Capítulo 2

Dimitri 


Uma grande quantidade dos homens de Ramoz está na estrada, se preparando para entrar na mata em busca de uma fujona. Desde que um arranjo foi feito para unir Samira e eu, tenho a observado. Não acredito que uma garota como ela possa estar sozinha nesta floresta escura e perigosa. Samira tem uma estrutura corporal delicada e pelas coisas que sei sobre ela, não faz o tipo  aventureira. Pelo fato de ela estar a horas escondida nesta floresta desconfio  que não arquitetou tudo isso sozinha. Será que ela tem um namorado secreto? A  aversão de Samira quanto ao nosso casamento  está  clara  para mim agora. O filho da puta do Ramoz  mentiu quando afirmou  que ela estava de acordo com tudo.  Porra, como não percebi isso antes? Há dois dias eu fui conhecê-la pessoalmente, mas ela  não quis  sair do quarto. Então, ele  mentiu para mim, dizendo  que ela estava passando mal. Eu sabia que era mentira porque eu tinha visto ela  mais cedo naquele mesmo dia e ela estava ótima e como sempre linda. Mas no dia seguinte, quando fui observá-la de longe como tenho feito desde que coloquei. meus olhos nela pela primeira vez, ela estava triste. Parecia com quem passou a noite chorando.  Furioso com o pensamento de Ramoz tê-la castigado porque ela não quis falar comigo, eu coloquei-o contra a parede e deixei um aviso. Se ele a  machucasse, eu  cortaria as bolas dele e daria para os cães comer. Após esse aviso, ele voltou a afirmar que Samira estava emocionada para ser minha noiva e não triste.  Só um idiota acreditaria nisso. Como eu, por exemplo. O maldito fez-me de tolo. É lei que os homens da nossa família se casem  com as  filhas  de membros  associados a nós por vários motivos. Segurança é um dos deles. Muitos homens, não só da nossa família, como também de outras, foram traídos por se envolver com mulheres de fora, muitas delas faziam parte de clubes rivais ou da Polícia. Por isso que o meu avô, minutos antes de morrer após ser traído por uma cadela vadia, determinou que todos da irmandade aceitassem a ordem. Não é confiável se envolver seriamente com mulheres fora desse círculo. O meu avô se apaixonou por uma mulher que fingiu ser turista, mas, na verdade, ela era da máfia rival. A vadia desenhou duas cruzes profundas no seu peito e estômeus olhos nela pela primeira vez, ela estava triste. Parecia com quem passou a noite chorando.  Furioso com o pensamento de Ramoz tê-la castigado porque ela não quis falar comigo, eu coloquei-o contra a parede e deixei um aviso. Se ele a  machucasse, eu  cortaria as bolas dele e daria para os cães comer. Após esse aviso, ele voltou a afirmar que Samira estava emocionada para ser minha noiva e não triste.  Só um idiota acreditaria nisso. Como eu, por exemplo. O maldito fez-me de tolo. É lei que os homens da nossa família se casem  com as  filhas  de membros  associados a nós por vários motivos. Segurança é um dos deles. Muitos homens, não só da nossa família, como também de outras, foram traídos por se envolver com mulheres de fora, muitas delas faziam parte de clubes rivais ou da Polícia. Por isso que o meu avô, minutos antes de morrer após ser traído por uma cadela vadia, determinou que todos da irmandade aceitassem a ordem. Não é confiável se envolver seriamente com mulheres fora desse círculo. O meu avô se apaixonou por uma mulher que fingiu ser turista, mas, na verdade, ela era da máfia rival. A vadia desenhou duas cruzes profundas no seu peito e  estômago

