No dia seguinte acordei mais tarte que de costume, eu tinha passado praticamente a noite toda em claro. Era uma sexta feira ainda, porém eu tinha deixado avisado para minha secretaria que não iria na empresa hoje cedo. A consulta de Hanna estava agendada para às 10:00 e já eram 09:00.
Tomei um banho, me arrumei e quando desci ela já estava pronta na sala. - Bom Dia. - Bom Dia. - Ela parecia mais leve hoje, menos fria e eu sorri quando notei isso. Porque eu me importava tanto?!? - O que você acha que vai ser? - Perguntei enquanto dirigia até a clínica, Hanna que olhava pela janela, se virou para mim. - Como? - Dizem que algumas mães sentem qual sexo será do seu bebê, você sente algo do tipo? - Ela deu um sorriso triste e abaixou a cabeça. - Eu sou apenas uma barriga de aluguel, estou tentando não sentir muito. - Ouvir isso dela me doeu, talvez mais do que deveria, porqAllan vinha se mostrando persistente em se aproximar de mim, porém eu sabia que o melhor era me afastar, foi uma forma de defesa que meu corpo encontrou. Não o culpava por ter desistido do casamento na primeira oportunidade, nenhum de nós dois estava preparado para esse tipo de relacionamento agora, e sinceramente, prefiro assim, é melhor do que saber que ele está se casando por pena de mim e simplesmente para não me afastar dos meus filhos. Mais uma vez repito a mim mesma Prefiro a verdade que dói do que a mentira que ilude! Diante dessa situação nova eu decidi mentalizar a idéia de que eu era apenas uma barriga de aluguel, me convenceria desse pensamento por hora, eu iria me reerguer dessa, reconquistaria em dobro tudo que tiraram de mim e jamais desistiria de tentar conseguir a guarda dos meus filhos, assim que eu estivesse mais estabilizada iria tê-los comigo e nem mesmo os Punisher seriam capazes de impedir isso. ***
- Sim William, eu sou solteira. - Respondi ignorando a cara de raiva de Allan, eu já estava em pé, só que ainda descalça. - Isso é ótimo, gostaria de ir jantar comigo hoje? - Se você não percebeu ela estava com dor de cabeça à poucos minutos, ela não vai a lugar algum com meus filhos agora. - Allan estava sendo um idiota, más eu tinha que concordar com ele, estava me sentindo um caco, não estava com ânimo algum para sair àquela hora. - Podemos deixar para outra hora se você quiser. - William insistiu e eu sorri em resposta. - Claro, acho que estarei mais disposta amanhã no almoço. - Perfeito! - Wiliam sorriu extremamente satisfeito e nem notou que segurei o braço de Allan o impedindo de voar em cima dele. - Eu te mando uma mensagem e você passa o endereço do restaurante amanhã. - Por mim está perfeito, quer uma carona até em casa? - William continuou
Acordei mais cedo que Hanna hoje, ela vinha evitando ir comigo à empresa e eu deveria estar feliz com isso, más eu não gostava, sentia no fundo aquela necessidade de estar perto dela o máximo possível. Me arrumei e sentei no sofá da sala. Quando ela finalmente saiu do quarto ela estava linda, usava um vestido bege social que deixava sua barriga bem demarcada, um sobretudo da mesma cor por cima, em seus pés estavam um par de tênis branco, seu cabelo estava solto. Porque eu tinha reparado em cada detalhe nela?! Ela estava maravilhosa e eu tive muita vontade de beijá-la. - Bom Dia! - Ela disse com um sorriso no rosto e parecia surpresa em me ver tão cedo. Me levantei do sofá e não contive o desejo de estar mais perto dela. - Bom Dia, dormiram bem? - Perguntei quebrando a distância entre nós, porém ela tentou se afastar, más segurei firme em sua cintura, ela me olhou com os olhos em uma mistura de sentimento
Me aproximei deles a tempo de escutar o final da conversa. Nem me dei ao trabalho de cumprimentar William, estávamos fora da empresa e eu não tinha mais a obrigação de manter o profissionalismo com ele, ainda mais quando ele estava claramente tentando algo com a mãe dos meus filhos. - Pense na minha proposta Hanna!. - Wiliam disse e não sei porque, más não gostei dessa ideia, olha que eu nem sabia qual proposta era. - Irei pensar, obrigada pelo almoço. - Hanna respondeu e caminhou até mim Segurei firme na cintura de Hanna e caminhamos assim para o meu carro. - Está tudo bem Allan? - Ela perguntou quando chegamos no carro e eu simplesmente não conseguia a soltar, eu sabia que William estava nos olhando e tive muita vontade de beijá-la, pra que ele visse que ela era minha! Más do que eu estou falando? Ela não é minha!. - Sim, podemos ir? - Tentei acalmar meus nervos, eu tinha prometido a minha mãe que controlaria m
