Stephanny Giacomelli DuarteApós todos se despedirem, sobrou apenas Gui e eu. Ele me olhou de uma forma como se soubesse que eu gostaria de lhe pedir algo.— Amor, tem alguma coisa para me dizer? – Guilhermo me perguntou olhando para mim.— Na verdade, tenho um pedido para fazer e um assunto que quero conversar com você.Ele me pediu para esperar, e eu disse que tudo bem. Um tempo depois, ele retornou.— O que você precisa de mim, gata?— Primeiro, gostaria que você conversasse com W.D. – Gui me perguntou o motivo, e expliquei, ele soltou um longo suspiro.— Luanna te pediu isso? – Neguei.— Lua apenas me confidenciou sua preocupação. Os pais dela são liberais de certa forma, mas eles negarão que ela continue com esse relacionamento. Você é o chefe dele e tem propriedade para falar com ele.— Vou conversar com ele, só não prometo nada. E qual o outro assunto?Esse seria um pouco mais delicado. Esperei alguns segundos antes de começar, e quando contei a ele o que iria fazer, ele me olh
Chegamos ao local do ensaio animadas e cheias de expectativas. Hoje era o nosso primeiro dia de ensaio para a peça, e a ansiedade estava à flor da pele. Nos acomodamos e ficamos esperando as instruções de Claudio Blassen que aparentemente não havia chegado, Lua e eu encontramos nossos amigos e ficamos conversando enquanto esperávamos pelo nosso coreógrafo. Carlos chegou e nos reuniu com o restante do elenco que também havia passado na audição e começou a explicar a importância de cada personagem na peça. Sua paixão pela dança e pela arte era evidente em suas palavras, e seu discurso inspirador nos motivou ainda mais.— Cada um de vocês tem um papel fundamental nesta peça. A história é carregada de emoções e profundidade, e é vital que vocês transmitam isso em cada movimento e expressão facial. Não se trata apenas de dançar, mas de se tornar a personagem, de viver cada momento como se fosse seu. – Claudio explicou, olhando-nos seriamente.Ele continuou detalhando as características e
Guilhermo MontenegroFinalmente tirei a porra daquele gesso não aguentava mais ficar em casa de molho dependendo dos outros a única coisa boa foi que a minha enfermeira particular cuidou de mim de todas as formas deliciosamente possíveis. Meu celular apitou e logo seu nome piscou no visor."Gui, você já tomou os seus medicamentos? Não esqueça que não pode forçar a perna." E por falar nela."Já sei gostosa, estou tomando todas as precauções médicas." A resposta não demorou a chegar. "Assim espero! Até mais tarde e não esquece de fazer aquilo que te pedi há um tempão." Enviei um emoji e travei meu celular. Não me meto em relacionamento alheio, mas se eu não falar com W.D Phanny não vai me deixar entrar nela. Fui pro escritório da boca e quando cheguei Mequetrefe estava trepando com Larissa, quando ele me viu entrar rapidamente mandou ela sair. — No escritório não Meque, vai foder suas vadias em outro canto. — Foi mal ae patrão, não sabia que tu ia vim hoje, a carcerera te liberou?
