Guilhermo MontenegroTrês dias haviam se passado desde o resgate de Phanny. Aqueles dias tinham sido uma mistura de alívio por tê-la de volta e aterrorizantes pelos pesadelos que ela havia vivido. Mesmo com os cuidados que lhe proporcionamos, a sombra do que aconteceu com O Grande continuava a pairar sobre nós.No entanto, algo mudou em Phanny desde aquele dia. Ela estava distante, e aquele brilho que costumava enfeitar seus olhos tinha se apagado. Eu a via mergulhada em seus pensamentos, e parecia que nenhum sorriso conseguia atravessar a barreira que se formara ao redor dela.Estava perdido, sem saber como fazê-la sorrir novamente. Tínhamos enfrentado desafios juntos, mas o trauma que ela havia vivido era diferente de tudo o que tínhamos experimentado. Eu queria estar lá para ela, mas me sentia impotente.Naquela manhã, depois de acordar ao seu lado, vi que ela não havia dormido direito. Seus olhos estavam inchados, e a expressão em seu rosto era de tristeza profunda. Ela olhava par
Stephanny Giacomelli DuarteEnquanto meu relacionamento com Gui estava em um momento de incerteza, eu buscava formas de retomar minha rotina. Era uma busca constante por alguma normalidade em meio ao caos que aqueles dias de terror haviam me causado. Ainda carregava o medo, a desconfiança e o trauma, e não sabia ao certo como lidar com tudo aquilo.Minha amiga Lua tinha sido um grande apoio para mim. Conversávamos sobre meus sentimentos e incertezas, e ela tentava me fazer ver as coisas sob diferentes perspectivas. No entanto, a conversa que tivemos naquela manhã deixou uma semente de dúvida em minha mente.— Tem certeza mesmo que você quer deixar o Gui? – Lua perguntou, sua voz carregada de preocupação.Balancei a cabeça com incerteza. Sabia que estava sendo egoísta, mas estava confusa e precisava de tempo para entender meus próprios sentimentos.— Pensa bem Steph, o cara fez de tudo por você. — Sim, mas eu também não estaria nesta situação se não me envolvesse com ele. — Steph, à
As horas passavam lentamente enquanto eu aguardava notícias sobre seu estado de saúde. Estava apreensiva, por notícias, enquanto aguardava uma outra família que estava a espera de notícias sobre o seu familiar descobriu que o mesmo faleceu, a família chorando me deixou desconfortável, pois lembrei do dia em que soube que meus pais faleceram. Lua chegou e correu para me abraçar, um tempo depois Julia, LuGui, D.L e Gi chegaram Julia olhou para mim com lágrimas nos olhos e perguntou o que havia acontecido com seu irmão. — Ju, as coisas aconteceram muito rápido, eu não sabia que ele que Gui iria me encontrar, ele me pegou de surpresa. Suspirei, tentando explicar o que sabia, embora não fosse muito.— Isso é meio que culpa minha, Gui disse que gostaria de conversar em algum lugar com você e por isso eu marquei na lanchonete. – Luanna pede desculpa. — Você não tem culpa Lu, a culpa é minha por ficar parada no meio da rua. – Digo sincera. — Você está bem, Steph? – Julia perguntou preocup
Guilhermo MontenegroApós a saída de Stephanny a loja, sua reação me deixou inquieto, e eu sabia que algo estava errado. Não pude evitar a sensação de que ela estava escondendo algo de mim, algo que a estava perturbando profundamente.Decidi ligar para Luanna para obter algumas respostas. Eu sabia que ela e Phanny haviam conversado mais cedo e talvez ela pudesse me dar alguma pista sobre o que estava acontecendo. Luanna atendeu depois de algumas chamadas.— Oi, Gui. O que está acontecendo? – Ela perguntou com curiosidade.— Lua, eu preciso saber o que está acontecendo com a Phanny. Ela saiu daqui completamente estranha, e eu sinto que tem algo sério acontecendo. – Minha voz estava carregada de preocupação.Luanna hesitou por um momento, claramente relutante em me contar algo.— Lua, por favor, não me esconda nada. Eu preciso saber o que está acontecendo com minha mulher. – Insisti.Ela suspirou, resignada.— Tudo bem, Gui. Steph está enfrentando muitos problemas depois que foi sequest
