Na quarta eu acordo com o bip do meu despertador, levanto da cama na força do ódio, confiro minhas mensagens, mas só tem algumas no grupo das meninas e alguns no Direct do Instagram, mas depois eu vejo isso.
Vou tomar banho, e quando termino vou direto ao meu guarda roupa para ver qual será o look de hoje. Olho a previsão do tempo e diz que tem 50% de sol durante o dia, e parcialmente nublado, então eu pego uma calça jeans azul e um pouco rasgada, uma blusa regata curta e preta, um casaco branco e preto, e por fim um tênis preto. Maquiagem leve, um delineado simples e um batom rosa nude. Estou pronta!
Pego minha bolsa, meu celular e meus fones, e vou pra escola.
Na metade da primeira aula, eu escuto meu celular vibrar embaixo da minha mesa e o pego discretamente.Elias Wayne:
- Estou entediado. O que você está fazendo?<
Desci as escadas correndo, peguei uma bolsa pequena e coloquei meu celular e dinheiro, chamei o táxi e fiquei desesperada procurando pelos meus saltos, os avisto embaixo da mesa da cozinha – não faço a menor ideia de como ele foi parar lá, mas não tenho tempo de questionar isso agora – na correria eu acabo batendo a coxa na quina da mesa, solto todos os palavrões que eu conheço e me abaixo para pegar os saltos, os calço e escuto o táxi buzinar.Pego o resto das minhas coisas e saio de casa, tranco a porta e finalmente entro no táxi, digo o endereço ao motorista e ele segue. De repente meu celular começa a tocar Without Me - Halse, é o toque da Diana, eu atendo.— Eu já estou chegando. — Falo assim que atendo.— Anda logo! Estamos te esperando na entrada.— Já estou virando a esquina. — Digo e a música já invade o carro. — Estou vendo vocês! — Eu desligo o celular e o carro para, eu desço e o pago. As meninas vem na minh
— Se lembre da aposta. — Digo sarcasticamente para disfarçar o quanto essa última frase me afetou.— Foda-se essa aposta, sinceramente. — Eu arregalo meus olhos e ele sorri, divertido. — Eu quero você, Rebeca Linor. Eu quero você há muito tempo, por Deus, eu quero poder te beijar sem me preocupar se estão nos vendo, não sou tão idiota a ponto de negar o que estou sentindo nem por mais um minuto… porque eu só penso em você, Rebeca. — Eu dou um passo pra trás, sentindo o peso desse momento e do que isso significa para nós.— Então por que ficou nos últimos dias? —Falo séria, sentindo um nó na garganta e um nervoso gigantesco.Essa foi a única coisa que passou pela minha cabeça, foi a única coisa que meu cérebro permitiu raciocinar: se ele gosta de mim, por que não falou comigo ontem, não me mandou mensagem, nem me provocou, as provocações é a forma que nos comunicamos na maior parte do tempo. Ele segura minhas mãos e entrela
Eu acordei com o sol batendo no meu rosto, precisei de alguns segundos para me acostumar com a claridade e apalpo a cama ao meu lado esperando encontrar Elias ao meu lado, mas quando não o encontro, sento na cama e bocejo sonolenta.Me levanto e cato algumas roupas do chão e visto, pego minha bolsa na mesa de cabeceira e a abro a procura do meu celular me sentindo um pouco preocupada e ansiosa. Quando o acho, ele está descarregado, pego o meu carregador e o conecto na tomada.Mas quando escuto uma porta abrir e olho na direção do som, vejo o Elias com uma calça moletom, sem camisa e com os cabelos pingando, com uma toalha no ombro e um sorriso angelical no rosto. Eu fico um pouco hipnotizada com a cena, mas, ainda assim, aliviada por ele estar aqui. Algumas gotas de água escorrem pelo seu peito e refletem a luz do sol de um jeito irritantemente sexy.— Bom dia. — Diz sorrindo e vem em minha direção para me dá um selinho. Eu só olho pra ele, sem falar nada. —
Chego em casa e vou direto para o meu quarto, jogo a fantasia de lado, tiro os saltos e solto um longo suspiro, mas sorrio sentindo um frio na barriga ao lembrar dos lábios do Elias nos meus.Me jogo na cama e fico olhando para o teto pelo o que parece horas incessantes, pensando em nós, pensando se eu consigo dar conta do recado que é o Elias, ou se eu sou o suficiente… não só para ele, para mim mesma também. E quanto ao sexo? Quase fizemos isso ontem e parecia tão certo! E ele é bem experiente, não tenho dúvidas quanto a isso levando em consideração o que ele fez comigo, eu mal conseguia respirar!Eu o quero, deus sabe que sim, mas e se eu não estiver pronta para isso?Eu me levanto da cama e até meu armário, preciso escolher uma roupa para encontrar meus amigos mais tarde. Tiro a roupa da irmã do Zachary e a jogo na cama, vou colocar para lavar e depois levo para ele.
