Senhor M O R G A N – Narrando ♔Aquela cena foi lastimável, mas era tudo o que eu podia contar a ela.Aria estava hesitante em deixar que eu me aproximasse e com toda razão. Então, a prendi em meu peito, ouvindo-a chorar .— Você está mentindo! Você nem tem irmãos, certo? – Perguntou ela, se afastando para me olhar. — Acabamos de nos casar e você não morreu e ainda me ama!— Aria! – Falei a vendo dar um passo para trás. — Eu não sou ele!Naquele momento, ela balançou a cabeça em negação.— Para, já chega! Desde que você voltou tudo está uma bagunça e isso que você diz não tem cabimento! Eu sinto que, não sei quem você é, fica longe de mim! – Falou ela, me dando de costas.Naquele momento, corri até ela e a segurei, abraçando-a e a mantendo de costas para mim.— Escuta o que eu tenho para te falar! — Eu não quero! – Disse ela, tirando minhas mãos dela e se virando para me olhar. — Até agora, você era a pessoa que eu mais amava e agora ela não existe? Por que? E desde quando você se
Aria S W A N – Narrando ♕Esperei que toda aquela conversa se acalmasse e abri a porta do quarto vagarosamente.Estava tudo escuro e um forte cheiro de comida vinha do andar de baixo.Respirei fundo e quando ia dar um passo, me assustei ao ver ele encostado na parede.— Vai a algum lugar?— Conrad! – Respondi, levando a mão ao meu peito, tentando acalmar meus batimentos. — Quer me matar?— Vejo que já fez a lição de casa! – Respondeu ele, me empurrando para dentro. Assim que ele entrou, se assustou com a bagunça que eu havia deixado o quarto dele. — Que raios...?— Bom, tive que procurar algo que me informasse sobre o meu marido barra sequestrador! – Respondi com ironia, o vendo travar o maxilar.Ele se virou para em olhar e então, segurou meu braço com aspereza.— Você está se achando esperta, não é mesmo? E agora? Vai começar a se rebelar? – Perguntou ele entre dentes, me encarando com os olhos escurecidos.— Você disse que me odeia, então, me odeie mais. Já que não vai me deixar sa
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Meus cães eram meus únicos companheiros até Aria chegar. Na casa, tem alguns serviçais e antes tinha a minha avó, mas agora era diferente, ela estava mais iluminada. Eu até estava desistindo de odiar aquela mulher! Por que ela estava me fazendo sentir confuso? – Me perguntei, perdido em meus pensamentos, enquanto tocava meus lábios com uma mão e acariciava as orelhas de Zeus com a outra. O cachorro parecia até me entender, mas ao mesmo tempo, mostrava-se perdido como eu. A final, a imensa casa que mais parecia com um castelo do Drácula, de repente deu uma agitada. — Você concorda, garoto? Não deveria! – Resmunguei, sorrindo para ele, que logo se afastou para acompanhar o irmão. Os dois cães tinham livre acesso na casa e não eram “brutos” como aparentavam. E eles ficavam mais na biblioteca, ali era como o território deles. Me levantei e fui até a lareira, me abaixando em frente enquanto observava o fogo queimando. Desde pequeno, sempre fui do tip
Aria S W A N – Narrando ♕Ouvir aquelas palavras de Conrad, fez com que eu pensasse de forma coerente.Ele tinha razão! Eu já estava na merda e as chances para que tudo piorasse seriam enormes. Na verdade, não me importo com as consequências, mas não era hora para pensar em mim e sim naquele bebê.Me levantei, ainda mantendo nossos olhos fixos e então, apertei a mão dele o vendo me olhar com um pouco de surpresa.— Não vale volta atrás, hein! – Disse ele, com um leve humor.— Isso vale para você também! Você disse que me protegeria, então terá que engolir o seu ódio por mim. – Falei o vendo sorrir e então, ele puxou meu braço, nos aproximando.— Eu não te odeio mais. Você me mostrou ser uma mulher inteligente! – Disse ele com sarcasmo, me soltando. O olhei desacreditada e então, Conrad sorriu e saiu.— O .. O quê? – Perguntei desacreditada, olhando para a porta e então, apontei o dedo.Aquele louco sorriu? – Pensei, achando aquilo muito confuso.Respirei fundo e fui até a cortina, ten
