A noite foi sufocante pra mim, e eu me encontrei perdido entre o prazer de ter penetrado a Viviane de novo, e o desespero de ter perdido o meu casamento.A verdade era que aquele não era o tipo de homem que eu gostaria que o meu filho fosse, e que o pior exemplo que eu poderia dar pra ele, era trocar um casamento bem estruturado de anos, por uma paixão de adolescência, aquilo já havia ido longe demais, e eu precisava agir, pois no fundo eu acreditava que ainda existia conserto no meu casamento.Quando o dia já estava amanhecendo, eu liguei pro meu sócio e informei que passaria alguns dias fora e que era pra ele cuidar de tudo, após isso, liguei pro Léo, afinal nós dois não iríamos poder passar o final de semana juntos.— Oi pai, bom dia.— Oi meu filho, desculpa ligar tão cedo.— Eu já estava acordado, algum problema?Era estranho ouvir o meu filho sempre fazer a mesma pergunta, pois os problemas realmente haviam se tirando frequentes, e a culpa era toda minha.— Eu estou indo pra cas
Ela empurrou o meu peitoral até me tirar completamente do quarto e fechou a porta na minha cara.— Kiara, meu amor, não faz isso, por favor.— Se você continuar insistindo, eu vou pra um hotel, Lucas.Eu balancei a cabeça derrotado, equando eu olhei pro lado, vi a minha mãe parada olhando pra mim com uma bandeja cheia de comida, e com um olhar de preocupação.— Dê um pouco mais de tempo pra ela, Lucas.Ela falou caminhando em minha direção.— Eu sinto que quanto mais tempo passa, menos chance eu tenho de consertar as coisas mãe.— Vamos conversar um pouco no seu quarto, eu estava indo deixar algo pra você comer.Eu peguei a bandeja das mãos dela, e juntos fomos pro quarto.— Me fale a sua versão dos fatos.Minha mãe perguntou enquanto eu mastigava a comida.Eu dei mais mastigadas do que o necessário na tentativa de pensar em como eu iniciaria aquela conversa.Se eu mentisse, ela iria perceber, afinal ela me conhecia mais do que qualquer pessoa no mundo, então eu contei tudo, nos míni
A cada segundo que passava, a raiva e a ansiedade aumentavam, e eu lutei para manter a cabeça fria, a ideia da Kiara dando a buceta pra outro cara estava me afetando mais do que eu fui capaz de imaginar.Eu entrei no carro e liguei o motor com um tranco. O caminho até o motel foi uma tortura, cada sinal vermelho parecia me provocar, cada carro lento parecia conspirar contra mim, a minha mente rodava em círculos, imaginando a pior das cenas. Eu apertava o volante com tanta força que os nós dos meus dedos estavam brancos.Quando finalmente cheguei ao motel, estacionei de qualquer jeito e desci do carro. Eu entrei na recepção com passos largos, e com os ânimos alterados,o recepcionista me olhou assustado.— Eu preciso saber qual quarto a Kiara está.Eu disse, tentando controlar a fúria na minha voz.— Desculpe, senhor, mas não podemos dar informações sobre os nossos hóspedes.Eu me inclinei sobre o balcão, tentando intimidá-lo.Eu não estou pedindo, eu estou mandando.— Desculpe senho
Duas horas depois, eu já estava exausto psicologicamente, a dor de cabeça que eu estava sentindo piorou mil vezes mais, e eu estava prestes a quebrar tudo naquele quarto, mas então eu ouvi batidas na porta.— Posso entrar?Era a minha mãe.— Pode sim mãe.— Eu trouxe esse chá pra você se acalmar.Embora eu não quisesse tomar nada naquele momento, eu aceitei pra não fazer desfeita.— Ela já chegou?Perguntei enquanto tomava um gole do chá sob o olhar atento da minha mãe.— Não.A vontade que eu tive foi de jogar a xícara de chá na parede, mas dei tudo de mim pra prender a minha respiração e não enlouquecer na frente dela.— Eu preciso fazer uma viagem pela manhã com o Mathias, e estamos com medo do que pode acontecer entre você e a Kiara na nossa ausência.— Vocês vão pra onde?— Haverá o casamento de um amigo da empresa, já havíamos programado nossa ida e não queremos falhar com ele, porém essa sua situação com a Kiara é preocupante Lucas.— Mãe, eu já sou um homem, não sou mais aquel
