Assim que passou pela enorme porta da mansão Grimwood, Magnus retirou o seu sobretudo pesado e entregou ao mordomo beta. Estando livre o suficiente para respirar fundo, o ômega atravessou a sala e seguiu o corredor da mansão escura, tendo o mordomo em seu encalço.— Como foi a sua reunião com o oitavo príncipe, Vossa Graça?— Esclarecedor e irritante. O que temos por aqui?— Chegaram algumas cartas para a Vossa Graça e alguns documentos que o Barão pediu para que você revisasse.— Mais trabalho… e quanto aos meus irmãos?— Saíram para o centro comercial. Acredito que estejam procurando um estilista para fazer o terno do mestre Jesse.— Ótimo, terei paz por algumas horas.Magnus entrou em seu enorme escritório, deparando-se com uma pilha de documentos sobre a sua mesa. Respirando fundo, ele se sentou atrás da pilha e começou a ler os documentos e a separá-los antes de começar a trabalhar em cima deles.Como sempre, o Grão-duque tinha que cuidar dos assuntos do seu território ao leste.
Somente dois dias depois o mensageiro do palácio entregou uma mensagem do Imperador, que constava o seu desejo em ver o Grão-duque o quanto antes. No dia seguinte, Magnus partiu para o palácio imperial logo após o café da manhã, se sentindo levemente ansioso para descobrir se o Imperador sabia ou não do que ele e Lucian haviam feito na festa na outra noite.O Palácio do Sol era um lugar familiar para Magnus, que visitava constantemente para conversar com o Imperador sobre trabalho e assuntos políticos. E também, quando visitava Cadec, era necessário atravessar o palácio do Imperador, tornando aqueles corredores conhecidos. No entanto, Magnus se sentia levemente sufocado por estar ali para tratar de um assunto tão… particular.Parado em frente à enorme porta do escritório de Sua Majestade, Magnus apertava levemente os dedos enluvados e tentava manter o rosto inexpressivo. Até o momento em que obtivesse algum sinal de que o Imperador saberia do assunto ou não… Magnus deveria se manter e
— Eu já disse que não estou grávido!— É apenas uma consulta com o médico. Mesmo que não esteja, seria bom fazer uma checagem.— Considerando que ambos foram descuidados, seria melhor tirarmos a dúvida. Hector, por favor, chame o médico imperial.— Sim, Vossa Majestade.Magnus queria pular da janela o quanto antes.Apesar dele e Lucian estarem drogados e com seus instintos à flor da pele, Magnus se lembrava perfeitamente que o oitavo príncipe não ficou atado em si. Talvez pela quantidade de droga utilizada ter sido pequena ao ponto deles se sentirem saciados com apenas uma transa, ou talvez fosse por seus corpos resistirem fortemente aos efeitos secundários… Independente de qual fosse o motivo, era fato que Magnus se lembrava perfeitamente daquela noite e tinha certeza de que Lucian não ficou atado.Ainda assim o oitavo príncipe era teimoso e habilmente deixou o Imperador preocupado. Claro, a reputação da Família Imperial estaria em jogo. Onde já se viu o oitavo príncipe, reconhecido
O Palácio do Sol era o maior palácio do império, sendo uma mera demonstração do poder do Imperador que ali reside. Era um lugar grande e bem cuidado que chegava a brilhar como o sol, o que fazia jus ao seu nome grandioso. Os seus jardins não seriam diferentes, bem cuidados com flores coloridas e folhas verdes que davam vida ao palácio.Era um lugar muito bonito de se caminhar, muitos nobres que visitavam o palácio - seja para trabalhar ou para aproveitar as festas - cediam alguns minutos do seu tempo para apreciar a bela paisagem.No centro do jardim, havia uma enorme árvore, cujas folhas pendiam no ar criando uma cortina que balançava com o vento gelado. Parados observando aquela imensa árvore, os dois rapazes se mantinham em silêncio.Com o propósito de ser transparente com o Grão-duque, Lucian abriu mão de algumas informações que ele sabia sobre o seu vilão preferido. O único detalhe que se tratou de uma mera suposição foi o fato de Magnus ter aceitado o casamento para tirar provei