com um maldito punhal. Essa foi a prova de amor que ele ganhou da traidora. Eu não tenho a intenção de quebrar as regras. Até porque, tive uma prova do quão arriscado e doloroso isso é, mas também não pretendo me casar com alguém que não me queira. Sou Dimitri Ferrari, porra! As mulheres costumam implorar para ter o meu pau e não contrário. Menos  uma, Samira, e algo me diz que o motivo da sua fuga sou eu. Por que Diabos isso me deixa puto? Eu já deixei isso pra lá, porra! Samira e eu não pertencemos ao mesmo mundo. Estacionei o meu carro fora da estrada. Assim que saio dele, Dyron faz o mesmo. — Porra, ele precisa mesmo de todo esse pessoal para encontrar uma garota? — Dyron comentou. Ele insistiu em vir junto comigo quando um dos nossos homens tinha me dado a notícia que a minha prometida tinha fugido. — Ela escapou deles, não foi? Então, penso que sim, eles precisam. — Respondi bruscamente, irritado com o quão imprestável os homens de Ramoz são por deixarem uma garota como Samira passar a perna neles sem ser notada. — Você está certo. Eles são  uns merda de seguranças . — Concordou Dyron com uma risada. Quando Ramoz me vê me aproximando, ele vem me encontrar, lembrando um  cachorrinho  com o rabo entre as pernas. — Dimitri? Eu sinto muito, vou resolver isso tudo. Não precisa se incomodar. Ele está nervoso e muito preocupado, mas tudo indica que não é pelo bem-estar da filha. Ele está mais interessado na sociedade e nos lucros que passará a ter nos negócios assim que a sua filha se casasse comigo. — Eu pensei que a sua filha fosse frágil e tímida, Ramoz. Do tipo que só frequentava a igreja e atividades ligadas a caridade. — Dyron comentou com um sorriso cínico. Ramoz fuzilou Dyron com um olhar mortal antes de se defender. — Eu não admito que você desrespeite a minha filha, Dyron. Ela foi imprudente. Eu mesmo estou surpreso com tudo isso, mas garanto que ela é tudo que mencionei antes. Não sei o que deu na cabeça daquela menina. Olhei de lado para Dyron e balancei a cabeça num sinal para ele parar com as provocações. Provocar é uma das suas distrações favoritas, mas raramente ele joga palavras sem sentido, como agora, por exemplo. Ele tem razão. Toda essconfusão não combina com ela. Exceto, se ela estiver mesmo fugindo de mim, então, está explicado. Pessoas desesperadas e com medo são capazes de muita coisa. — Ramoz, precisamos conversar sobre Samira e sobre o nosso  acordo de casamento. Você afirmou que sua filha estava de acordo com esse casamento, mas pelo que já deu para notar não é bem assim. — Digo severamente, olhando nos seus olhos agitados. Ele ri como se eu tivesse acabado de contar uma piada muito engraçada  e seca o suor da testa. — Ela está de acordo, sim. Tenho certeza que tudo isso seja um ataque de rebeldia para chamar a minha atenção. Tenho deixado ela muito sozinha ultimamente e a perda da mãe ainda mexe muito com ela. Samira é meio teimosa, mas… — Seja como for. — interrompi, e olhando duramente para ele, acrescentei — Preciso ouvir isso diretamente de Samira.  Isso é, se ela ainda não foi morta por algum caçador. Os olhos de Ramos se arregalaram com as minhas palavras. Não tive a intenção deixá-lo ainda mais ferrado, mas é a verdade. Caçadores acampam nesta mata e caçam qualquer coisa que se mexa e respire. A possibilidade de Samira estar correndo perigo me incomoda tanto que chega a ser irritante. Ela está tentando fugir de mim e eu estou aqui preocupado com o bem estar dela. Que porra  de feitiço do caralho é esse que aquela garota lançou sobre mim? Dou as costas para Ramoz e volto para o meu carro. — Cara, vai aonde? — Perguntou Dyron ao meu lado. — Vou achá-la. — Respondi, e abri o meu carro. Pego a minha lanterna e uma corda. Se ela foi pega por uma armadilha de chão vou precisar de uma corda para tirá-la de lá. Os caçadores dessas bandas são bem criativos e não estão para brincadeiras quando se trata de armadilhas. — E se  ela fugiu com algum cara? Se esse foi o motivo disso tudo? — Dyron pegou a sua faca presa na bota, logo em seguida, passa os dedos contra as lâminas com uma expressão pensativa. Fico tenso. — O que quer dizer exatamente com isso? Você pensa que ela não quer se casar comigo por que está apaixonada por outro e fugiu com ele?

— Sim, é isso que eu  acho. — Respondeu calmamente.

