— Buaaaaaaaa, Vossa Alteza! Aaaaaaaah.— Pronto, pronto. Passou, já passou. Não precisa chorar.Lucian entregava outro lenço para Argus, que continuava a chorar. Ele assoava o nariz no lenço e recebia mais um para poder enxugar as lágrimas de emoção que insistiam em escorrer pelo seu fino rosto.— E-Eu nunca imaginei que seria capaz de ver a Vossa Alteza se casando. Buaaaaaaaa, me sinto tão aliviado.Soltando um riso baixo, Lucian afagava o ombro do seu leal criado. Não o julgaria, afinal aquele era um feito que nem mesmo o verdadeiro oitavo príncipe conseguiria. Nem estava na história original a aproximação entre Lucian e Magnus de uma maneira romântica. Na verdade, a única interação que ambos os personagens tiveram era Lucian assassinar Magnus.— Eu deveria ser cuidadoso perto do Magnus…— O que disse, Vossa Alteza?— Que você está chorando demais, não precisa ficar tão emocionado.— Mas é claro que sim, Vossa Alteza! — Argus se levantou repentinamente, com o peito estufado — Finalm
A Baronesa Vaugh era uma senhora viúva considerada a rainha do círculo social entre os nobres. Em , ela acolheu Stephen e se amadrinhou o apoiando em festas o protegendo da vilania de Magnus.Muitos solteiros sonham em receber o apoio da Baronesa, já que seus diamantes escolhidos sempre tiveram bons casamentos e conquistaram uma vida confortável. No entanto, a Baronesa é muito rígida na escolha dos seus diamantes, não sendo qualquer um que é acolhido por ela. Talvez as suas dicas sejam preciosas e milagrosas ao ponto de tornar solteiros tímidos em jóias centrais da alta temporada.Por esse motivo que os seus jantares eram esperados pelos solteiros que se sentiam sem esperanças no mercado casamenteiro.O que não era o caso de Lucian.A carruagem escura com o brasão da família Grimwood parou em frente à mansão Vaugh, já chamando a atenção de alguns convidados que acabaram de chegar. Para a surpresa dos curiosos, Lucian desceu e se virou estendendo a mão para Magnus,
Durante aquele baile, Lucian percebia o quão "popular" Magnus era. Muitos homens nobres cumprimentaram ele e falaram sobre trabalho e negócios dos quais o Grão-duque respondeu habilmente. Chegava a soar como um idioma estranho eles falarem de algo que Lucian não entendia muito bem, e ainda assim era bonito de se ver. A elegância de Magnus ao falar com tamanha propriedade sobre negócios era… estranhamente excitante apesar de ainda ser enfadonho.Claro que a parte de socializar era importante para eles, principalmente para ostentar a bela aliança de noivado que os dois rapazes compartilhavam. Para o prazer de Lucian, naquela festa ele não precisou pisar no centro do salão e rodopiar feito uma cotovia, já que Magnus não era alguém que se divertia dançando.No entanto, ainda era cansativo ver tantas pessoas conversando com eles e fazendo as mesmas perguntas.— Vossa Graça, como vocês acabaram juntos?— Estou ansiosa para a festa de noivado, quando será?— Teremos mais boas notícias em bre
Pela primeira vez desde que chegou àquele mundo, Lucian se via ocupado com algo. Até então, ele poderia desfrutar de uma xícara de chá e aproveitar o silêncio da sua biblioteca vazia, fazer alguns passeios no centro comercial ou até mesmo simplesmente pensar sobre a história original. Agora, por ele ter dito que tinha pressa em se casar com Magnus, tal calmaria lhe foi retirada.— As mesas chegaram, lembrem-se de colocá-las no centro do salão, precisamos deixar espaço para a mesa maior onde ficará o bolo.— As cortinas também chegaram!— Esperem! Precisamos limpar as janelas primeiro! Chamem a equipe de limpeza para deixarem os seus afazeres e focar nas janelas agora.Todo o palácio estava uma verdadeira bagunça, refletindo a emoção de um anúncio. A festa de noivado de Lucian e Magnus estava sendo preparada há semanas e a grande noite se aproximava. Apesar de se tratar apenas do noivado deles e não do seu casamento era um ponto a ganhar atenção, já que fazia as expectativas aumentarem
— Ham…O que deveria fazer?Retribuir o abraço?Tratar com frieza?O que raios estava acontecendo?O homem continuava a abraçá-lo apertado, não dando nenhum sinal de que o soltaria tão cedo. O desespero foi crescendo e Lucian só tentava se lembrar de alguma menção sobre aquele homem na história original. Aquela sensação era ainda pior do que encarar o Imperador com aquela intensidade e presença.Afastando-se de Lucian, o homem ainda o segurava pelos braços e seus olhos escuros avaliavam o semblante do oitavo príncipe com preocupação.— Me diga como está se sentindo. Por acaso se lembra de algo? Aconteceu algo?— Eu deveria estar sentindo algo… Vossa Majestade?Por um instante aquele homem ficou hesitante e calado, como se não esperasse aquelas palavras vindas de Lucian. Droga, teria ele dito algo errado? Por acaso Lucian tinha algum envolvimento com aquele senhor? Qual era?Ah, iria enlouquecer!— Não, claro que não. Me perdoe, acho que devo ter te assustado, não?— Um pouco, admito.
