James - Investigação SombriaA noite ao redor do hospital estava tomada por um silêncio pesado, quase sobrenatural. Eu e Harry estávamos do lado de fora, observando cada movimento na rua com olhos atentos, como dois predadores à espreita. O ar frio trazia consigo uma sensação incômoda, como se algo nos observasse, escondido nas sombras. Mas não podíamos nos dar ao luxo de baixar a guarda; qualquer descuido e tudo o que fizemos até agora poderia ir por água abaixo.Harry olhou ao redor, o olhar meticuloso percorrendo cada canto das sombras projetadas pela iluminação fraca do estacionamento. — Precisamos ter certeza de que não estamos sendo seguidos — murmurou para mim, sua voz baixa e calculista. Sabíamos que o mascarado poderia estar em qualquer lugar, aguardando a oportunidade perfeita para atacar – ou pior, para seguir cada um dos nossos passos.Eu assenti, sentindo a mesma cautela. A ideia de que o mascarado pudesse estar próximo, antecipando nossos movimentos, me deixava inquieto
Hyun Meus olhos se abriram lentamente. Minha cabeça latejava, e meu corpo parecia totalmente anestesiado, mas, de alguma forma, ainda sentia um desconforto profundo. O ambiente estava tão claro que precisei piscar algumas vezes até minha visão se acostumar. Estou no hospital? Onde estou exatamente? Lembro-me de um acidente, mas… e depois disso? O que aconteceu?, pensei, confuso.Eu mal conseguia entender meus próprios pensamentos. Tudo estava estranho, embaralhado. Meu corpo, mesmo coberto, permanecia gelado, sensível como se estivesse vulnerável. Minha boca estava seca, meus braços pesados e fracos. Notei a presença de agulhas intravenosas em ambos os braços. Definitivamente, minha situação não era das melhores, mas fiquei grato por ter acordado. Soltei um suspiro pesado, sentindo a dor em meu peito, como se eu tivesse sido arrastado.— Hyun! Meu filho! Hyun, é você mesmo? Está salvo, meu filho! — a voz do meu pai rompeu o silêncio, e ao virar a cabeça em direção à porta, vi meus pa
Observei Jimin parado na porta, com aquela cara de sínico dele que eu já conhecia. Ele me irritava só de está parado ali. Até porque, ele beijou a menina que eu amo, mesmo sabendo o que ambos sentíamos. — Se não vai sair, entra e fecha a merda da porta. — rosnei, enquanto o encarava com um olhar frio e de repulsa. — Calma, calma reizinho — murmurou Jimin se aproximado com as mãos para cima. Enquanto um sorriso irônico dançava em suas lábios. — Ótimo, mereço mesmo. — indaguei revirando os olhos lentamente. Me ajeitei na cama, notando ele se aproximar das poltronas, logo puxando uma para mais próximo da cama e se sentando. — Você está melhor? — disse ele me encarando. — Estava até te ver — cuspi, enquanto o encarei de volta. — Você já foi mais simpático Hyun, não seja assim comigo, Tch — disse ele segurando o riso. — Até parece que eu já fui simpático com você antes. Seu idiota! — disse em baixo tom, enquanto me ajeitei novamente na cama. — Ok ok, me diz uma coisa. Por que você
— Ah, demorei, é? Pois eu entro no momento certo, meu caro lobo branco! — Taemin disse, espalhafatoso, abrindo os braços enquanto vinha na minha direção. — E esse hospital, hein? Pra um Lee, eu esperava algo mais “primeira classe”. Isso aqui é decente, mas falta um toque de luxo, sabe? — Ele lançou um olhar crítico ao redor do quarto, como se estivesse inspecionando cada detalhe.Ele entrou com aquela energia de sempre, como se estivesse chegando a uma festa e não a um quarto de hospital. Um sorriso travesso estava estampado no rosto, e ele trazia um brilho de empolgação nos olhos que só ele tinha.Taemin Han era filho de um político influente e de uma mãe famosa nas redes sociais, uma influencer que aparecia nas capas de revistas e eventos de gala. Mas, apesar de todo o brilho e popularidade dos pais, ele odiava o mundo vazio que eles representavam. Cresceu sozinho, cercado de luxo, mas sem o calor de uma família verdadeiramente presente. Essa solidão foi o que nos aproximou, a mim e
