Depois de algum tempo de estágio, faculdade e correria eu finalmente estava organizando minhas contas e iria alugar um AP, chamei Bah para rachar o aluguel comigo, claro que seria bom para mim porque dividiria a dívida, seria bom pra ela que teria privacidade, porém, no hotel pagava mais caro só que chegávamos e já estava tudo arrumado, café da manhã sempre pronto, ela preferiu ficar lá.
Em um desses dias pedi para dona Nicole pra sair mais cedo, porque assim daria tempo de ver o AP antes da hora da faculdade, ela me liberou, era uma chefe excelente, e gostava muito do meu trabalho e da minha companhia também.
A última vez que ela estava agoniada no telefone, era seu Rick brigando com ele, por ter deixado o escritório algumas vezes para fazer trabalho fi
Como sempre digo, alegria de pobre dura pouco.Eu diria que se não fosse a faculdade me exigir ficar sem celular, minha alegria teria durado menos de quatro horas.Cheguei em casa cansada de tantas atividades, joguei minha mochila com notebook e tudo sobre a cama.Olhei para Bárbara que dormia como um bebê.Troquei de roupas e sentei para olhar minhas redes sociais e as mensagens.Mensagem da Carmen.É claro que seria a primeira coisa a abrir né.—Amiga, eu estive com Dulce e a notícia que tenho para você é
Ir para o trabalho no dia seguinte não foi fácil, mas minhas obrigações não poderiam ser prejudicadas por obstáculos ou imprevistos.Ao levantar cedo me deparei com olheiras enormes e arroxeadas nos olhos, eu precisava disfarçar essa "cara" de morta.—Bah, acorda, preciso da sua ajuda.Minha amiga virou para o canto não me dando bola, continuei chamando até que ela acordasse.—Meu Deus amiga, eu acabei de acordar e estou com a cara melhor que a sua. Teve pesadelos? —Ela ainda debocha de minhas olheiras.—Preciso disfarçar isso, não posso ir para empresa assim, e você sabe que n&
Os dias estavam conturbados, passavam como ventos e tempestades, cada dia era uma luta, Sr. Rodolfo me odiava, tanto porque dona Nicole confiava seus segredos a mim, como por Tony ficar atrás de mim, bancando o apaixonado.No meio do expediente, recebi uma ligação. Número desconhecido. DDD do Nordeste, eu não queria atender, pois estava no horário de trabalho.Dona Nicole passou perto de mim, no momento em que eu tentava desligar a ligação.—Suzan, pode atender, pode ser importante. —Ela fala e segue seu caminho até a sala.—Obrigada senhora... —Alô?—Suzan...? —Uma voz aflita e e
No dia seguinte, a primeira coisa que dona Nicole fez, foi me chamar na sua sala, como eu já era acostumada, sabia que ela poderia só precisar desabafar, ou era a pior coisa da minha vida, ela queria saber o que tinha acontecido com o seu marido.—Entre e feche a porta. —Dessa vez ela estava muito séria, e isso tirou meu breve conforto. —Sente-se Suzana. Agora eu tremi, ela não costumava me chamar pelo nome completo, a não ser quando iria me apresentar.—Ok, precisa de algo Sra.?—Preciso sim, primeiro que não me chame de senhora, me sinto velha. Segundo, quero que me esclareça, o que estava acontecendo na sala do Rodolfo, eu sinto que alguma coisa estava errada, preciso saber em detalhes.
A conversa com minha amiga foi satisfatória, agora tudo o que eu passava eu contava a ela, eu desabafava completamente, não tinha segredos nenhum entre nós.Tudo parecia estar mais tranquilo, mas minha cabeça não parava de pensar no que fazer para tirar meu pai da cadeia, o que era verdade, o que era falso, já não tinha para onde correr, eu precisava encará-lo de vez.A próxima ligação do Nordeste que recebi não desliguei, tentei ouvir o meu pai e tudo o que ele tinha para falar.—Minha filha, com que tipo de pessoas você se meteu aí, estou sendo ameaçado diariamente e a pessoa diz que é culpa sua.—Como assim pai, porque? —Falei espantada, mas sabia realmente o que ele estava falando.—Sua amiga veio aqui me perguntar onde você estava e pedir seu contato, de repente encheu de policiais no portão, dizen
Bárbara agora é minha família, ela é a única pessoa que está ao meu lado e que posso contar e confidenciar tudo. Com Cristian e Tony no mesmo território agora, meus problemas só aumentaram, preciso manter esses dois distantes o máximo que puder.—Infernoooo!!! —Praguejei alto enquanto fazia minha higiene matinal.—Amiga, está tudo bem aí? —Minha amiga fala batendo na porta.Abri imediatamente e grudei no pescoço dela, dessa vez eu não quis e nem tentei me segurar, eu chorei muito no ombro da minha amiga. Ela me abraçou acariciando meu cabelo.—Chora minha amiga, é bom desabafar, pode chorar, eu estou aqui.—Eu não vou aguentar amiga, sinto falta da minha mãe, preciso dela aqui. —Minhas palavras saiam entre soluços.—Vem, senta, vou te dar um pouco de água. —
Dona Nicole ainda não tinha chegado, mas como era costume ela chegar mais tarde, fui arrumando a agenda dela e a papelada de hoje. Com a cabeça abaixada e concentrada no trabalho não notei alguém entrar no prédio.—Bom dia, Suzan! —Sua voz novamente na minha mente perturbando meu sossego. Tentei fingir não ter me assustado com sua presença.—Bom dia! —Respondi sem dar muita atenção.—Como você está? —Ele insiste.—Tony, estou muito ocupada, preciso arrumar tudo antes de sua mãe chegar.—Nossa meu amor, porque me tratar dessa forma? —Ele entra atrás do balcão e encostar em mim.—Tony, já disse que estou ocupada. —Falo um pouco mais ríspida que o normal. —Além disso, você sabe que seu pai te ver aqui não vai gostar e obviamente vai sobrar para
O dia sem Dona Nicole no escritório foi muito estranho, mas me virei com alguns relatórios e planilhas, de certa forma foi bom ficar um pouco sozinha, assim pude pensar em tudo que estava acontecendo em minha vida.Minha hora de ir para a faculdade tinha chegado, arrumei minhas coisas e sai com minha mochila nas costas. Para meu desgosto, ao sair do prédio, Tony estava parado, encostado em seu carro, pelo jeito me aguardava.—Venha Suzan, te levo até a faculdade. —Mesmo que não fosse, mas aquilo me pareceu uma ordem direta.—Não, obrigada, já chamei um Uber. —Me desviei dele seguindo para meu ponto de espera. Ele parou na minha frente bloqueando a minha passagem. —Me dê licença, por favor Tony.—Suzan, eu preciso conversar com você, me deixa te levar, prometo que só hoje. —A "cara" de cachorro sem dono que ele fez, me convenceu. Talvez por