capítulo 4.1

— Não quero sabe quem é você, só mim leve daqui. — Digo entrando no táxi, e logo ele entra junta a mim.

— Oi amigão, por favor vamos ficar no hotel Ostel Hostel. — O taxista balança a cabeça.

E seguimos pelas aquelas ruas frias de Berlim. Quando chegamos no tal hotel descemos e quando prosseguimos para a porta principal eu sinto a mão do homem misterioso em minhas costas mim acompanhando, até chegarmos no quarto dele. Assim que entramos mim surpreendo com o estilo hostil daquele lugar, luzes alaranjadas, sofá e bancada uma cozinha pequena, e um pequeno corredor que deveria ser o aposento e banheiro dele.

— Fica a vontade. — Ele vem em minha direção pegando o meu capote e pendurando atrás da porta em uma espécie de cabide próprio para isso. E vejo fazer o mesmo com o dele.

—Aceita whisky? Vinho? — Ele pergunta indo para uma bancada e pegando um copo de dose.

— Vinho por favor. — Digo um pouco nervosa, já que eu era virgem e nunca estive em um apartamento de um estranho ou de qualquer outro homem.

— Certo. — Ele pega uma taça e despeja para mim, e me entrega a taça cheia, enquanto ele bebe uma dose de whisky com gelo.

— Você quer conversar? — Ele pergunta, e olha para os nós do meu dedo, e percebe que estou tremendo.

— Não. — Digo tentando mostrar que sou uma mulher segura.

— Porque está nervosa? Se acalme não iremos fazer nada do que você não queira, certo? — Ele diz.

Só por um momento eu pensei em largar aquela taça e sair correndo para o meu apartamento.

— Eu só quero acabar logo com isso. — Falo de maneira rápida até demais, pois o nervosismo está quase que tampando a minha voz.

Vou colocar uma música, certo? para ouvirmos e assim você relaxa um pouco Duda. — Ele coloca um música obviamente do país dele.

— Conhece essa música? — Ele pergunta interessado.

— Não.

— Esse é o BlurBlur, essa música se chama "what u need".

— Legal a batida.

— Então onde paramos? — Com essas palavras ele deixa o copo dele e pega o meu de minha mão e coloca na mesinha que ficava logo a frente do sofá.

— Relaxa... Só curte o momento. — E ele vem em minha direção e se ajoelha entre minhas pernas e começa a se aproximar, sinto suas mãos passando em meus ombros mim causando um misto de raiva e medo, e logo as mãos vão passando para o meu rosto e seguindo até a nuca e alí ele começa a aproximar o rosto dele ao meu e começa a mim beijar, no começo sinto repulsa por não ser os lábios do meu amor, mas depois eu começo a mim forçar a querer isso também, e continuo no ritmo. Línguas se entrelaça e já sinto as mãos dele percorrer em meu corpo, em áreas proibidas. Mas eu não queria que fosse com um estranho qualquer da boate, eu não o amava, mas não queria continuar mim iludindo em relação ao David, eu era jovem e bonita.

— Vem gata, vamos para o meu quarto, quero conhecer esse seu paraíso. — E assim ele se levanta ofegante e mim puxa junto a ele em direção ao corredor.

Quando caminhamos para lá, percebo que o quarto dele era maior bagunça, tudo bagunçado.

— Não repara tá. — Ele se vira e vai em direção ao criado mudo e pega algo que não vejo.

Olho e vejo cama desforrada, fotos nas paredes de mulher nua, livros bagunçados, cueca pela cama, embalagem de preservativo no chão. Tudo muito nojento.

— Vamos fazer isso lá na sala pode ser? — Pergunto sentindo um misto de medo, eu não sabia quem ele era, vai que ele fosse um doente psicopata.

— Podemos fazer na varanda se você quiser. — Ele dá um piscada.

— Ok . — Só digo isso e saio de lá.

Quando estou mim aproximando vejo a varanda que ele falou, era de frente para a cidade, era toda aberta. Sentir vergonha. Era a minha primeira vez eu não queria que fosse em uma varanda de frente para um monte de prédios.

— Vamos ficar aqui mesmo. — Digo voltando e apontando para o quarto.

Resolvo eu mesmo tirar a minha roupa e fico apenas de roupa íntima, mim sentindo o mas envergonhada possível.

— O quê você está esperando? Tira logo tudo, quero ver esses seios grandes e lindos que você esconde debaixo desse sutiã. — Ele fala passando a língua nos lábios, parecia um lobo preste a devorar a presa.

Começo a tirar, e mim sinto exposta.

— Senta aí na cama cadelinha. — Ele solta uma risada e j**a o preservativo em meu rosto.

De forma humilhante, mas eu já estava alí, não queria voltar atrás e ser covarde. E alí naquele quarto horrível, sem cor, sem claridade, apenas um luz vermelha e um homem com desejos sujos que invadiu o paraíso que guardei para o amor da minha vida, de forma seca e rude. E depôs que tudo terminou eu mim sentir suja e arrependida.

— Você era virgem cadelinha. — Ele dá um tapinha em meu rosto demostrando o afeto da maneira dele.

Depois que vejo que ele dormiu. Me levanto me sentindo suja, e vou no banheiro com as roupas na mão, mim ajeito e saio de lá. Daquele hotel, que mas parecia um filme de terror do que um lugar para as pessoas se sentirem bem.

Pego um táxi assim que saio, e sigo para o meu apartamento. Com o coração partido mim sentindo a pior pessoa do mundo, eu estava completamente arrependida.

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