Haru, depois daquele encontro com seu irmão, passou a responder meus questionamentos somente com monossílabos, e apesar daquele comportamento me irritar muito, aceitei que ele precisaria de um tempo para assimilar o que estava acontecendo em sua vida e esperei que posteriormente, me colocasse a parte da situação.
Na manhã seguinte, seria nossa cerimônia de graduação que iniciou com o concerto de música clássica composto pelos estudantes do primeiro ano, seguido dos discursos
Ficar no evento aos poucos, tornou-se incomodo e como já estávamos com o diploma em mãos e um pouco distantes do evento, saímos de fininho, e fomos em direção a um pequeno restaurante familiar que ficava próximo ao colégio, servindo algumas poucas variedades de churrascos que eram grelhados nas mesas, acompanhados com saquê e alguns petiscos de frutos do mar.– Como as raposas-demônio antigas têm tanto dinheiro? Questionei q
Na manhã seguinte, acordei sentindo um braço pesado ao redor do meu corpo, abri meus olhos vagorosamente e girei um pouco o pescoço, fitando o rosto adormecido de Haru. Era a primeira vez que conseguia o observar com mais atenção, refletindo sobre o quanto seu rosto era bonito e sereno, seus lábios estavam entreabertos e ressonava baixinho, quase inaudível.Sorri acariciando seus cabelos bagunçados, retirando os fios que cobriam seus olhos, a imagem perfeita de seu rosto em êxtase me veio a mente, e senti minhas bochechas enrubescerem ao relembrar as memorias d
O celular chamou uma, duas vezes e quando finalmente a ligação foi atendida, ouvi a voz do meu pai, percebendo o quanto era familiar e aconchegante, ele falava com tranquilidade, não parecendo surpreso em ser contactado depois de tantos anos. Explicou que ainda morava no mesmo endereço, e pediu que fizéssemos uma visita, deu-me pontos de referência e até se oferecendo para me encontrar na rodoviária, mas não aceitei pois, não queria lhe dar trabalho. Descobrimos que apensar de ser uma localização relativamente fácil de encontrar, não seria t&atil
Lentamente minha vida parecia estar entrando nos trilhos, e algumas das peças daquele louco quebra-cabeças que era eu mesma, pareciam finalmente estar se encaixando. Estava retomando o controle da minha vida e me sentia um pouco mais segura em conviver com outras pessoas, sem ter o medo de perder a cabeça de repente e machuca-los.Obviamente, ainda tinha consciência de que precisava aprender ainda mais sobre minha condição, mas naquele momento, senti que poderia aceitar o pedido dos meus pais para passar a noite na fazenda, e participar do aniversário de minha irmãzin
A despedida foi cheia de choros, minha irmãzinha agarrava-se a minha blusa parecia desesperada em não me deixar ir que teve que ser amparada pela mãe que precisou de muita força para a desatracar de mim. Era de ficar com o coração partido vê-la tão chorosa, e nunca imaginei que ficaria tão triste com a minha partida, mas era compreensível já que nos aproximamos muito naqueles dois dias.– Eu prometo que voltarei no próximo feriado... – Murmurei agachando-me a sua frente, e limpei as lágrimas que escorriam por suas bochech
As pesadas portas de madeira com de ébano foram empurradas por seis mulheres que precisaram fazer certa força para movê-las, de costas com seus longos cabelos soltos e seus vestidos também brancos, pareciam amazonas prontas para ir ao campo de batalha. E finalmente entendi o porquê de Haru ter sugerido que eu viesse com roupas brancas, para me sentir ligada a elas, e estava funcionando.Dentro do templo era simplesmente maravilhoso, parecia que havíamos retornado a séculos anteriores quando a pouca luminosidade era fornecida pela lua e lamparinas penduradas nas paredes. No ce
Estranhamente, nosso período de férias passou muito mais rápido do que eu pude acompanhar e quando me dei conta, faltavam apenas alguns dias para o início do ano letivo na faculdade. O tempo parecia passar de forma diferente no mundo sobrenatural, e tive um pouco de dificuldade para me reorganizar enquanto retomávamos as nossas vidas de humanos. Estava amando aquela nova fase da minha vida, a relação com a minha família tornava-se ainda mais consistente, e sentia que finalmente as peças estavam encaixando-se em seus respectivos lugares, tinha propósitos e
A noite de bebedeiras não me rendeu somente uma ressaca aterradora, acabei descobrindo algo interessante quando já estávamos todas bêbadas. Shiori estava tendo pesadelos, as duas na verdade, e ela conseguia se lembrar vagamente do ser que a atormentava, e pela descrição cogitei que se tratasse de um youkai, mais precisamente uma raposa-demônio. Não seria estranho que uma Kitsune estivesse atacando-a em seus sonhos, mas não conseguia identificar quem era, afinal Haru não deveria estar tão desocupado e não imaginava que Look tivesse motivos para fazer algo assim.Último capítulo