— Buaaaaaaaa, Vossa Alteza! Aaaaaaaah.— Pronto, pronto. Passou, já passou. Não precisa chorar.Lucian entregava outro lenço para Argus, que continuava a chorar. Ele assoava o nariz no lenço e recebia mais um para poder enxugar as lágrimas de emoção que insistiam em escorrer pelo seu fino rosto.— E-Eu nunca imaginei que seria capaz de ver a Vossa Alteza se casando. Buaaaaaaaa, me sinto tão aliviado.Soltando um riso baixo, Lucian afagava o ombro do seu leal criado. Não o julgaria, afinal aquele era um feito que nem mesmo o verdadeiro oitavo príncipe conseguiria. Nem estava na história original a aproximação entre Lucian e Magnus de uma maneira romântica. Na verdade, a única interação que ambos os personagens tiveram era Lucian assassinar Magnus.— Eu deveria ser cuidadoso perto do Magnus…— O que disse, Vossa Alteza?— Que você está chorando demais, não precisa ficar tão emocionado.— Mas é claro que sim, Vossa Alteza! — Argus se levantou repentinamente, com o peito estufado — Finalm
A Baronesa Vaugh era uma senhora viúva considerada a rainha do círculo social entre os nobres. Em , ela acolheu Stephen e se amadrinhou o apoiando em festas o protegendo da vilania de Magnus.Muitos solteiros sonham em receber o apoio da Baronesa, já que seus diamantes escolhidos sempre tiveram bons casamentos e conquistaram uma vida confortável. No entanto, a Baronesa é muito rígida na escolha dos seus diamantes, não sendo qualquer um que é acolhido por ela. Talvez as suas dicas sejam preciosas e milagrosas ao ponto de tornar solteiros tímidos em jóias centrais da alta temporada.Por esse motivo que os seus jantares eram esperados pelos solteiros que se sentiam sem esperanças no mercado casamenteiro.O que não era o caso de Lucian.A carruagem escura com o brasão da família Grimwood parou em frente à mansão Vaugh, já chamando a atenção de alguns convidados que acabaram de chegar. Para a surpresa dos curiosos, Lucian desceu e se virou estendendo a mão para Magnus,
Durante aquele baile, Lucian percebia o quão "popular" Magnus era. Muitos homens nobres cumprimentaram ele e falaram sobre trabalho e negócios dos quais o Grão-duque respondeu habilmente. Chegava a soar como um idioma estranho eles falarem de algo que Lucian não entendia muito bem, e ainda assim era bonito de se ver. A elegância de Magnus ao falar com tamanha propriedade sobre negócios era… estranhamente excitante apesar de ainda ser enfadonho.Claro que a parte de socializar era importante para eles, principalmente para ostentar a bela aliança de noivado que os dois rapazes compartilhavam. Para o prazer de Lucian, naquela festa ele não precisou pisar no centro do salão e rodopiar feito uma cotovia, já que Magnus não era alguém que se divertia dançando.No entanto, ainda era cansativo ver tantas pessoas conversando com eles e fazendo as mesmas perguntas.— Vossa Graça, como vocês acabaram juntos?— Estou ansiosa para a festa de noivado, quando será?— Teremos mais boas notícias em bre
Pela primeira vez desde que chegou àquele mundo, Lucian se via ocupado com algo. Até então, ele poderia desfrutar de uma xícara de chá e aproveitar o silêncio da sua biblioteca vazia, fazer alguns passeios no centro comercial ou até mesmo simplesmente pensar sobre a história original. Agora, por ele ter dito que tinha pressa em se casar com Magnus, tal calmaria lhe foi retirada.— As mesas chegaram, lembrem-se de colocá-las no centro do salão, precisamos deixar espaço para a mesa maior onde ficará o bolo.— As cortinas também chegaram!— Esperem! Precisamos limpar as janelas primeiro! Chamem a equipe de limpeza para deixarem os seus afazeres e focar nas janelas agora.Todo o palácio estava uma verdadeira bagunça, refletindo a emoção de um anúncio. A festa de noivado de Lucian e Magnus estava sendo preparada há semanas e a grande noite se aproximava. Apesar de se tratar apenas do noivado deles e não do seu casamento era um ponto a ganhar atenção, já que fazia as expectativas aumentarem