Eu senti como se a minha alma estivesse voltando pro corpo, e eu gritei...— Vagabundaaa!!!Eu olhei assustado para os lados, procurando vestígios da veracidade dos fatos, mas tudo não passava de um pesadelo.O meu corpo estava completamente suado, como se eu tivesse corrido uma enorme maratona, mas no peito eu carregava um vazio e uma dor imensa, como se eu realmente tivesse vivido aquele pesadelo.Eu levantei da cama, olhei o relógio e já passava das 03:00hrs da manhã, e eu cheguei a desconfiar que a minha mãe havia colocado algo no chá que eu tomei na intenção de me tranquilizar, pois não era possível que alguém tivesse dormido quase o dia todo como eu dormi, e ainda ter conseguido dormir mais até de madrugada.Eu saí do quarto e fui até o quarto da Kiara, eu virei a maçaneta e a vi na cama dormindo, o meu alívio foi instantâneo.Eu entrei, fechei a porta e caminhei silenciosamente até ela, e tentei deitar ao lado dela sem acordá-la, mas ela já estava acordada, e olhou pra mim com
No dia seguinte eu comprei a passagem de avião e comecei a arrumar as minhas coisas pra voltar pra casa, era o melhor a se fazer naquele momento, eu precisava provar pra Kiara, que eu era perfeitamente capaz de respeitá-la sem que ela estivesse presente, e que eu iria esperar o tempo que fosse preciso pra tê-la de volta.Eu tirei as coisas do quarto e levei todas pra sala onde eu a encontrei falando ao celular, ela olhou pra mala, e depois me encarou enquanto terminava a conversa com a pessoa no outro lado da linha.— Pra onde você vai?Ela perguntou assim que encerrou a ligação.— Vou voltar pra casa.— Porque? Não estou entendendo.— Isso é realmente uma dúvida ou uma desconfiança?Perguntei ao perceber um disfarçado olhar acusatório.— Pensei que você estivesse disposto a me reconquistar.— Você pediu um tempo, e não vejo como posso te dar esse tempo estando aqui com você.— Você está voltando por causa dela, não é?— Eu sabia que não era uma simples dúvida.Falei me aproximando de
Eu nem perguntei como ela havia conseguido o endereço da minha casa, pois era algo muito fácil de conseguir...— Vai embora!Falei antes de bater a porta na cara dela.Eu sabia que eu não podia ficar perto dela por mais de dois minutos sem perder a minha cabeça, e aquela atitude era a mais segura naquele momento, mas aparentemente o meu tormento só estava começando.— De novo Lucas? Você tá de brincadeira comigo?Em uma atitude desesperada eu liguei pra Kiara, enquanto a Viviane gritava comigo do outro lado da porta.— Lucas? Chegou bem?A Kiara falou do outro lado da linha.— Meu amor, não é minha culpa, tá bom? Alguém bateu na porta e era ela...— Espera, do que você está falando?Antes que eu pudesse responder, a Viviane gritou tão alto que foi impossível a Kiara não ouvir.— Lucas, seus vizinhos já sabem que sua esposa te abandonou e você foi atrás de comer outra mulher?— Puta que pariu! Que louca!Gritei desesperado!— Lucas, você não vai me dizer que é a Viviane que está faland
Eu analisei todas as situações e não existia jeito fácil de fazer aquilo, e a minha única opção era marcar aquele encontro e acabar logo com aquele sufoco.Eu parei de tentar ligar para Kiara e dei um pouco de paz para ela e tentei ter um pouco de paz também, embora estivesse bem difícil sentir essa sensação novamente nas circunstâncias em que estávamos.No dia seguinte acordei assustado com alguém gritando no pé do meu ouvido, eu dei um pulo da cama e me deparei com a Kiara, que estava me olhando com sangue nos olhos, eu tinha certeza que se eu não fosse o pai do filho dela, ela teria me assassinado ali mesmo.— Kiara? Você está louca? Ninguém pode acordar outra pessoa desse jeito.— Queria que eu te acordasse como Lucas? Arrancando teu pau? Seria ótimo, assim você não teria mais como meter ele na buceta daquela vagabunda.— Você veio ver se eu estava fazendo isso de novo?— Eu vim com o único propósito de ter uma conversinha com ela, anda, me passa o endereço dela.— O quê? De jeito