Eu estava muito empolgada, hoje era meu primeiro dia no trabalho e eu estava ansiosa, bastante nervosa também, porém louca para ter minha independência de volta. Allan me deu carona até a empresa e como trabalhariamos juntos, ele me guiou ate sua sala. Apesar de ter um pouco de dificuldade com alguns arquivos e ligações que eu recebia em outras línguas, acho que minha primeira manhã no emprego está a sendo bem produtiva, Allan tinha entrado em sua sala e ficado poucos minutos, saindo logo em seguida para uma conferência e seguir a rotina estabelecida por sua agenda minuciosamente lotada. - Hanna, sei que precisará ir almoçar, fique com esse cartão, pode usá-lo para comer o quanto quiser, todos os funcionários ganham um quando entram, porém Ivy se esqueceu de te entregar ontem. - Allan chegou até minha mesa e me entregou o cartão. - Obrigada, você não vai almoçar? - Não sei se terei
Tinham se passado exatos três dias que eu tinha passado meu número para o Dylan e até hoje ele nao tinha me mandado mensagem ou me ligado. - Hanna, pode me trazer a pasta de 'separados' até a minha sala? Você a encontra na última gaveta. - Claro, levo aí em um instante. - Desliguei a chamada de Allan e procurei os documentos pra ele, assim que encontrei os levei até ele. Quando voltei para minha mesa meu celular estava tocando. Olhei a tela e era um número estranho. - Alô! - Atendi receosa. - Hanna? - Uma voz masculina perguntou do outro lado da linha. - Sim, quem gostaria? - Oi, sou eu, Dylan. - Oi Dylan, tudo bem? - Não pude evitar o sorriso ao descobrir quem era. - Melhor agora, e você? - Estou bem também, obrigada. - Então, desculpe te ligar, não quis parecer desesperado, más não aguentava mais a espera. - Pude ouvir seu riso nervoso e o acompanhei. - Fico feliz que tenha ligado. - Que bom, então, tava pensa
Tinha acabado de sair de uma reunião online exaustiva, estava no andar do marketing e precisava urgentemente urinar. Como meu andar ficava à 9 andares àcima, decidi que o melhor seria usar o banheiro dos demais funcionários daquele setor, ou estaria encrencado com minha bexiga. Estava me vestindo quando escutei passos de 2 funcionários entrando no banheiro, eu gostava de escutar o que falavam quando eu não estava por perto, me fazia conhecer melhor a qualidade dos meus funcionários, por isso me mantive em silêncio a fim de não notarem a minha presença. - Essa eu não quero perder por nada! - Exclamou um dos rapazes que entraram no banheiro. - Acha mesmo que o Luiz vai se dar bem dessa vez? Fiquei sabendo que a garota é uma deusa da beleza! - Respondeu o outro e por algum motivo eu não gostei do caminho que a conversa levava, pois eu conhecia bem o perfil do Luiz. - Ele está certo que vai se sair bem, já apostou todo seu vale que vai comer A-Lá-Brasileira essa semana! - O ris
No escritório de Allan, eu o encarava com os olhos lacrimejando. Não entendia o motivo pelo qual ele estava tão irritado e muito menos porque estava descontando em mim a sua irritação. Relembrar de Maddie e do que ela fez foi como descascar uma ferida recém cicatrizada, estava tudo muito recente ainda e lembrar que o motivo pelo qual eu estava ali naquele momento foi porque confie na pessoa errada só me machucava ainda mais. Allan tinha razão e isso era pior ainda de se admitir, eu confiava fácil de mais nas pessoas e estar ali era a prova disso, mesmo eu sendo traída duramente por Maddie, tinha decidido confiar nele desde a primeira vez que o vi. Confesso que suas palavras me pegaram de surpresa. Allan estava tentando me assustar, e estava dando quase certo. Porém mesmo depois de tudo que passei, decidi confiar em meu coração, e meu coração me dizia que ele jamais me machucaria. E eu acreditava fielmente nisso. - Vo