Stephanny Giacomelli Duarte A manhã seguinte chegou, e meu coração ainda estava cheio de gratidão por Gui estar de volta em casa e ao meu lado. Eu estava deitada na cama ao lado dele, e, apesar de todas as circunstâncias difíceis, sentia uma paz reconfortante. Gui acordou e me olhou com um sorriso amoroso. — Bom dia, minha guerreira. Como está se sentindo? – Ele perguntou com carinho. — Bom dia, meu herói. Estou melhor agora que você está acordado. – Respondi, sorrindo para ele. — Estou mais para o Coringa. – Nós dois rimos. — Não me considero Arlequina. Gui riu e estendeu a mão acariciando o meu rosto, seus olhos cheios de amor e gratidão. — Eu faria qualquer coisa para te manter a salvo, Phanny. – Ele sussurrou. Respirei fundo, sabendo que havia algo que precisava compartilhar com ele. Fiquei em silêncio por um momento, reunindo minhas palavras. — Gui, eu tenho pensado muito sobre a nossa vida juntos, e sobre como a vida que você leva é perigosa. Eu te amo mais do que tudo
Ao chegar em casa naquela tarde, encontrei Guilhermo finalizando sua sessão de fisioterapia, e como de costume, ele estava reclamando e até ameaçando o fisioterapeuta. Pigarreei discretamente para que ele soubesse que estava em casa, e ele fechou a cara, fazendo-me rir.— Luiz, como está a evolução do Gui? – Perguntei ao fisioterapeuta, tentando entender o progresso do meu homem.Luiz suspirou, parecendo aliviado por falar comigo em vez de enfrentar as ameaças de Gui.— Está indo bem, apesar das reclamações constantes e das ameaças de morte. – Ele respondeu, lançando um olhar divertido para Gui, que deu de ombros.— Não se preocupe, Luiz. Ele não vai fazer nada disso. – Garanti a ele.Deixei os dois continuarem a sessão e fui tomar um banho rápido. Quando voltei para a sala, Gui estava sozinho, e pude conversar com ele sobre as ameaças ao fisioterapeuta. Ele prometeu que não faria novamente, embora eu soubesse que era uma promessa vazia. Gui é teimoso assim.— Como foi o seu ensaio? –
Estava determinada a mostrar toda a profundidade e emoção da personagem. Cada movimento era cuidadosamente coreografado, e minhas expressões faciais transmitiam a complexidade dos sentimentos de Stephanynny.Enquanto dançava e interpretava, perdi a noção do tempo e do espaço. Minha mente estava completamente imersa na história, nas emoções da personagem e na conexão com meu parceiro de dança, Max. Nossos movimentos fluíam com harmonia, e a química entre nós era palpável.Quando a música finalmente chegou ao seu fim, eu estava sem fôlego, mas sabia que havia dado o meu melhor. Olhei para Max, e nossos olhos se encontraram, compartilhando o sentimento de realização e alegria por termos interpretado tão bem.À medida que saímos do palco, senti uma mistura de emoções. A audição havia sido desafiadora, mas também gratificante. Agora, restava esperar e torcer para que nossa performance fosse suficiente para conquistar os corações dos diretores e do coreógrafo e garantir os papéis principais
Depois do anúncio dos papéis principais, todos nós saímos para comemorar. Era um momento de celebração merecida. Bebemos, rimos e compartilhamos histórias. A sensação de realização estava no ar, e os sorrisos eram contagiantes. Max e Bryan eram o destaque do grupo, os dois tinham muitas histórias para contar o que nos fazia rir. Em certo momento, meu celular vibrou com uma mensagem. Era Gui, preocupado com o resultado da audição. Ele perguntou se eu já sabia o resultado, e eu respondi que contaria tudo a ele quando chegasse em casa. Gui respondeu com um "Estou ansioso para saber!" travei o celular e voltei a me divertir com o pessoal.Mais tarde, enquanto estávamos todos conversando e rindo, Max recebeu uma ligação. Ele atendeu e depois de um breve diálogo, riu e disse:— Preciso ir, pessoal. Alguém está me esperando para... bem, vocês sabem.Todos nós fizemos caretas e rimos, desejando a ele uma noite divertida.Me levantei e me despedi dos outros, dizendo que precisava ir para cas