 Ouço a voz de comando de Ramoz. Ele está orientando o seu pessoal e dando dicas sobre os lugares onde Samira pode estar escondida. Ao lado deles, cães farejadores estão posicionados prontos e sedentos pela caça. Esse homem é louco. Nem por um momento está  pensando no bem estar da filha. — Fique aqui e me empreste a sua faca. — Por que eu ficaria aqui? — Dyron protestou com um olhar estreito. — No caso de o pai idiota achá-la primeiro que eu. — Ergui o meu queixo na direção de Ramoz. — E se ele a achar antes de você? O quer que eu faça? — Perguntou ele, me entregando a sua faca. — Não deixe que ele a leve para casa sem falar comigo  antes.  — Dizendo isso, entrei na floresta, onde quando eu era criança, e antes do meu pai ficar preso numa cadeira de rodas costumávamos caçar. Minutos mais tarde eu a encontro. Alívio acalma a angústia no meu peito por vê-la sozinha sem nenhum filho da puta  com ela. Por sorte fiz isso antes da turma e os cães. Um sentimento desconhecido de proteção toma o meu peito quando olho para ela. Tão frágil, desprotegida e com medo. Como um animal encurralado temendo o seu triste destino. Ela abraça o próprio corpo e se escolhe quando o vento gelado fica mais forte. Ela não ouve os meus passos silenciosos, porém determinados, andando na sua direção, mas certamente ela  está  ouvindo  os latidos dos cães e a voz exaltada de Ramoz que se aproximam. Se eu disser alguma coisa, posso assustá-la e será seu fim. Ela se movimenta  na direção do penhasco e fica na beirada. Mas que Diabos! Será que ela  está mesmo tentando fazer o que penso que está? Ela pretende pular e tirar a própria vida? Sem pensar em me manter no silêncio, eu avanço sobre ela e  agarro a sua cintura pequena entre os meus braços. Ela estremeceu de susto, mas eu não paro de carregá-la até ter certeza que ela está fora do perigo. Quando eu  tenho certeza que está segura, a solto. Ela tropeça para frente e lentamente se vira para me olhar. A sua aparência prova o quanto ela se esforçou para chegar até aqui. Há uma grande porção de folhas e pequenos gravetos presos na cabeleira castanha e alguns arranhões no seu rosto, e as suas roupas estão muito sujas. Ela é corajosa e destemida, tenho que admitir, mas tola e demasiadamente irresponsável. Quero repreendê-la por isso. Não por tentar fugir de mim e sim por arriscar-se tanto, mas minha voz fica presa na minha garganta quando os seus olhos azuis profundos me fitam em pânico, provocando um aperto forte no meu peito que quase me sufoca. Eu  tenho ideia do porquê. Fode-se, ela é linda até mesmo me olhando com medo. — Não me toque novamente! Deixe-me em paz! — Ela grita com uma falsa coragem que os seus deliciosos lábios trêmulos desmentem. — Não posso, se acontecer alguma coisa com você, vou ser o responsável. Não que eu me importe, mas seu pai sim. — Minto, porque ela nem imagina o quanto me preocupo com ela. Ela ri sem vontade e bufa. — Ele não se importa. Se se importasse ele não teria me empurrado para qualquer um por dinheiro. — lamentou com os lacrimejados. Espera aí, ela acabou de dizer que eu sou qualquer um? — Sejam quais forem seus planos, desista. Você não vai para lugar nenhum. Irresponsável e imprudente desse jeito não sobreviveria um dia sozinha. — disparei irritado. — Prefiro correr o risco, do que ficar e me submeter a um casamento que não quero. — rebateu, também irritada. — Por favor, deixe-me ir. Certamente você já deve ter notado que eu não sou a pessoa certa para ser sua esposa. Deixe-me ir. — Implorou e em seguida segurou o meu braço. O seu simples toque é como se acendesse cada fibra do meu corpo. Caralho,  esse não é momento para o meu pau reagir com fúria, ficando duro feito uma maldita rocha — Não, isso é ele quem decide. — Minto novamente, porque não posso simplesmente deixá-la à própria sorte. soltou o meu braço e me encarou  com fúria. — Eu não  quero casar com você! Independente das decisões malucas do meu pai, vou continuar não querendo. Quero acalmá-la, dizer que está tudo bem, mas não tenho tempo. Ramoz, os homens dele e os cães vêm na nossa direção. O rosto dela fica ainda mais branco sob a luz do luar. Ela teme ao pai. Posso sentir e ver isso no rosto dela quando ela olhou na direção dele. Seja quais forem os motivos por ela o temer tanto, eu vou descobrir. Então faço aquilo que os meus impulsos incontroláveis mandam. Coloco-me na sua frente como um escudo protetor. Não há meios de esse homem fazer qualquer coisa a ela, não vou permitir. Um gemido baixo e cansado sai dos seus lábios antes do seu corpo desabar nos meus braços.

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