- Não. - Respondi guardando o cartão em minha bolsa, eu não pretendia ligar pro William, más mesmo assim guardaria o seu contato. Allan bufou, ele estava visivelmente irritado por eu guardar o contato. Deixei ambos com suas caras feias para trás e segui até o carro de Kallik. - Se quiser posso te dar um carona. - Allan ofereceu antes que eu entrasse, más eu não queria ficar perto dele, não fazia bem pra minha sanidade. - Não precisa, Obrigado. - Forcei um sorriso e entrei no carro de Kallik deixando Allan e sua cara amarrada para trás. - Fiquei com pena do Allan agora! - Kallik disse em ar de riso quando começou a dirigir. - Por que? - Pela primeira vez na vida ele foi rejeitado por uma garota e justo pela mãe dos seus filhos, ele está fodido mesmo. - Kallik aumentou o riso parecendo se divertir com o sofrimento do primo. - Isso não é verdade, alguém já deve ter dito não à ele um dia. - Talvez a mãe ou o pai dele, más uma garota? Nunca. - Revirei os olhos, isso era
Hanna me encarava como se eu fosse louco, e no fundo eu mesmo me perguntava porque a ver com outro me incomodava tanto. Minha única justificativa plausível para a situação foi dizer que pressentia que Kallik não tinha bons pensamentos para com ela. Eu conhecia o Kallik desde que ele nasceu, eu sabia exatamente quais eram as intenções dele com ela, eu não queria que Hanna caísse nas labias dele e que ela fosse apenas mais uma a sofrer por ele. Sei que não sou o homem ideal para falar sobre sentimentos, mas sempre fui sincero com todas as mulheres que me envolvia, sempre deixei bem claro que eu não queria um relacionamento e que seria apenas uma noite e nada mais, já Kallik não, ele prometia o mundo e o fundo, fazia a garota estar perdidamente apaixonada por ele para simplesmente a trocar por outra, sem consideração alguma com os sentimentos delas. Eu não devia, mas não conseguia não me importar em saber que Hanna poderia ser mais uma 'vítima' de Kallik. - Eu não me importo com
Dylan estava totalmente fora de si. Allan estava em minha frente de forma protetora, porém isso não me deixava nenhum pouco mais calma. Escutei o barulho da arma sendo disparada e como toda pessoa normal, a minha única reação foi gritar. Porém não fui atingida. Por questão de segundos Allan se virou ficando de costas para mim, foi tudo muito rápido, graças aos céus ele era ágil e em segundos ele sacou a arma de Dylan que parecia assustado com a própria atitude, caindo sobre o chão, Dylan ficou rendido e eu agradeci por isso. - Hanna, preciso que pegue meu celular do bolso e ligue para Jown agora! - Allan ordenou ainda prendendo Dylan ao chão. Mais que de pressa tratei de o obedecer. Peguei seu celular e e após desbloqueá-lo usando seu rosto, abri as chamadas e Jown era um dos contatos para emergência. Coloquei a chamada no viva-voz. - 'Jown estou no estacionamento da clinica obstMedical,
Buscando forças no meu interior, me afastei de Allan antes que fosse tarde de mais. - Obrigado por ter defendido eles. - Disse antes de deixar o quarto dele e praticamente correr às escadas até meu quarto correndo. 'Parabéns Hanna! É isso aí! Você consegue! Você é mais forte do que seus sentimentos por esse babaca' Disse à mim mesma enquanto me olhava no espelho do banheiro. Agora lúcida e fora do alcance dos poderes de persuasão de Allan, eu conseguia pensar com clareza, e foi inevitável pensar em tudo que aconteceu, e principalmente pensar em qual seria a sentença para Dylan? Tentaria descobrir dessa vez, não deixaria que Allan me escondesse o que tinha sido destinado à Dylan assim como ele me escondeu o verdadeiro destino de Luiz, nem que para isso eu precisasse perguntar diretamente ao Jymmi. ***
Os meses se passaram rápido e por mais que eu e Hanna trabalhássemos na mesma empresa e morávamos na mesma casa, ela estava conseguindo se manter distante de mim, ela me evitava na maior parte do tempo e conseguia ficar sem conversar comigo mesmo quando estávamos próximos. Hanna já estava caminhando para o quinto mês de gestação pelos meu cálculos, e eu me perguntava até quando ela conseguiria me ignorar assim, não é por falta de tentativas da minha parte que não conversávamos, eu sempre procurava assunto, más suas respostas se limitavam ao sim, não e estou bem. Eu tinha a acompanhado em todas as suas consultas e mesmo assim ela conseguia fazer de conta que eu simplesmente não estava ali, nem quando escutamos o coração dos bebês pela primeira vez, onde ambos choramos, ela não quis compartilhar comigo o momento, soltou minha mão assim que segurei a dela. Sua barriga já estava bem grande, talvez como uma barrig
No dia seguinte acordei mais tarte que de costume, eu tinha passado praticamente a noite toda em claro. Era uma sexta feira ainda, porém eu tinha deixado avisado para minha secretaria que não iria na empresa hoje cedo. A consulta de Hanna estava agendada para às 10:00 e já eram 09:00. Tomei um banho, me arrumei e quando desci ela já estava pronta na sala. - Bom Dia. - Bom Dia. - Ela parecia mais leve hoje, menos fria e eu sorri quando notei isso. Porque eu me importava tanto?!? - O que você acha que vai ser? - Perguntei enquanto dirigia até a clínica, Hanna que olhava pela janela, se virou para mim. - Como? - Dizem que algumas mães sentem qual sexo será do seu bebê, você sente algo do tipo? - Ela deu um sorriso triste e abaixou a cabeça. - Eu sou apenas uma barriga de aluguel, estou tentando não sentir muito. - Ouvir isso dela me doeu, talvez mais do que deveria, porq
Allan vinha se mostrando persistente em se aproximar de mim, porém eu sabia que o melhor era me afastar, foi uma forma de defesa que meu corpo encontrou. Não o culpava por ter desistido do casamento na primeira oportunidade, nenhum de nós dois estava preparado para esse tipo de relacionamento agora, e sinceramente, prefiro assim, é melhor do que saber que ele está se casando por pena de mim e simplesmente para não me afastar dos meus filhos. Mais uma vez repito a mim mesma Prefiro a verdade que dói do que a mentira que ilude! Diante dessa situação nova eu decidi mentalizar a idéia de que eu era apenas uma barriga de aluguel, me convenceria desse pensamento por hora, eu iria me reerguer dessa, reconquistaria em dobro tudo que tiraram de mim e jamais desistiria de tentar conseguir a guarda dos meus filhos, assim que eu estivesse mais estabilizada iria tê-los comigo e nem mesmo os Punisher seriam capazes de impedir isso. ***
- Sim William, eu sou solteira. - Respondi ignorando a cara de raiva de Allan, eu já estava em pé, só que ainda descalça. - Isso é ótimo, gostaria de ir jantar comigo hoje? - Se você não percebeu ela estava com dor de cabeça à poucos minutos, ela não vai a lugar algum com meus filhos agora. - Allan estava sendo um idiota, más eu tinha que concordar com ele, estava me sentindo um caco, não estava com ânimo algum para sair àquela hora. - Podemos deixar para outra hora se você quiser. - William insistiu e eu sorri em resposta. - Claro, acho que estarei mais disposta amanhã no almoço. - Perfeito! - Wiliam sorriu extremamente satisfeito e nem notou que segurei o braço de Allan o impedindo de voar em cima dele. - Eu te mando uma mensagem e você passa o endereço do restaurante amanhã. - Por mim está perfeito, quer uma carona até em casa? - William continuou