A expressão de Damian fechou-se imediatamente. Tudo estava indo razoavelmente bem até ele ouvir o nome de Marissa. Lauren, no entanto, leu como se Damian não tivesse gostado que ela tocasse no nome da mulher. No passado, Damian fazia Lauren passar por intrigueira e por alguém que não podia perder a chance de ser encrenqueira, principalmente quando se tratava de Marissa. O que Lauren não sabia era que Damian não estava realmente do lado de Marissa. Todas as vezes, ele simplesmente não queria dar o braço a torcer na frente da esposa, afinal, ele tinha o ressentimento de ter sido obrigado a casar. Mas, por trás, ele brigava com Marissa e, por isso, a mulher nutria ainda mais raiva de Lauren. — Algum problema, senhor Lancaster? Falei demais? — Não — ele disse e se endireitou na cadeira. — E sim, eu gostaria que ela fosse, pelo menos por um tempo. Lauren remexeu a boca como se mastigasse algo desagradável. — E ela é uma boa modelo? Ele inspirou fundo e inclinou-se para a frente, poré
Dentro do carro, Lauren informou o endereço dela — não o dela, mas o de Emma. Ela não seria louca de dar a Damian aquela brecha para que ele a encontrasse facilmente. A ela e a Oliver. O carro se colocou em movimento e Lauren sentiu o ar opressor dentro do veículo. Damian parecia capaz de devorá-la, mas que, quando ela se virou para ele, a expressão no rosto dele fosse leve. Damian queria dizer que ele e Marissa não tinham nada um com o outro. Normalmente, ele não se explicava para as pessoas. Não tinha motivos para tanto, muito menos quanto à vida pessoal dele. Aquilo era um erro que ele não percebia, já que era por isso que Marissa fingia ser namorada dele. Mas com René, ele queria que ela soubesse a verdade. Talvez fosse porque a mulher era muito parecida — e ele ainda não tinha descartado a possibilidade de ela ser Lauren — com a mulher que perseguia os sonhos dele, mesmo anos depois de ter sumido. Damian não queria que nenhum mal-entendido se pusesse sobre eles, porque se ela
O rosto dela não estava tão visível, porque as fotos foram tiradas claramente de fora do restaurante e em todas, Lauren estava se movendo ou virada. Isso antes de eles chegarem à saleta. Depois, na saída, no entanto, ainda que de uma certa distância, quem a conhecia sabia que era ela. “BILIONÁRIO DAMIAN LANCASTER VISTO COM UM NOVO AMOR? QUEM É A BELA MULHER?”Lauren sentiu o mundo girando e foi na sessão de comentários. Então, lá estava, alguém dizendo que parecia com a estilista René Laurent, que foi vista por muitos no desfile do sábado anterior. — Merda, merda! — Lauren xingou baixo e sentiu Oliver se movendo. Ela abaixou o celular e viu o garotinho sorrindo para ela, ainda com os olhos meio fechados. “Ele é igual ao Damian…, ela não conseguia não pensar nisso todas as vezes que via o menino. Era como se ela tivesse feito um mini clone do homem! — Mamãe, bom dia! — o garotinho esticou os braços e Lauren sorriu, pegando-o no colo e acariciando-lhe os cabelos escuros. — Você volt
Lauren levantou os olhos e viu o senhor Lagarde. Ela puxou Oliver para mais perto dela. — Quem é essa criança adorável? — Meu filho — Lauren respondeu, mantendo o semblante sério, mas não hostil. — Oh, eu não sabia que a senhora era casada! — ele ficou sorridente, mas Oliver franziu a testa. — A mamãe não é casada — ele disse e o mais velho levantou as sobrancelhas, antes de limpar a garganta, sem graça. — Perdão, senhorita Laurent. Não quis ser indelicado. — Não há problema — ela falou e engoliu em seco. — Com licença, senhor Lagarde. Ele apenas fez uma reverência, ficando parado, enquanto Lauren tirava Oliver dali. Assim que voltaram para a papelaria, ela se abaixou e ficou de frente para a criança. — Por que saiu da loja? — ela perguntou e Oliver olhou para baixo. — Oliver, responda! — É que… eu vi aquele senhor. — Que senhor? — Aquele do aeroporto — Oliver disse e o sangue nas veias de Lauren esfriou na mesma hora. Ela sentiu a garganta seca, mas tentou sorrir e disfarç