— Oi? — Ele diz e o Jeremy vem até nós, me dá um beijo na bochecha e diz:— Vou ficar te esperando no quarto, okay?— Tá bom. — Digo e fecho os olhos, me concentro. Não ri, não ri, não ri! O Jeremy sai e eu olho para o Elias.— Que merda é essa? — Ele me olha bravo.— É só o Jeremy, está com ciúmes?— É claro que eu estou com ciúmes, você está de brin…?— Eu não o deixo terminar a reclamação, o puxo e o beijo lentamente.— Ele é gay. — Digo ao seu ouvido. Sinto seus músculos relaxarem imediatamente.— Se você quer me matar, não acha mais fácil me dar um tiro? — Eu rio e o abraço.— Não seja bobo! Vem. — O puxo pela mão e nos sentamos em um balanço de madeira que tem na minha varanda.Eu olho pra ele, que observa a rua em silêncio e ainda segurando minha mão. Respiro fundo. Depois de tudo o que passamos, tudo o que falamos um para o
Aquele idiota, imbecil, babaca, tarado, sem noção… faz parte de mim, e não me sinto completa mais, ele realmente é uma droga, deve ser a mais viciante do mundo, deveria até ser proibido!Mais uma segunda feira chega e eu tenho que me levantar para ir para a escola. Frustrada, me arrasto até meu guarda roupas e só pego a primeira coisa que tem à minha frente.Vou pra escola em passos lentos e, quando chego lá, me sento no fundo da sala, longe dos meus amigos. Eles tentam me animar e me chamam para que eu me junte a eles, mas eu só fico na minha de novo e mais uma semana se passa assim, até que chega a sexta-feira e é o dia do trabalho com a turma do Elias.— Bom, alunos, como o resultado do último trabalho junto com a turma do terceiro ano foi muito bom, eu decidi fazer outro trabalho juntando as duas turmas, mas dessa vez eles que vão vir até nós, e vocês que vão fazer os experimentos. — A turma comemora, e meus olhos bri
E o dia corre normal até, mas não consigo me manter concentrada em praticamente nada o dia inteiro, minha ansiedade está tão forte que eu não consigo pensar em outra coisa a não ser o garoto mais inconveniente do mundo... o mesmo garoto que mais atiça os pensamentos mais errados e meus sentimentos mais eróticos, junto com o carinho e a saudade quando eu lembro que não estou com ele por causa do meu medo.Eu tenho medo de amar ele. Eu tenho medo de me perder nele. De depender dele. De não conseguir viver sem ele.Eu seria capaz de ama-lo tanto a ponto de não conseguir viver sem ele? Alguém pode me dizer como é amar alguém incondicionalmente, alguém sem ser os nossos pais? Eu estou apaixonada por ele e não vou mais negar esse fato.É diferente quando ele me toca, quando ele me beija, quando estamos em um quarto e eu nos imagino na cama, eu quero ele, quero tanto ele.Já coloquei os livros nas prateleiras erradas umas três vezes,
— Beca, eu posso explicar! — Diz andando na minha direção com uma expressão preocupada, quase desesperada, para falar a verdade.— Não precisa explicar nada Elias, você não me deve satisfação alguma! — Eu tiro a pulseira e jogo pra ele, que a pega. Ele olha pra mim como nunca olhou antes. Quantos olhares ele ainda me esconde? — Tenham uma boa noite. — Dou as costas pra eles voltando para o quarto da Diana.Bato na porta repetidamente até que ela vem abrir, ela nota meu estado imediatamente.— O que houve? — Diz com o cenho franzido e eu vou em direção a minha bolsa.— Nada. — Posso ouvir meu coração batendo violentamente contra meu peito.— Ah, qual é, não pode ter sido tão ruim. — Jogo tudo que é meu dentro da bolsa e a coloco sobre o ombro.— Foi pior. — Ela parece prender a respiração por um segundo, mas eu nego com a cabeça. — Eu preciso ir embora, falo com você depois.Sem esperar uma resposta, saio correndo de lá e vou pra casa.&