20. Noite fria e longa

Na casa havia uma poltrona velha e um colchão sujo. Enquanto lavava a pouca louça, Romeu se atentou ao fato de que teriam que dormir e não havia uma cama. Sorriu alto, agradecendo ironicamente ao irmão pela casa velha e sem móveis. Tirou sua blusa e colocou sobre o colchão.

— Venha! Se deite e descanse aqui. Amanhã iremos arrumar tudo isso. Você não terá mais dias como hoje. Te prometo que irei arrumar um lugar decente para você.

Catarina, ao ouvir isso, não sabia nem o que dizer. Ao olhar a blusa de Romeu sobre o colchão, forrando para que ela pudesse se deitar, e ao ouvir que ela não teria mais dias como aquele, sentiu uma mistura de emoções. Se não fosse por estar longe de sua filha, aquele seria o melhor dia de sua vida em muito tempo. Ela estava sendo cuidada, não havia sido abusada nem maltratada, mas tratada como um ser humano. Uma lágrima desceu em seu rosto, de gratidão a Romeu, que não precisava ter esse cuidado com ela.

— Pegue sua blusa. Se deite você aí. Deve estar cansad
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