— Em outro momento, senhor Lancaster — ela falou e Damian olhou para a criança. Ele se inclinou para o menino. — Qual o seu nome, rapaz? Oliver arregalou os olhos e virou a cabeça para cima, para a mãe. Ela deu um breve aceno. Lauren estava apavorada. — Oliver Laurent — ele falou e Lauren sorriu internamente. Ela era grata por Oliver ser um menino esperto. — Oliver… Quantos anos você tem, Oliver? — o menino levantou os dedinhos. — Três?— E meio! — ele falou, nervoso. Lauren tinha dito a ele para, caso algum estranho perguntasse, ele dissesse que tinha três anos e meio, alguns meses a menos do que realmente tinha. Damian franziu a testa, decepcionado, mas sorriu em seguida e se endireitou. — Jantar, hoje. — Não — Lauren rebateu. — Como o senhor pode ver, eu não tenho todo esse tempo livre, senhor Lancaster. Agora, se nos der licença, preciso pagar a conta e ir embora.— A conta já está paga — ele disse como se não fosse nada e Lauren não gostou. — Passe a sua conta, por favor
— É que… eu estou na casa de uma amiga. Não estou em casa. — Onde é? — Senhor Lancaster! Não pode esperar até amanhã? Seria rude de minha parte sair assim! Oliver já está dormindo! — Basta descer. Vai ser rápido. “Esse homem…!”— Amanhã. — Almoço — Damian sorriu. — É sobre trabalho. Lauren apertou o aparelho. — Muito bem. Amanhã podemos almoçar no ateliê. Meio dia em ponto. — Estarei lá. Boa noite, senhorita Laurent. E ele desligou. Lauren soltou um suspiro. — Droga, Damian, você não pode me deixar em paz nem depois do divórcio?! Já passaram cinco anos! Até a vontade de tomar o chocolate quente tinha passado! No dia seguinte, Lauren estava com um humor não muito bom. Ela chegou ao ateliê e foi para o escritório. Oliver ficou com a babá, enquanto Emma já estava trabalhando. — Que bicho te mordeu? Isso foi pelo jantar de ontem? — Emma questionou, olhando por cima do computador. Lauren jogou a bolsa em cima do pequeno sofá e sentou-se na própria cadeira. — Ele quer almoçar
— Algum problema, senhor Lancaster? — Lauren perguntou, piscando os olhos inocentemente. Damian puxou a gravata, como se estivesse incomodado. — Não lhe agrada? Por dentro, Lauren estava achando graça. Damian odiava frutos do mar, como lula e polvo. E ela fez questão de pedir exatamente esse tipo de comida. Ela sabia que era rude, afinal, o homem podia ser alérgico, se ela não o conhecesse. Mas ela sabia que ele não era. Apenas sentia nojo. Camarões ele comia, assim como peixe, porém, aqueles dois itens na mesa. — Me falaram que esse restaurante é muito bom e esses pratos são as especialidades deles! — ela disse, alegremente. Damian estava sentindo-se sufocado. Ele não era do tipo de reclamar da comida, porém, ele tinha alguns limites e o que estava disposta na mesa era demais para ele. — Entendo — ele sorriu fracamente. Lauren saberia que ele não comia aquelas coisas! Ele lançou um olhar e podia jurar que tinha divertimento no olhar de René. — A senhorita quem escolheu? — Não. N
Lauren limpou a garganta. — Por favor, o que o senhor está dizendo? — ela reclamou e olhou para o próprio prato, antes de levantar o olhar para o homem. — Não respondeu a minha pergunta. Ela sabia que era arriscado perguntar coisas pessoais. Ela mesma o recriminou, e agora, estava ali, sendo enxerida. Damian passou a língua pelos próprios lábios levemente carnudos. — Não posso cortejar uma pessoa que eu não sei onde está — Damian falou, amargo. — Ela sumiu depois do divórcio.— O senhor fez algo muito ruim para que ela tomasse chá de sumiço? Ele sabia que René o estava cutucando, o estava testando. — Fui babaca. Um imbecil. Agi com imaturidade e acabei me dando muito tarde que ela era a mulher da minha vida — ele bebeu o vinho. — Mas eu não desisti e, quando a encontrar, não a deixarei ir. Lauren acabou rindo e Damian ficou sério. — Desculpe, é que… o senhor fala como se ela estar com o senhor dependesse apenas da sua própria vontade! — Ela me ama. — Amava. — Ama! — ele ins