P.O.V Gael No caminho de volta tentei de todas as maneiras explicar para Sara, mas é como se ela não me ouvisse, deixe-a em seu trabalho, e ela saiu do carro sem ao menos se despedir de mim. Ela esta com ciúmes, eu sei, pois eu já senti muito ciúmes dela com aquele Jacob, mas Sara já esta sendo infantil.Eu tenho um passado, ela tem um passado, mas nem sempre tudo é perfeito, as vezes o passado aparece para te atormentar mesmo não querendo, e eu não posso controlar isso.Chego na minha empresa já de mau humor e vou direto para minha sala, mas sou parado por Andrea.– Senhor Devenuto, as duas da tarde a senhorita Ventura tem uma ultrassonografia marcada, o senhor pediu para que eu lhe avisa-se. - Assinto e vou para a minha sala.Eu tinha me esquecido completamente, mas tenho certeza que Sara não se esqueceu, e muito menos me avisou.Olho para o relógio no meu pulso, meio dia e quarenta e cinco, já que voltei mais cedo pelo almoço inacabado, nós poderíamos ter ficado juntos até as duas
Por Sara2 meses depois.Me sinto tão pesada, ultimamente não tenho conseguido fazer nada, não aguento ficar em pé mais do que três minutos, e a senhora Janice tem sido minha fiel companheira para me ajudar a levantar do sofá e da cadeira.Estou tão grande, minha barriga esta enorme, sei que a bebe pode nascer a qualquer momento, por isso mesmo que Gael agora trabalha apenas em casa, ele fica de olho a qualquer movimento meu, as vezes chega a ser engraçado, e as vezes frustrante.Até agora esta tudo ocorrendo normal aos olhos da medica, mas para mim não tem nada normal, meu pés estão inchados, minhas costas doem, e estou com olheiras por não conseguir uma posição para dormir e isso preocupa muito Gael, que passa as noites em claro comigo.– Não vejo a hora desse bebe nascer. - digo sentada no sofá enquanto observo Gael digitar algo no seu Macbook. - Estou cansada. - profundamente cansada, as vezes me encontro dormindo sentada no sofá.Gael passa as mãos no rosto obviamente frustrado.
Por Sara—_Senhorita – entra uma mulher jovem no meu quarto hospitalar, ela é loira, bonita e parece que acabou de se formar __ Eu sou a Dra. Liza, cuido da ala pediátrica, como a senhora já recebeu alta viemos dar as primeiras vacinas a sua filha. – arregalo meus olhos e abaixo o olhar para Haith, ela dorme serenamente, por um momento tinha me esquecido das vacinas.—_Quantas serão? – minha filha que mal tem três anos de vida já terá que passar por dores, olho-a novamente e respiro fundo.—_Duas, uma em cada perninha. – assinto e ajeito-a em meu colo __Isso é preciso e irá prevenir doenças futuras. – tenho vontade de lhe dizer rudemente "Eu sei". Mas também sei que é preciso.—_Segure-a, ela pode ser agitar bastante. – como estou com Haith no colo a médica desabotoa seu macacãozinho branco e tira suas perninhas. Meu coração bate freneticamente quando a médica aproxima a agulha de sua perninha, olho para o rosto de minha filha ela abre os olhos iguais aos de seu pai e começa a chorar,
Por GaelAcordo assustado ao ouvir um choro alto próximo ao meu ouvido, olho para o lado e vejo Sara dormir tranquilamente, como ela não acordou? Olho para a babá eletrônica e ainda escuto o choro da minha filha. Puxo minha cadeira para o lado da cama e passo para ela, saio do quarto indo em direção ao quarto da minha filha, que é ao lado do nosso quarto, entro e vejo-a chorando, não como antes, apenas dando uma fungadinha.– Ei, princesinha do papai – digo e ela se vira seguindo o som da minha voz, imediatamente ela para de chorar e fica me olhando com os olhinhos ainda úmidos. Como o berço é alto pego o controle e aciono que faz a parte superior do berço abaixar. O quarto de Haith foi feito de forma especial, para que eu não fique pedindo ajuda para ninguém quando eu precisar pega-la ou troca-la.Pego-a no colo e verifico se sua fralda está suja, mas não, imagino que seja fome. Clico o botão da cadeira elétrica, algo que vou ter que usar com frequência já que eu não posso mais usar