— Então, quem era? Droga — Taemin perguntou novamente, ainda intrigado com o telefonema que eu acabara de atender.Suspirei, lançando um olhar sério para os dois ali — Vocês não vão acreditar, era o mascarado. O mesmo cara idiota que me sequestrou.Jimin parou, os olhos arregalados, segurando o lamén como se tivesse esquecido que estava ali. — Espera, ele? Aquele cara realmente te ligou? O que ele está pensando? Isso não faz o menor sentido.— Sim — confirmei, cruzando os braços, pensativo. — Ele não disse muito desta vez, apenas fez questão de lembrar que está de olho em mim. Mas isso me fez lembrar de algo que ele disse enquanto eu estava amarrado naquela cadeira, na noite em que vi o rosto dele de perto, mesmo que coberto pela máscara.Taemin e Jimin se aproximaram, atentos, enquanto eu continuava. — Naquela noite, ele não economizou ameaças. Disse que iria arruinar minha vida completamente. Que tomaria tudo que era meu. Ele quer minha família, minha riqueza e a Bella também.— O
Após o brinde improvisado, relaxei na cama, rindo das piadas dos garotos. O celular vibrou em minhas mãos, e ao olhar a tela, vi o nome de Mirae. Eu já tinha ouvido falar muito dela, mas só a conhecera pessoalmente poucos dias antes de ser sequestrado, em um evento de polo onde nossas famílias foram apresentadas formalmente. Sabia que meus pais tinham uma expectativa de que aquele encontro fosse algo mais, talvez até o início de um possível compromisso. Mas o último que eu queria era ser controlado pelos planos e desejos da família.A mensagem dela dizia: “Hyun, fiquei sabendo do que aconteceu... Você está bem? Estou preocupada. Me avisa se precisar de alguma coisa, por favor. Eu quero ir te ver.”Soltei um suspiro, claramente incomodado, enquanto digitava uma resposta rápida e curta, tentando não dar muitos detalhes.“Estou bem, obrigado. Não precisa se preocupar”respondi, querendo cortar a conversa antes que ela se aprofundasse.Taemin percebeu a expressão no meu rosto e arqueou a
Assim que o carro da minha família parou em frente à entrada imponente da mansão Lee, uma sensação de acolhimento envolveu o ambiente. Os empregados, de postura sempre discreta, tinham sorrisos genuínos ao me verem retornando. A casa inteira parecia respirar um alívio visível, com um murmúrio de entusiasmo entre os funcionários ao redor, sussurrando entre si e trocando olhares animados. Eu sentia que, depois de tudo pelo que havia passado, aquele lar era meu refúgio seguro.Ao descer do carro, Taemin e Jimin estavam prontos para me apoiar, cada um de um lado, como se fossem meus guarda-costas informais, embora ainda mantendo o tom descontraído. Meu pai, logo atrás, sorriu ao nos ver juntos e, com um aceno autoritário, chamou a atenção dos empregados.— Preparem o quarto dele imediatamente, quero tudo em ordem. E vocês dois — disse ele olhando para Taemin e Jimin — não o deixem fazer nenhuma besteira. Estou de olho em vocês, hein.Os meninos deram uma risada e acenaram com a cabeça.—
Notei o comportamento de Taemin e franzi o cenho. — O que foi, Taemin? Você tá com essa cara de choque aí. Parece que viu um fantasma. Fala logo!Taemin piscou algumas vezes antes de soltar uma risada desacreditada. — Cara, vocês não vão acreditar no que eu acabei de descobrir.Jimin, que estava no canto do quarto organizando algumas roupas para a festa, olhou por cima do ombro, curioso. — O que foi? O que está acontecendo?— Vocês lembram do Hyeon Bae, certo? O cara que todo mundo idolatra, herdeiro, bom em tudo, tipo ‘o cara perfeito’ que nossos pais adoram comparar com a gente — Taemin começou, deixando o suspense no ar.Ergui uma sobrancelha, tentando lembrar. — Claro que lembro. Ele joga futebol como um profissional, tira as melhores notas, todo mundo quer ser amigo dele. — Dei de ombros, ainda sem entender. — Mas, por que isso importa agora?Taemin balançou o celular com empolgação. — Ele foi preso.O choque foi imediato. Jimin e eu ficamos boquiabertos, encarando Taemin co