Maverick havia conhecido Stephen em uma missão para proteger um vilarejo próximo das fronteiras. Durante o tempo em que o alfa permaneceu no vilarejo para cumprir sua missão, eles se tornaram cada vez mais próximos até o ponto de Maverick descobrir que Stephen era o filho perdido do Conde Baragnon.Foi após a guerra, no caminho de volta, que Maverick começou a demonstrar mais a sua afeição ao ômega. E como Magnus acompanhava Maverick, ali surgia um triângulo amoroso.Lucian estava ciente de que o seu vilão já estaria dando o primeiro passo à sua vilania. Uma droga que forçaria o cio de Stephen e o faria cair nos braços de um outro alfa, e assim romper a confiança entre o casal principal.O problema era que Lucian iria bagunçar os planos de Magnus.— Algum problema, Vossa Graça? — Perguntava Stephen inocentemente.Magnus piscava aturdido e Lucian só podia engolir o seu sorriso vitorioso.— Não… eu pensei ter visto algo…Ah, ele não iria admitir que tentou drogar o filho do Conde, certo
Ler sobre os instintos dos híbridos fazia parecer que era algo intenso e quente, a luxúria que cobria duas pessoas fazendo-as agir de acordo com os seus desejos. Para um leitor o cio dos híbridos parecia sempre ser apenas uma desculpa para o sexo entre os dois personagens. Algo que nem toda história precisaria, já que a atração entre duas pessoas era algo que qualquer um poderia entender facilmente.Só que agora Lucian percebia que era bem mais fundo do que pensava.Era… incontrolável. Dentro de si havia uma fera que saía do seu esconderijo para possuir um ômega independente se era da vontade do ego ou não. Pouco importaria para aquela fera se o alfa e o ômega se conheciam e se gostavam, o fato de serem híbridos liberando feromônios era o suficiente.Tudo era tão intenso que Lucian se sentia sem ar. O seu corpo movia sozinho, ansiando pelo calor da pele de Magnus. O aroma de vinho era como uma serpente que se enrolava no corpo de Lucian e o seduzia cada vez mais para a luxúria. A líng
Magnus estava espumando de raiva.Aquele maldito príncipe! Como ele se atreve a emboscá-lo daquela maneira?! Claro que se Lucian não tivesse usado os seus feromônios dentro do quarto, Magnus jamais se deitaria com ele… é tudo culpa dos feromônios e do instinto ômega que anseia por um alfa.Isso mesmo… Imagina se ele iria se sentir atraído por aqueles olhos claros e brilhantes feito diamantes ou se iria sentir cócegas com as pontas daqueles longos cabelos platinados tocando o seu rosto. Ou pior ainda, se ele fosse se sentir arrepiado quando aqueles dedos compridos e finos deslizaram entre as suas coxas.De maneira alguma Magnus iria gostar daquilo e cair naquela armadilha propositalmente… hah.Depois de garantir que suas roupas estavam cobrindo cada marca de chupão em seu corpo e que seu cabelo preto estava penteado para trás sem deixar nenhuma pista do que aconteceu, Magnus saiu do quarto alguns minutos depois de Lucian.Só de ver o oitavo príncipe acompanhando sua irmã com aquele sor
Ah, a calmaria. Se havia algo naquele mundo fantástico que Lucian tirava proveito era a calmaria. Sem carros buzinando, vizinhos usando vassouras para bater no teto, contas para pagar e nem chefes irritantes batendo na sua mesa pedindo para refazer relatórios.Lucian podia degustar a xícara de chá e observar a bela paisagem que tinha da sua janela e tudo ficaria bem. Era a paz que ele precisava depois de ter enfrentado um mal estar e tonturas depois da festa do Conde Barangon…Uma paz…Até ele ouvir passos apressados vindo do corredor. Ainda que ouvisse aqueles passos, Lucian se manteve calmo observando a paisagem pela janela e a beber mais um gole do chá medicinal. Mesmo quando a porta do seu quarto foi aberta repentinamente e mostrasse a figura desesperada de Argus, Lucian se mantinha calmo.— Vossa Alteza! E-Ele veio! Ele está aqui.Virando a cabeça lentamente, Lucian ergueu a sobrancelha.— Respire fundo e diga com calma. Quem está aqui?O criado beta respirou fundo três vezes e e
Assim que passou pela enorme porta da mansão Grimwood, Magnus retirou o seu sobretudo pesado e entregou ao mordomo beta. Estando livre o suficiente para respirar fundo, o ômega atravessou a sala e seguiu o corredor da mansão escura, tendo o mordomo em seu encalço.— Como foi a sua reunião com o oitavo príncipe, Vossa Graça?— Esclarecedor e irritante. O que temos por aqui?— Chegaram algumas cartas para a Vossa Graça e alguns documentos que o Barão pediu para que você revisasse.— Mais trabalho… e quanto aos meus irmãos?— Saíram para o centro comercial. Acredito que estejam procurando um estilista para fazer o terno do mestre Jesse.— Ótimo, terei paz por algumas horas.Magnus entrou em seu enorme escritório, deparando-se com uma pilha de documentos sobre a sua mesa. Respirando fundo, ele se sentou atrás da pilha e começou a ler os documentos e a separá-los antes de começar a trabalhar em cima deles.Como sempre, o Grão-duque tinha que cuidar dos assuntos do seu território ao leste.