Depois de quinze minutos que saímos da casa dos Devenuto, paramos em frente a um portão alto, Nash clica em algo e ele se abre, por um momento achei que iria encontrar uma casa, mas não foi isso que encontrei. Encontrei o que mais parecia um campo verde infinito, fico confusa e olho para Gael que esta sorrindo.– o que viemos fazer aqui? Apreciar a vista?- pergunto confusa, vejo que a mente de Gael esta trabalhando, ele não fala nada.O carro para e Nash abre a porta para mim, desço e espero Gael sair do carro e passar para sua cadeira de rodas, olho ao redor, tudo é lindo, aquele verde vivo se encontra em todo o lugar, o ambiente é cheio de arvores e vários tipos de flores bonitas, a palavra para definir o que eu estou sentido nesse momento é maravilhada.A imagem simplesmente me encantou, viro-me para Gael que já esta do meu lado.– me acompanhe Sara.Gael liga a cadeira elétrica e acompanho-a, paramos no meio do nada, e finalmente pergunto.– Gael, o que estamos fazendo aqui?– o q
– Vamos Sara, vamos. 1,2 3,1 2,3.Adoro praticar Luta Livre, meu ex namorado me apresentou esse esporte a um ano atrás e simplesmente amo praticar, pois como o nome já diz "luta livre", e isso quer dizer vale tudo!! E eu adoro isso.Há um ano atrás vim visitar o ginásio com o meu ex para ver ele praticando, e com o tempo fui visitando mais vezes e quando eu vi eu já estava praticando a luta, comei a praticar três vezes por semana e como é de costume todo mundo quando começa é uma merda e eu não era exceção, mais com muito treino e dedicação hoje eu bato em vários musculosos aqui do ginásio.Acabando o treino pego a minha bolsa e coloco o fone no ouvido e começo a ouvi Maps do Marron 5, e vou caminhando até o dormitório que eu divido a mais de três anos com a minha amiga Samantha. Vamos nos formar no final desse ano, e falta pouco, apena um mês. Eu vou me formar em literatura e realizar o meu sonho de trabalhar com livros, que é a minha paixão.Entro no dormitório e vejo uma Samantha c
Pov. Sara– Senhorita Ventura pode entrar, o Senhor Devenuto lhe aguarda- diz a loiraMe levanto pego a bolsa e me dirijo até a porta, a loira me dá uma aceno com a cabeça, acho que é para mim entrar, eu faço o mesmo gesto a ela e entro.Quando entro a primeira coisa que vejo são artes nas paredes, mais são artes tristes, uma imagem de um deserto morto, um homem em agonia, plantas mortas e etc. Isso é macabro.Olho para o restante da sala e ela é austera e fria, enquanto meus olhos passeia pela sala, eles param e fixa em um homem sentado, mas o problema é que ele não é apenas um homem, e sim o mais lindo que eu já vi em minha vida!Ele tem os cabelos cor de cobre e profundos olhos azuis, olhos que estão olhando pra mim agora, olhos inquisitivos.– Senhorita Ventura eu presumo- ele diz com uma voz gelada que eu até me arrepio.– Sim.– O que houve com a senhorita Carter que não pode vir a entrevista?– Ela está doente – Digo, pois parte é verdade– E você veio em seu lugar? – Será que
Pov. SaraVoltando para o dormitório, já estava pensando o que a Samantha iria achar quando ela descobrir que eu não acabei a entrevista? Quando entro já dou de cara com Samantha .– Então Sara, como foi a entrevista?– Foi boa.– Boa? Só isso que você me diz?– Há Samantha o que você queria que eu dissesse? Eu não sabia nada do cara, e outra, você sabe ele é paraplégico?– Claro que sim!Então só eu que paguei de burra naquela entrevista por não saber de nada.– Ok Sara, onde estão as respostas?Entreguei as coisa pra ela e fui para o meu quarto. Peguei as minhas coisa para estudar, já que esse é o último mês de aula e as provas estão chegando.Quando estou finalmente concentrada, Samantha grita.– Saraaaaaaaa!Eu já sábia o porquê!!– O que foi? – Fui em direção do grito.– Mais aqui não tem quase nada! – Diz ela quase chorando.– Samantha, o cara tinha uma reunião!– Mais pelo o que eu entendi ele ia desmarcar! Você que saiu correndo de lá, pelo jeito.Eu sai correndo? Droga, si