Fiquei na porta do teatro esperando Phanny sair, quando ela saiu estava com um cara ao lado que acho que é o tal de Max, ele a abraçou e logo desci da moto e fui ao encontro dos dois. — Oi, amor, não sabia que viria. – Phanny diz assim que me viu. — Pensei em fazer uma surpresa. – Digo a ela mas encarando o cara. — Max, esse é meu namorado Guilhermo, Gui esse é o meu parceiro de dança. – Ela nos apresenta e nos cumprimentamos. — Então esse é o famoso Gui, Steph fala muito de você, como está a perna cara? — Estou bem melhor. – Digo apenas e Phanny revira os olhos. — Max, precisamos, até amanhã. – Phanny diz sorrindo e o abraça novamente, ele se despede de mim e se vai. — Guilhermo Montenegro, o que foi aquilo? Custava ser simpático?— Simpático o caralho o cara parecia um polvo cheio de mãos em você. – Ela revirou os olhos mais uma vez e sei que ela só não me xingou por que não é do feitio dela, mas o olhar gélido estava ali e como Mequetrefe falou, ela olha de um jeito que te f
Stephanny Giacomelli DuarteGui e eu nos dirigimos ao presídio onde meu tio estava detido. A atmosfera estava carregada de tensão enquanto nos aproximávamos do local. Eu estava preparada para confrontar aquele que havia trazido tanto sofrimento para minha vida.Quando entramos na prisão e fomos levados à sala de visitas, lá estava meu tio, sentado, olhando para nós com um sorriso cruel. Encarei-o e senti um certo medo.— Stephanny, minha querida sobrinha, que surpresa agradável. – Meu tio zombou, fazendo um gesto exagerado com as mãos. — O que a trouxe aqui, está com saudades?— O motivo da minha visita é que eu descobri algumas coisas a seu respeito e gostaria que me esclarecesse. – Meu tio sorriu.— E o que gostaria de saber?Perguntei a ele quantas vezes ele tentou me ferir de alguma forma e ele me diz com naturalidade que a primeira vez que ele tentou me matar eu tinha um ano e meio. Meu tio não esboçava nenhuma reação de culpa; ele sorria.— Como eu disse daquela vez, eu queria v
Finalmente, o grande dia havia chegado. O teatro estava repleto de expectativas e emoções à medida que nos preparávamos para a tão aguardada apresentação. Meu coração estava uma verdadeira bagunça de nervosismo e empolgação. Os ensaios tinham sido intensos, e agora era hora de mostrar a todos o que tínhamos preparado.Eu estava nos bastidores, observando a cortina fechada e ouvindo o burburinho da plateia. Minhas mãos tremiam, e eu sentia borboletas no estômago. Gui se aproximou, segurando minha mão com firmeza e me dando um olhar de encorajamento.— Você vai arrasar, Phanny. Lembre-se de que estou aqui torcendo por você.Suas palavras eram como um raio de sol atravessando as nuvens escuras do meu nervosismo. Eu respirei fundo e assenti. Max se aproximou de nós. — Preparada? – Meu amigo perguntou.— Vê se não deixa a minha mulher cair. – Gui olha para Max que sorri, os dois passaram a se dar bem o que é bom. — Gui, vai amor, se alguém te pega aqui serei advertida. – Ele sorriu e me
Só percebi que havia dormido quando Gui me acordou, ouvi o barulho das ondas e perguntei a ele o que estávamos fazendo na praia. Ele me chamou para dar uma caminhada noturna e eu retirei meus saltos e o acompanhei, enquanto caminhavamos Gui relembrava algumas situações engraçadas que passamos e eu apenas sorria com as lembranças.— Onde você quer chegar com isso? – Perguntei curiosa. — Você é muito impaciente Phanny. Continuamos a nossa caminhada sendo seguidos pela lua que estava linda e bem redondinha. Parei para admirar o reflexo da lua sobre as águas e Gui pediu para fechar os olhos.— Pode abrir agora. – Quando olhei para Gui, ele estava ajoelhado segurando uma caixinha de veludo. — Stephanny Giacomelli Duarte, você aceita se casar comigo e dividir uma vida cheia de incertezas, altos e baixos comigo? As lágrimas rolaram nos meus olhos livremente, Gui ficou esperando a minha resposta enquanto eu tentava encontrar a minha voz.— Sim… Mil vezes sim… – Ele se levanta e me abraça
Stephanny Giacomelli Duarte(Um ano Depois) Já se passou um ano desde o momento mágico em que Gui me pediu em casamento, e a vida tem sido uma montanha-russa de emoções. Estamos em turnê com a peça, viajando de cidade em cidade, levando nossa arte aos mais diversos públicos. Mas a correria e a distância entre nós têm sido desafiadoras.Nossa relação permanece forte, mas a saudade é um fardo pesado que carregamos. Gui e eu mal conseguimos nos ver durante a turnê. Nossos horários raramente coincidem. É uma situação que tem nos deixado loucos, mas sabemos que é temporária.Durante esse ano, Dona Jussara assumiu a frente da ONG, ela sempre me liga para avisar o que está acontecendo, as meninas fazem a mesma coisa. A ONG está crescendo e prosperando, e estamos fazendo a diferença na vida de muitos, já ganhamos até medalhas no karatê e um troféu na dança de terceiro lugar, mas estamos trabalhando para chegarmos em primeiro. Enquanto estou em turnê, contratamos uma bailarina temporária pa