ele me culparia por nunca ter contado a verdade.<
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ “Conrad” – Ouvi alguém me chamar e então, parei a moto ao lado da Deborah, que correu até mim, mas parecia ter tropeçado em algo antes de se aproximar. A minha primeira reação foi segura-la, mas a cena não era tão fácil para quem assistia. Já éramos considerados um casal naquele lugar e eu entendia bem e por isso não me importei; um cara solteiro, sem muito a se saber a respeito, que responde por “Gemine” e que poucos sabem quem ele verdadeiramente é. Ele está sempre ao lado de uma mulher mais nova e que para eles, é muito desejável. Então, as pessoas acabam criando “merda” na cabeça delas e felizmente é o que faz vender. Nesses tipos de corrida, o visual era o que mais importava. Me refiro não só a moto, mas também me refiro as pessoas que as pilotam. Praticamente, usamos a nossa imagem a nosso favor e isso facilita muito. Só que, as coisas não eram tão fáceis assim naquele momento. Eu encarei ela com um olhar frio e então, ela abaixou a cabeça.