Depois de tomarem chá juntos, o consorte convidou Lucian para uma breve caminhada pelo Palácio do Sol. Foi interessante ver todos os criados do palácio se curvarem respeitosamente e se manterem curvados até o consorte não ser mais visto. Muito diferente de quando cumprimentaram Lucian mais cedo, onde apenas curvaram suas cabeças e continuaram andando.— Faz tanto tempo que não vejo este lugar tão animado — Comentava o alfa.— Pensei que aqui fosse bem movimentado por causa dos nobres que buscam uma audiência com o Imperador.— Isso porque eles não são permitidos nesta região do Palácio do Sol. Claro que os príncipes e as princesas podem, que fique bem claro.Lucian apenas sorriu levemente. Por acaso estava recebendo permissão para perambular o palácio onde o Imperador e o seu consorte vivem? Era uma permissão desnecessária, considerando que Lucian queria sair dali o quanto antes.— Oh, Vossa Majestade!A voz feminina soou pelos corredores interrompendo a caminhada dos dois. Ambos vira
Já era noite quando o Imperador entrou no quarto e encontrou o seu esposo sentado na penteadeira. Como era de se esperar, o seu semblante parecia preocupado enquanto encarava o nada, coisa que ele fazia quase todas as noites desde que eles "retornaram". A sua mente poderia estar divagando nas margens dos lugares mais longínquos carregando um barco de preocupações que pesariam em seus ombros, deixando transparecer em cada traço de seu rosto.Silenciosamente, o Imperador aproximou por trás e acariciou os ombros largos do esposo, que acordou do devaneio e virou-se para trás e abriu um sorriso.— Oh, vejo que já voltou.— No que estava pensando? Fiquei sabendo que passou a tarde com Lucian, pensei que estaria mais contente.— Sim…O consorte desviou o olhar e soltou um suspiro cansado.— O que foi, Cass? Aconteceu algo?— Eu não sei dizer ao certo. Receio que Lucian tenha profundas mágoas, principalmente a meu respeito.— Por quê?Cassander ergueu os olhos escuros para o esposo e então se
Dentro da carruagem pairava o desconforto por três pessoas compartilharem o espaço sem dizer uma única palavra. Rehael erguia os olhos claros para Lucian, que por sua vez encarava o lado de fora sem parecer interessado em conversar.Desde que Cassander lhe contou sobre o desabafo enfurecedor do oitavo príncipe, Rehal se sentia incomodado. Era justificável a sua vontade de sair do palácio e mantê-lo longe da batalha pelo trono, só que feria o seu orgulho saber que o seu esposo se tornou alvo das palavras de Lucian. O Imperador queria questioná-lo ao mesmo tempo que se mantinha de boca fechada por já imaginar qual a resposta receberia. Ainda assim, ele tentaria.— Lucian, você sabe onde estamos indo? — Questionou o Imperador.O rapaz olhou em sua direção, inexpressivo e com um tom calmo, ele respondeu como se deixasse claro a distância entre eles.— Ao Templo das Almas para conseguir a permissão para o meu noivado.— Isso mesmo. Como deve saber, o templo é um grande aliado nosso, pois n