Acordei no dia seguinte e tentei evitar olhar para o homem só de cueca que dividia a cama comigo, porque ele tinha que ser tão sexy, lindo e maravilhoso?.... Fechei os olhos tentando espantar os pensamentos traiçoeiros. Corri pro banheiro em meus enjoos matinais. Graças à eles eu tinha ganhado apenas 8 quilos até agora e tudo estava na minha barriga. Fiz minhas higiene e escolhi uma bata jeans soltinha e um chort branco com cintura para grávidas. Olhei para Allan e pelo visto ele não acordaria tão cedo. O relógio na parede marcava 07:40, era um bom horário para começar o dia. Decidi sair e procurar alguma coisa pra comer, meus pequenos estavam muito calmos, certamente por falta de glicose. - Bom Dia. - Cumprimentei assim que cheguei na sala, estava Margô, Alicia e John. Eles responderam e eu fui abraçar Margô, Não nos víamos desde que ela tinha ido à casa de Allan, e isso já tinha meses. - Oh querida, como está linda! - Obrigado
- Eu recebi uma proposta. - Tentei mudar de assunto, eu não estava afim de falar sobre sentimentos e muito menos sobre os de Allan, que eram sempre confusos para mim. - Allan me falou, do tal William! - O que exatamente ele te falou? - Aquele doutorzinho tarado está tentando roubar minha mulher! - Ela imitou a voz e expressão de Allan e não contive o riso. - Allan tem essa necessidade de Poder, de dizer que eu sou dele, apenas para se sentir superior, más eu não sou um objeto para pertencer a alguém, e muito menos à ele, alguém que não me trata como dele. - Respondi e no final o meu humor já tinha ido embora de novo. - Você gostaria que ele te tratasse como dele? - Na verdade eu gostaria de acordar no Rio e descobrir que tudo isso foi apenas um pesadelo! - Acho que nunca fui tão sincera assim. Ivy abaixou a cabeça diante da minha resposta. - Ei gata,
O Final de semana na fazenda tinha se passado e agora estávamos de novo na rotina da cidade. Não sei o que tinha de errado, más acordei me sentindo mal hoje, um mal estar diferente no estômago, fora as estrelinhas que eu via constantemente em minha frente, meus pés continuavam inchados. Separei o vidro com a urina de 24 horas e coloquei em uma sacola, hoje tínhamos que levar para a doutora. Tomei um banho rápido e coloquei um vestido soltinho, calcei uma rasteirinha já que os outros sapatos fechados não entravam em meus pés. Quando sai na sala Allan já estava me esperando. - Bom Dia. - Allan me cumprimentou animado. - Oi. - Respondi tentando disfarçar o incômodo na nuca que voltava, eu estava me sentindo péssima. - Está tudo bem? - Sim, não foi nada, vamos deixar esse vidro na doutora antes de ir pra empresa? - Perguntei tentando tirar a atenção dele da minha cara de desânimo,
Quando finalmente consegui abrir os olhos eu estava em um leito de hospital, estava sendo monitorada e pela quantidades de aparelhos provavelmente se tratava de uma UTI, eu tinha canos em minha boca e isso significava que eu tinha sido entubada. Procurei um botão na cama e quando o encontrei apertei e esperei, não demorou muito e uma enfermeira apareceu. - Bom Dia Hanna, que bom que acordou, vou avisar pra Doutora Nívea e já volto. - Ela saiu de novo e alguns minutos depois ela voltou acompanhada da doutora nívea e mais uma equipe. - Bom Dia Hanna, se consegue entender o que te falo faça um sinal com as mãos. - Nívea me disse assim que se proximou, fiz um joia com o dedo e ela pareceu satisfeita. - Vamos retirar alguns aparelhos para você ficar mais confortável querida. - A Doutora falou e logo iniciou o procedimento desconfortável. - Você é uma pessoa muito amada, sua família e amigos passaram a