Capítulo 122
O som melancólico do acordeão transformava-se em palavras:

A lua estava ofuscada, a noite ainda não terminara, e ao redor reinava uma solidão tranquila.

A luz fria e fraca na mesa iluminava minha companhia solitária.

Só quando Pedro Costa ficou completamente fora de vista, Lucas diminuiu o passo, respirando um pouco mais pesado, e perguntou:

— A perna ainda dói?

Camila, com os braços ao redor de seu pescoço, respondeu suavemente:

— Não dói mais, pode me colocar no chão agora.

— Já estamos quase lá, não vai fazer diferença esperar mais um pouco.

Camila, sem conseguir contrariá-lo, simplesmente desistiu da ideia.

Ela organizou seus pensamentos e explicou:

— Os documentos que a Vanessa pediu ainda não chegaram. Como eu não tinha o que fazer esta noite, dormi cedo. Acordei no meio da noite e não consegui mais dormir. Aí ouvi alguém tocando acordeão, e achei a música bonita. Então, resolvi dar uma olhada. Eu nem sabia que era o Pedro Costa, se soubesse, não teria saído.

Lu
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