Marina,Ao chegarmos, ele desce primeiro e abre a porta para mim, pega a bolsa e me conduz até a porta de entrada. Ele a abre, e me leva até a sala, onde os dois estão sentados. Eles olham para mim, e os olhos da mãe dele seguem direto para o Dante.— Quem é esse pequeno? — Ela se levanta e se aproxima mais de nós.— Ele é meu filho. — Ela olha para trás, para o pai do Ethan, e volta a olhar para mim.Ela estende a mão pedindo para pegar ele no colo, e mesmo apreensiva, eu deixo, já que o Dante logo sorri, se arreganhando para ela.— Nossa, ele é igualzinho ao Ethan quando era bebê. — Meu coração para de bater. Eu preciso sair daqui, ir para bem longe com o meu filho. O pai dele se levanta e se aproxima de nós dois, e olha bem para o Dante.— É seu filho, Ethan?— Não, mas considero como se fosse, já que é filho da minha namorada. — Fecho os meus olhos e sinto o suor escorrendo na lateral da minha testa. Parece que tudo está desmoronando sobre a minha cabeça. — Mas a semelhança é apen
Ethan,Ela olha de um lado para o outro antes de responder, mas eu não saio sem sua resposta. Preciso ver ela dançando, preciso dela como um sedento precisa de água.— Eu não sei, não quero transformar a minha casa em um bordel. Meu filho mora aqui, e eu não quero desrespeitá-lo.— Não vai, você diz que não faz programa, e não vai fazer. Você só vai dançar. Por favor, me deixe te ver pelo menos dançando, já que não posso te ver de outro jeito, e nem te tocar da forma que eu quero. — Seguro em seu queixo, e ela abaixa a cabeça sorrindo. — Eu pago essa dança, o valor que você pedir.— Tá, vou dançar. Me espera aqui sentado e não se mexa. — Me sento no sofá, e ela segue para o quarto. Tô doido para fumar, mas, não posso fazer isso aqui na casa dela. Um dia vou fazer ela dançar para mim na minha casa, assim vou me sentir mais à vontade.— Vou lá fora rapidinho fumar.Quando eu penso em me levantar, ela aparece com um sobretudo preto e um salto. Fico animado, mas ficaria mais se por debaix
Ethan,Quem me dera se o Dante fosse o meu filho, assim eu teria ido ao céu por ter a Marina em meus braços. Nego com a cabeça, e meu pai me olha desconfiado.— Sua mãe pegou uns fios de cabelo dele. Vai fazer o exame de DNA. Espero que não esteja mentindo para mim, Ethan.Essa culpa eu não vou carregar. Não tem a mínima condição do Dante ser meu filho. Vou até a sala de jantar, e tomamos café juntos.— Vamos voltar para a Califórnia ainda hoje, vamos fazer o exame lá.— Ah não, James. Vamos fazer aqui. Eu já separei tudo para levar ao laboratório.— Lá é melhor, docinho. Aqui pode haver manipulação. — Ele fala olhando para mim. Nego com a cabeça e termino de comer.Minha mãe pede para ir buscar a Marina e o Dante, para ficar aqui e levar eles até o aeroporto, pois ele acredita fielmente que o Dante seja meu filho. Não gosto de deixar minha mãe triste. Seria o primeiro neto dela, mas, não tem como. Ela vai se surpreender com o resultado.Sigo para a casa da Marina, e assim que ela abr
Marina,A noite chega. Estou arrumada, e o Dante já está com a Karen. Estou na sala esperando ele chegar para esse tal jantar. Ethan é tudo que uma mulher poderia querer. Ele é lindo, rico, e cavalheiro, mas eu não sei se me sinto segura com ele. Afinal, querendo ou não, ele está buscando uma mulher que trabalha em um bordel. Poderia fazer isso outras vezes.Essa obsessão dele por mim pode se virar logo para outra. Talvez só esteja no meu pé porque eu não o quis. Luma sempre me dizia que o homem fica doido quando não consegue algo, mas depois que consegue, acaba perdendo o interesse. E esse é o meu medo: de me entregar, ficar toda apaixonada, e ele simplesmente sumir, indo atrás de outra.A buzina toca, e eu saio de casa indo de encontro com ele. Ele desce, abre a porta para mim sorrindo.— Está muito linda. — Sorrio com vergonha e me sento no banco ao lado do motorista. — Espero que goste do jantar e da nossa conversa.— Sobre o que iremos conversar?— Calma. Será durante ou depois d