- Eu sinto muito Hanna, sei que as vezes passo dos limites com você, mas prometo que vou me controlar melhor... - E simplesmente saiu do escritório me deixando ali tentando entender o que ele quis dizer, sem conseguir é claro, porque as vezes ele falava coisas sem sentido algum. Coisas como se eu pertencesse à ele, é claro que isso não seria de fato ruim, mas não era a verdade, não éramos nada além de amigos. Allan realmente precisava aprender a controlar seus impulsos, as vezes ele conseguia me encabular com suas falas sem nexos. Mas que para ele saiam com tanta facilidade como se fizesse todo sentido do mundo. Fiquei mais alguns segundos em seu escritório buscando assimilar tudo que tinha acontecido ali, tudo que tinha ouvido de Allan, más cada vez que eu pensava, menos sentido fazia para mim. Senti um calafrio nas espinhas ao lembrar de sua feição sombria me dando a possibilidade dele estar à minha espera àquela noite na estação de trem. Essa possi
Sabendo que eu tinha passado dos limites e falado mais do que deveria, percebi que o melhor era simples sair do escritório antes que eu piorasse ainda mais as coisas para mim com relação à Hanna. Eu não estava mais com cabeça para arquivos ou reuniões, então simplesmente desci para o estacionamento e fiquei em meu carro. Alguns minutos depois recebi uma mensagem de Ivy. - 'Eu pedi que controlasse a boca e você simplesmente contou à ela sobre aquela noite!?' Suspirei, odiava quando Ivy tentava dar uma de mãe, eu já tinha minha mãe que era excelente em seu papel, não precisava de mais uma para me dar sermão. Vendo que não obteve resposta ela continuou. - 'Para sua sorte fui persuasiva o suficiente para tirar o que você colocou na cabeça dela, mas não dê outra mancada dessa ou voce terá perdido todo o tempo que investiu tentando a conquistar!'. - 'Ok mamãe!'. - 'Estou falando sério Allan, ela estava extremamente assustad
Ivy me guiou até seu carro que não estava muito longe de onde estávamos, e no mesmo instante em que ela me ajudava a entrar no carro, vi quando um carro todo preto chegou aceleradamente encostando logo em seguida em frente à empresa, quem poderia ser? Um carro de polícia deveria ser sinalizado de identificação, não? O primeiro homem a sair do carro já saiu com a arma engatilhada e pronto para um ataque, ele parecia extremamente treinado para uma situação de perigo. Podia ser pela pancada forte que sofri na cabeça, mas ele me parecia muito familiar, como se eu o conhecesse de algum lugar. - Quem são? - Perguntei apontando para o carro de onde saiam mais homens tão preparados quanto o primeiro. - São os 'Justiceiros'! - 'Justiceiros'? você quer dizer que são policiais? -Perguntei ainda tentando entender. - Eles são mais que policiais, mais que a CIA, eles são os que levam justiças aos corruptos que usam
- Jimmy Miller é um dos comandantes da 'Punisher', você o conhece? - Não o conheço bem, mas sei que ele é o pai da Maddye! - Eu soube que ele tem uma filha mesmo, eles não se dão muito bem, ela se rebelou e fugiu de casa, uma pena você ter tido o desprazer de conhecê-la. - Allan, acha que consegue falar com ele de novo? Talvez ele saiba o paradeiro da filha e possa conseguir meus documentos novamente, sabe que isso pode significar eu ter minha vida de volta?! - Eu estava exaltada e já tinha subido uma oitava ao terminar a frase. - Hanna, não pode se estressar, lembra do que o Dr te recomendou. - Eu não ligo pro que o Dr recomendou, estou diante de uma possibilidade de ter minha vida de volta, então não me peça pra ser paciente! - Vou tentar contato com ele, mas não te garanto que haverá sucesso, porém só irei fazer isso se me prometer