No dia que iriam embora, eles precisavam acordar cedo. Jensen já estava de pé e de banho tomado. Tentou acordar Vivi, mas ela dormia feito uma pedra e se recusava a levantar-se. Ele foi tentar pela última vez.
- Pequena... – falou, dando vários beijos no pescoço dela e descendo até metade de suas costas.- Assim eu não resisto – resmungou, sorrindo um pouco.- Levanta, a gente vai se atrasar – levantou o cabelo dela e beijou atrás de sua orelha.- O que você acha de voltar para a cama? – perguntou, virando-se lentamente para ele, notando que já estava vestido.- Se tivéssemos mais que uma hora, eu juro que voltava para te fazer companhia – sorriu.- Só temos uma hora até o vôo? – se assustou e despertou rapidamente. Ele sorriu, meneando a cabeça positivamente.- Por que não me acordou mais cedo? &nda– Enquanto isso não acontece, vai voltar a dormir – praticamente ordenou e a deitou novamente na cama.- Ah, marido – ironizou. – Dormir nessa cama enorme sozinha é muito ruim – fez charminho e beijou o dorso de sua mão.- Só hoje, eu prometo – resistiu ao charme dela. – E você precisa descansar, ou esqueceu que hoje é o dia da mudança? – a lembrou.- Verdade – deu um tapa na própria testa. – Me esqueci completamente.- Não precisa disso – riu e deu um beijo onde ela deu o tapa.- Pode deixar, agora vai logo porque estou curiosa para ver o carro novo – praticamente o expulsou do quarto.- Esteja acordada quando eu voltar – a avisou.- Não garanto nada – sorriu e abraçou o travesseiro dele, virando-se na cama para voltar a dormir.- Estou avisando... – fechou a porta do quarto e sa
Após o café da manhã, os dois foram para a casa de Mackenzie, para visitá-la. Mas antes passaram em uma loja para comprar presentes para a sobrinha. Como não sabiam o que ela já tinha, compraram um carrinho, um enxoval quase completo, vários ursinhos de pelúcia, entre outras coisas.Quando chegaram à casa de Mackenzie, foram entrando com todos os presentes.- Nós tivemosumafilha, não cinco – Jared brincou.- Fala isso para ele –Vivi zombou do marido, que quis comprar a maior parte das coisas.- É minha sobrinha, eu posso. Seu mal agradecido – resmungou.- Não fica bravo – o abraçou forte.- Sai para lá, não confunda os irmãos – brincou, se afastando do cunhado.- Essas crianças não têm jeito – Mackenzie se aproximou deles e deu um abraço em&nb
- Coitadinha – fez carinho, por cima do edredom, no pé dela. – Já comeu alguma coisa? – a questionou interessada.- A última vez que ela comeu foi ontem à noite – Jensen respondeu pela esposa.- Você precisa se alimentar – a avisou. – Vou preparar algo para você. Quer algo especial? – perguntou, indo em direção à porta.- Eu não estou com fome – sentiu a garganta arder.- Mas precisa comer – agora foi Alan que praticamente ordenou.Enquanto Donna estava com Alan na cozinha preparando algo paraVivi comer, Jensen insistiu para que ela tomasse um banho.- Eu não consigo nem levantar a cabeça que tudo começa a rodar, como vou sair daqui para tomar banho? – respirava fundo.- Eu te levo – sorriu amorosamente, a ajudando a sair da cama.Ele era o apoio deVivi durante o banho, n&a
-Vivi? – perguntou assustado quando viu a posição em que a esposa estava e se agachou ao lado dela.- Sangue – sussurrou em um fio de voz e mostrou a mão para Jensen, que procurava desesperadamente de onde aquele sangue vinha.Vivi sentiu outra pontada, que dessa vez parecia mais ser uma faca entrando em seu abdômen.Ela segurou com força o braço dele, e começou a chorar, demonstrando que a dor estava ficando cada vez mais forte, como se isso ainda fosse possível.- Vamos para o hospital – falou alarmado com o que estava acontecendo. Passou um dos braços por trás dela; com o outro, segurou suas coxas por baixo, a pegando no colo.Saiu dali o mais depressa que pôde.Vivi estava com a cabeça baixa, chorando e completamente assustada. Enquanto passavam rapidamente pela sala, Jensen pegou a chave do carro e nem se preocupou em pegar mais nada, abriu a p