Marina,Fecho os meus olhos, já esperando o pior. Ouço o carro parando, mas vejo ele indo embora em seguida. Sinto braços tocando em mim, e começo a gritar.— Me solta, não me machuca, por favor...— Calma, Marina, sou eu. — Olho para trás e começo a chorar. Ele me levanta, e eu o abraço bem forte. Mas, depois me lembro que isso foi por culpa dele que me largou sozinha no restaurante, e o empurro.— Você é um covarde. Me deixou sozinha naquele fim de mundo, sabendo que eu não poderia ir para casa dali.— Eu sei, me desculpa. Por isso voltei. Vi você correndo e vi o carro que estava te seguindo. Peguei a placa e vou denunciar. Vem, deixa eu te levar para casa. Me desculpa.Entro no carro, não por ter perdoado ele, mas porque não quero passar por isso de novo. Seguimos em silêncio. Eu nem olho para ele, mas fico imaginando tudo que poderia ter acontecido comigo se ele não tivesse chegado naquela hora.Ele para o carro de frente para minha casa, e sem olhar para ele, eu desço correndo e
Marina— Posso te beijar? — Ele fala com a postura, o nariz roçando em meus lábios. Empurro ele, e seus olhos se perdem nos meus.— Não. Você foi um mimadinho ontem, e quase acontece o pior comigo. Você me tirou de casa e me largou na rua, como muitos fazem quando abandonam um cachorro. Eu só vim trabalhar hoje, porque você exigiu para ser eu, e a minha patroa não queria me dar outro emprego. Então, vim praticamente obrigada para cá.Ele fecha os olhos, puxa o ar lentamente e depois solta com tudo. Repete mais uma vez, e eu aproveito a deixa para me abaixar e sair do seu aperto. Pego o carrinho, e ele olha para trás, me vendo indo embora, sem falar nada.Esse cara deve ter sérios problemas mentais. Uma pessoa normal não reage dessa forma. Como que ontem ele sai do restaurante todo irritado, e depois fica fazendo essas cenas, tentando me seduzir? Ou é loucura só para me levar para a cama, ou é distúrbio psicológico.Nem consegui limpar o chão da sala dele. Só falta ele fazer reclamar c
Ethan,Depois que eu terminei os estudos, fui obrigado pelo meu pai a fazer faculdade de administração, pois ele sempre me disse que eu ocuparia o seu lugar na empresa aqui na Califórnia. Mas a verdade é que eu não gosto muito dessas coisas de obrigação.Gosto mesmo é de curtir a minha vida, mas ele sempre tenta me segurar para não passar dos limites. Muitas vezes eu fugia de casa só para ir para as baladas, e como dinheiro compra tudo, conseguia entrar em qualquer uma. Mas, meu pai parecia ter colocado um rastreador em mim, e sempre me buscava e me levava para casa.Não gosto desse controle que ele está querendo ter sobre mim. A vida é minha, e eu devo fazer as minhas escolhas. Mas, percebi que eu só ia ter a minha liberdade mesmo, quando eu terminasse a faculdade que ele tanto queria. Pensei que, depois de formado, e trabalhando na empresa, ele me deixaria em paz, e eu poderia conciliar trabalho com diversão.Tentaram até trazer algumas mulheres aqui, para fazer um casamento, mas ne
Ethan,Ela vem ao meu chamado, e se abaixa para me ouvir.— Dança para mim, em particular?— Aí sai mais caro, chefe.— Eu pago! Pago o preço que você pedir. — Ela sorrir e aponta para o lado. Vou até lá e falo com a gerência. Pago 100 dólares para ela dançar para mim por 10 minutos. Ela desde do palco e eu vou atrás dela. Coloco a mão na frente, como se estiver pegando na cintura dela, medindo para ver se meus pensamentos realmente estava certos. Ela abre a porta e manda eu entrar e me sentar na cadeira. Ela vai até o aparelho eletrônico, coloca uma música e começa a dançar no pole dance.As luzes começam a piscar num tom avermelhado, mas eu fico focado nela, pois é tudo que me interessa. Levo o copo da bebida até a minha boca, dou um gole para molhar a minha garganta, que começa a secar com tanto desejo que estou por ela. A dançarina parece desafiar a gravidade quando sobe no poste e dança lá em cima.Ela roda e vai descendo, e, ao pisar no chão, começa a fazer movimentos sensuais.