Aria S W A N – Continuando ♕Aquela mulher me causava arrepios. Na primeira vez que a vi, pensei que ela fosse uma mulher exuberante, me enganei.— Oi Aria, não vai falar comigo? – Perguntou ela, se aproximando.— Oi Ellen! – Falei a vendo se assustar e vincar as sobrancelhas.—Ah! Quase me esqueci que somos cunhadas agora. Me acostumei tanto com “senhora Morgan” que isso saiu estranho de você! – Disse ela, se afastando e indo até as escadas.Olhei para ela confusa, estranhando aquela liberdade toda e então, ela sorriu e encarou Mercês em seguida.— Avisa Conrad que estou o aguardando no quarto. – Disse ela, fazendo menção de subir, mas Mercês logo se aproximou a impedindo.— Senhora, o senhor Morgan pediu que eu a avisasse que, se a senhora aparecer o escritório está a sua disposição. Lá é o lugar de descanso da senhora Morgan.Assim que ela disse aquilo, a olhei em seguida para Ellen.— Bom, se quer falar com ele a partir de agora, deverá usar o escritório. No quarto, as reuniões de
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Pouco tempo antes... Eu já havia me esquecido de como era a adrenalina de pegar a moto e correr sem rumo. Eu precisava daquilo; aliviar a minha mente de peças que ela mesmo estava me pregando. E agora, eu já estava voltando para casa. Não era engraçado? Fugir de lá para me livrar dela e voltar para vê-la? Já estava noite quando eu retornei; a casa estava silenciosa e Mercês estava tirando a mesa do jantar, que por incrível que pareça, parecia estar intacta. — Senhor Morgan, bem-vindo de volta! – Disse ela, dando um passo para trás da mesa ao me ver. — Onde ela está? – Perguntei, vincando as sobrancelhas, me sentindo confuso. — Ela se trancou na biblioteca e ainda não saiu. – Disse ela, me causando uma certa preocupação. — Quer que eu leve a comida? — Está tarde, deixe apenas um chá preparado. – Falei, subindo apressadamente os degraus e ao ir até o fim do corredor do segundo andar, abri a porta da biblioteca, encontrando-a adormecida sobre os li
Aria S W A N – Narrando ♛“Querida Aria,Se está lendo estas palavras, provavelmente é porque não estou mais entre vocês. Eu sinto muito por estar sabendo dessa forma!Primeiramente, quero me desculpar por ter sido o tipo de homem que você mais abomina. Eu juro, também sofri muito com as minhas atitudes e agora, pago um preço irreversível por isso, acredite!Durante o tempo que passamos juntos, pensei que você fosse um presente enviado do céu para me fazer ter esperanças mais uma vez, porém, percebi se tratar de um castigo, quando tive que te deixar, pagando esse preço aqui mesmo na terra. Você foi o sol que aqueceu os meus dias, mas confesso que, a tive por pura inveja, pois, essa luz não era para mim. E eu a roubei e me arrependo. Eu sinto muito! Fui egoísta e quis tirar de alguém a cura de toda solidão. Me aproveitei das fraquezas da única pessoa que sempre esteve comigo, inclusive era uma das que mais o machucou. Conrad não parece, mas é muito sentimental!Quando o ouvi falar so
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Por um momento, pensei em estar perdendo a cabeça.Eu não consegui me controlar e quando me dei conta, estava a ajudando a se despir.Voltamos a nos beijar, com vontade e necessidade. Quer saber? Eu não estava nem ai, naquele momento, eu queria ama-la mais uma vez e amanhã decidiríamos sobre o que fazer para resolver o nosso problema.Naquele momento, a única coisa que não existia ali era controle. Eu nem ao menos sabia onde foi parar a minha toalha.— Tem um preservativo? – Perguntou ela com um tom eufórico, mantendo ainda os lábios próximos para tentar recuperar o fôlego.— Garota, você está esperando um filho meu, quer um preservativo para quê? – Perguntei, dando um riso.— Verdade! – Disse ela, voltando a me beijar, mas naquela hora, travei.A segurei tentando impedir que ela continuasse e me afaste.— Conrad, o que foi? – Perguntou ela, puxando o lençol para se cobrir.— Verdade? Tá, você conseguiu! – Falei, me levantando em seguida. E em questão d