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CP-04 Entregues ao desejo

Durante o café da manhã, conseguimos resolver todos os detalhes sobre a nova loja. Foi um pouco difícil controlar os ânimos dos dois, com um querendo provar ser melhor que o outro, mas no fim deu tudo certo. Quando trabalham juntos e deixam as desavenças de lado, até que formam uma boa dupla. Há pouco, quando terminamos a reunião, Alex se despediu, alegando precisar supervisionar a reforma, e Caio saiu em seguida, sem me dizer para onde ia. Eu sei que não devo desconfiar tanto dele, mas é difícil depois de tudo o que aconteceu.

Assim que volto para o quarto, me deito e tento relaxar — ultimamente, por conta da gravidez, ando me sentindo mais cansada que o normal —, mas é difícil, com tantos pensamentos tumultuando em minha mente; tantos problemas. Preciso voltar logo para casa para dar início ao meu pré-natal. E também há a Dulce. Ela não vai desistir tão rápido do Caio.

Acaricio a minha barriga enquanto penso nele; no quanto o amo. Queria tanto que as coisas fossem mais fáceis, que eu pudesse ter uma gestação tranquila... E, em meio a tantas divagações, acabo adormecendo.

Um tempo depois, acordo ouvindo batidas na porta. Quando me volto para o relógio, vejo que já são duas da tarde e eu ainda não almocei. Ainda tonta pelos últimos resquícios de sono, me levanto e giro a maçaneta, admirada ao encontrar Caio todo arrumado, de banho tomado e vestido de preto dos pés à cabeça. E cheiroso. Deus, como ele está cheiroso! Parece que mergulhou em uma banheira de perfume. Minha vontade é de pular em seu colo. E, lutando para resistir, mordo o lábio inferior e o encaro, sentindo o calor descendo pelo meu corpo.

Ele coloca a mão no batente da porta e se inclina em minha direção. Seu sorriso malicioso está estampado no rosto, e meus olhos pousam em seus lábios.

— O que você está pensando, princesa? — pergunta, tão perto que nossas bocas quase se tocam.

— Você sabe muito bem — respondo, olhando-o um pouco mais, sem disfarçar o efeito que ele tem sobre mim.

— Posso entrar?

— Fique à vontade — digo, e me afasto para lhe dar passagem.

Ele se senta na cama e eu faço o mesmo, e então vejo a sacola que ele carrega na mão.

— Comprei uma coisa — diz, notando o meu olhar. — Abra, por favor.

Quando o obedeço, curiosa, me deparo com um lindo ursinho feito de crochê.

— Caio, é tão lindo! — Eu aperto o urso contra o peito.

— Queria ser a primeira pessoa a dar um presente ao nosso filho — ele explica, sorrindo. — Eu fui o primeiro, né? — indaga, agora aparentando certa confusão.

Eu acabo rindo enquanto as lágrimas descem.

— Sim, você foi o primeiro.

Ele solta um suspiro aliviado e sorri. Coloco o ursinho de volta em seu lugar, me levanto para pôr a sacola sobre a cômoda e, ao me virar, vejo Caio se aproximando. Ele me abraça e beija o topo da minha cabeça.

— Eu sei que fui chato hoje no café da manhã. Me desculpa. É difícil pra mim controlar o ciúme. — Ele então desliza um de seus dedos sobre os meus lábios. — Só de imaginar aquele cara te beijando — sussurra —, meu sangue ferve.

Caio me encara com tanta intensidade que sinto minhas pernas fraquejarem e o meu coração acelerar. Eu o quero de volta. Quero que nos tornemos um só novamente. Sem pensar duas vezes, seguro os seus ombros e o puxo para mim. Ele demonstra surpresa por um instante, mas logo aprofunda mais o nosso beijo.

— Eu senti tanto a sua falta, meu amor — Caio diz, quando por fim nos afastamos.

Tiro a sua jaqueta e sua camisa e passo a mão pelo seu peito. Como estava com saudade desse corpo...

— Manuela, você me olhando desse jeito me deixa louco. — Sua voz já está rouca e é o suficiente para me deixar toda molhada.

Eu começo a espalhar beijos por seu abdômen, até alcançar o pescoço e tocar a sua pele com os meus lábios.

— Porra! — ele pragueja, com a respiração pesada quando mordo a ponta da sua orelha.

Sentir esse homem maravilhoso estremecer em minhas mãos não tem preço.

Caio começa a tirar a minha roupa com urgência, e em questão de segundos já estamos nus na cama. Enquanto me beija, sua mão desce até o meio das minhas pernas e seus dedos ásperos deslizam pela minha entrada, me fazendo arfar.

— Nunca vou me cansar de sentir você tão molhada assim pra mim. — Seu dedo massageia meu clitóris e um gemido escapa da minha boca. — Seu corpo é uma droga que já virei dependente, Manuela, e não quero me curar desse vício nunca.

Caio beija o meu pescoço enquanto continua a me dar prazer.

— Por favor, preciso de você dentro de mim. Não aguento esperar mais — digo, quase sem voz.

Ele se encaixa em mim em um segundo e suas estocadas fortes me levam ao paraíso. O seu jeito de fazer sexo às vezes parece bruto, mas eu amo. Adoro quando ele me "paga de jeito", como ele mesmo diz. O barulho de nossos corpos colidindo um no outro misturado aos nossos gemidos me deixa ainda mais perto do limite.

— Caio... — sussurro, arranhando as suas costas com minhas unhas.

— Estou com você, meu amor. Não se segure — ele fala em meu ouvido.

É o que falta para me desmanchar em prazer e ele me seguir. Com um suspiro, encosto a minha testa na sua e penso em como o tempo é relativo, porque parecia fazer anos que estávamos separados.

— Você já almoçou? — Caio pergunta, com os dedos em meus cabelos. — Quando cheguei, você estava dormindo.

Meu estômago ronca em resposta à sua pergunta, e ele se senta na cama, pega o celular e começa a digitar.

— O que está fazendo? — questiono, me sentando ao seu lado.

— Pedindo comida. Preciso alimentar os amores da minha vida — diz, com um sorrisinho de lado.

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