Somente dois dias depois o mensageiro do palácio entregou uma mensagem do Imperador, que constava o seu desejo em ver o Grão-duque o quanto antes. No dia seguinte, Magnus partiu para o palácio imperial logo após o café da manhã, se sentindo levemente ansioso para descobrir se o Imperador sabia ou não do que ele e Lucian haviam feito na festa na outra noite.O Palácio do Sol era um lugar familiar para Magnus, que visitava constantemente para conversar com o Imperador sobre trabalho e assuntos políticos. E também, quando visitava Cadec, era necessário atravessar o palácio do Imperador, tornando aqueles corredores conhecidos. No entanto, Magnus se sentia levemente sufocado por estar ali para tratar de um assunto tão… particular.Parado em frente à enorme porta do escritório de Sua Majestade, Magnus apertava levemente os dedos enluvados e tentava manter o rosto inexpressivo. Até o momento em que obtivesse algum sinal de que o Imperador saberia do assunto ou não… Magnus deveria se manter e
— Eu já disse que não estou grávido!— É apenas uma consulta com o médico. Mesmo que não esteja, seria bom fazer uma checagem.— Considerando que ambos foram descuidados, seria melhor tirarmos a dúvida. Hector, por favor, chame o médico imperial.— Sim, Vossa Majestade.Magnus queria pular da janela o quanto antes.Apesar dele e Lucian estarem drogados e com seus instintos à flor da pele, Magnus se lembrava perfeitamente que o oitavo príncipe não ficou atado em si. Talvez pela quantidade de droga utilizada ter sido pequena ao ponto deles se sentirem saciados com apenas uma transa, ou talvez fosse por seus corpos resistirem fortemente aos efeitos secundários… Independente de qual fosse o motivo, era fato que Magnus se lembrava perfeitamente daquela noite e tinha certeza de que Lucian não ficou atado.Ainda assim o oitavo príncipe era teimoso e habilmente deixou o Imperador preocupado. Claro, a reputação da Família Imperial estaria em jogo. Onde já se viu o oitavo príncipe, reconhecido
O Palácio do Sol era o maior palácio do império, sendo uma mera demonstração do poder do Imperador que ali reside. Era um lugar grande e bem cuidado que chegava a brilhar como o sol, o que fazia jus ao seu nome grandioso. Os seus jardins não seriam diferentes, bem cuidados com flores coloridas e folhas verdes que davam vida ao palácio.Era um lugar muito bonito de se caminhar, muitos nobres que visitavam o palácio - seja para trabalhar ou para aproveitar as festas - cediam alguns minutos do seu tempo para apreciar a bela paisagem.No centro do jardim, havia uma enorme árvore, cujas folhas pendiam no ar criando uma cortina que balançava com o vento gelado. Parados observando aquela imensa árvore, os dois rapazes se mantinham em silêncio.Com o propósito de ser transparente com o Grão-duque, Lucian abriu mão de algumas informações que ele sabia sobre o seu vilão preferido. O único detalhe que se tratou de uma mera suposição foi o fato de Magnus ter aceitado o casamento para tirar provei