Três semanas haviam se passado desde queVivi perdera o bebê. Seu humor variava muito. Tinha dias que ficava na cama chorando compulsivamente e se culpando; em dias mais raros, estava com raiva do mundo e descontando isso no primeiro que aparecesse na sua frente; nos outros, ela andava pela casa de um lado para o outro, como se só o corpo estivesse ali, mas o que havia dentro evaporou ou estava fora do ar. Jensen fazia o que podia para ajudar a esposa, mesmo não sabendo certamente o que fazer. Como saberia? Era a primeira vez que isso tinha acontecido com ele, e esperava que fosse a última.Em uma noite ele chegou tarde do trabalho. Tinha ficado duas semanas sem ir trabalhar no novo filme que estava gravando por causa do acontecido, mas tinha que seguir em frente, não podia parar com a vida. Entrou no quarto eVivi estava toda encolhida no sofá, abraçando seus próprios joelhos e com o olhar distante.-
- Talvez você tenha razão – disse pensativo. – Mas eu preferia que toda a dor que ela sentiu,eutivesse sentido. Ninguém tem que passar por isso sozinho.- Mas ela não passou, você estava ao lado dela o tempo todo, não se lembra? – o questionou.- Sim, eu sei. Mas será que isso fez realmente a diferença?- Claro que fez – o olhou confuso. – Jensen, você já conversou com aVivi sobre isso tudo que está me contando? – indagou.- Não – respondeu, meneando negativamente a cabeça.- Faça isso, você pede para ela desabafar com você, mas não faz o mesmo com ela. Tenho certeza que isso irá ajudar muito – o aconselhou.- Pode ser – falou sem certeza.- Me ouça, amigo. Posso estar errado, mas não custa nada tentar, certo? – arqueou as sobranc
- Mocinha, não pode subir a escada sozinha - a alertou, segurando em sua mão, começando a subir junto com ela.Assim que chegaram ao andar superior, Jensen soltou a mão dela, e menina foi em direção ao quarto do casal, entrou eVivi também não estava lá.- Cadê a Dinha? – olhou para Jensen com uma cara triste.- Não sei, espere aqui - a sentou na cama e foi em direção à porta do banheiro.-Vivi? – a chamou e deu algumas batidas na porta.- Já estou saindo - ela respondeu alto.- Ouviu? – virou-se para Júlia, que fez sinal de positivo com a cabeça.- Dinha está tomando banho - sorriu para Jensen, que balançou a cabeça, concordando com ela.Assim queVivi abriu a porta do banheiro, viu Júlia sentada na cama, com as pernas cruzadas. Achou uma graça naquilo.
- Júlia - ele gritou, brincando, a puxando para si e fazendo cócegas nela.- Mas que covardia é essa? –Vivi juntou-se a eles na brincadeira, e não escapou das cócegas.- Socorro, socorro - Júlia gritava, engatinhando na cama fugindo, dos dois. O que foi em vão, porque eles a alcançaram e agora os dois faziam cócegas nela.Sempre era divertido quando Júlia estava na casa deles. Voltavam aos tempos de infância. Não que Júlia fosse necessária para que isso acontecesse, os dois sempre brincavam um com o outro, mas quando ela estava por perto, as brincadeiras aumentavam. E muito!Após o almoço, levaram Júlia de volta para os seus pais, dessa vezVivi os acompanhou juntamente com Funny, que estava no branco de trás, sentada ao lado de Júlia.- Pára - ela gritava com a cachorra, que insistia em tentar lamb