Descobrindo a Vida
Descobrindo a Vida
Por: Déda Oliver
Prólogo

Oito anos atrás...

Acabei de colocar a última peça de roupa na minha mala, com um grande pesar no meu coração. Eu não queria deixar o Heitor. Em tão pouco tempo, ele se tornou tudo para mim. Mas infelizmente, não posso tê-lo comigo, ele sofreria demais com a arrogância e desprezo dos meus pais. Longe de mim, ele poderia ter uma vida feliz. Sei que Carla vai fazê-lo feliz como eu jamais conseguiria fazer, mas um dia voltarei e o deixarei saber quem eu sou de verdade. Só espero que quando esse dia acontecer, não seja tarde demais.

— Tem certeza que é isso que você quer, Alexia? — perguntou Marcos mais uma vez.

— Tenho sim, eu sou apenas uma adolescente que brincou de casinha e agora, preciso crescer de verdade.

— E o Heitor?

— Ele vai ficar melhor sem mim, diz pra ele que eu o amo, que vou voltar, e um dia, vamos ficar juntos para sempre. Se ele ainda me quiser em sua vida.

— Ele vai querer.

Peguei minha corrente que estava em cima do criado mudo, com pingente de mini porta retrato e que contém nossa foto. Coloquei minha corrente no pescoço, abrindo o pingente e admirando nossa imagem. Uma lágrima caiu do meu olho esquerdo, fiquei com vontade de voltar atrás e enfrentar o mundo para que nós pudéssemos ficar juntos. Mas não posso! Não posso ser egoísta a esse ponto. Com ele em minha vida, nesse momento, ele sofreria muito, não posso permitir isso. Dei uma última olhada em Heitor, que dormia tranquilamente na cama de casal, que foi nossa cama no último mês. Fiz carinho na sua cabeça e beijei sua testa, ele respirou fundo, mas continuou dormindo.

— Prometo que um dia voltarei, e ficaremos juntos e ninguém mais, vai no separar. Isso é uma promessa, vou atrás da minha independência, quando eu consegui, eu volto.

Deixei o quarto com dificuldades, não querendo ir embora. Marcos pegou minha bagagem, colocou no carro e dei o último olhar de adeus para a casa, que foi o meu lar nos últimos seis meses. Entrei no carro, com lágrimas escorrendo pelos meus olhos. No caminho, eu fiquei o tempo todo em silêncio, relembrando meus momentos com Heitor e já estava morrendo se saudades. Marcos me deixou algumas quadras da minha casa, me despedi dele e andei em direção a mansão, para viver uma realidade que não era mais a minha.

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